Essas são algumas das estimativas (até agora) da queda no PIB.
Todos vão pagar essa conta. Do empreendedor à faxineira.
Todos! Menos um grupo: funcionários públicos. E não falo da servente de escola, mas do alto funcionalismo.
Os autônomos são os primeiros a serem cortados. Empregadas domésticas, motorista de Uber, manicures, a Dona Maria que vende bolo na rua.
Sem falar nas demissões em massa do chão de fábrica. Esses sempre sofrem mais.
Com os negócios em ritmo menor, a folha de salário e os alugueis continuam chegando. A receita diminui, o custo nem tanto assim e o prejuízo chega.
Até deputados de São Paulo - procurando dar o exemplo - reduziram em 30% seu salário e, por consequência, os vereadores.
Claro que cortar salário de servidor público é quase impossível. Então começou a a ganhar força a ideia de CONGELAR POR 2 ANOS OS AUMENTOS para eles.
Ainda que essas estimativas possam ser superestimadas, faz total sentido NÃO dar aumento quando o Brasil está mais de 5% mais pobre.
Quem acha que não faz, vale lembrar o tamanho da discrepância.
Esse é o“prêmio salarial” do funcionalismo público que considera pessoas em cargos semelhantes. De 53 países, o Brasil é o que tem a maior discrepância.
Logo, o problema não está no agente penitenciário ou nos professores da rede básica, mas em Brasília, nos servidores federais, nos juízes, no Ministério Público etc.
Em toda crise é isso. O setor privado paga a conta e o setor público passa ileso. Qual a desculpa dessa vez?