Em 1º de julho de 1934, Ernst Röhm, que comandava a SA nazista, foi executado por ordens de Adolf Hitler. Todo o comando da SA foi condenado por tentativa de golpe que nunca existiu.
O episódio é chamado de Noite das Facas Longas.
As SA eram as milícias nazistas que tocavam o terror nas ruas durante a ascensão nazista. Os camisas cáqui.
Os mesmos radicais que permitiram a ascensão nazista.
É o momento em que, para se estabilizar no poder, o líder fascista precisa expurgar os radicais.
As ideias não mudam.
Nesta, o fascismo original ampliou sua base e consolidou seu poder.
Mas isto não é negar que o populismo autoritário nacionalista de extrema-direita de hoje e o fascismo têm muitos pontos em comum.
Agora, Jair Bolsonaro está cada vez mais próximo dos militares e, para se estabilizar no governo, precisa expurgar os radicais e adotar um comportamento de aparente moderação
O olavismo não vai ser espanado quietinho.
E o inquérito das fake news ligará Planalto com financiamento dos radicais.
Além disso, os principais interlocutores dos radicais são filhos Zeros Dois e Três.
Estamos assistindo a um ensaio contemporâneo da Noite das Facas Longas.
A lição: o fascismo fez um teatro de moderação para se tornar palatável às elites. Mas nunca se moderou.