E, assim, não percebemos algo que lentamente vem ocorrendo nas últimas três década de Nova República.
Somos cada vez mais parecidos com os Estados Unidos.
Mas sempre houve, e foram estudados, pontos importantes de contato.
Só que nos anos de Nova República duas transformações profundas reforçaram a semelhança.
Outra é a relevância assumida, nas periferias urbanas, por uma cultura neopentecostal que chegou com muita força.
Lá a polarização política é vista pelo prisma da Guerra Cultural o tempo todo.
É um traço americano como é um traço brasileiro.
Mas há ainda uma diferença relevante.
Nos EUA, as Forças Armadas entendem seu papel como o de defesa da nação.
Não são todos. Mas esta mentalidade que só existe no terceiro mundo ainda aparece aqui e ali.
Este espectro militar provavelmente passará.
Mas as diferenças culturais, não. Elas continuarão. E precisaremos parar para compreendê-las para muito além do debate esquerda e direita.
Não o contrário.