Não canso de dizer: tem muita sorte envolvida no futebol, mas nada no jogo é coincidência.
E é muito satisfatório ver a evolução lenta e gradual de um time, principalmente quando uma semente plantada bem antes dá resultado. Foi assim no segundo gol contra o Flu.
Segue o fio aí
E é muito satisfatório ver a evolução lenta e gradual de um time, principalmente quando uma semente plantada bem antes dá resultado. Foi assim no segundo gol contra o Flu.
Segue o fio aí
Assim que JJ chegou, implementou um sistema de marcação por zona nas bolas paradas. Boa parte dos times brasileiros marca com predominância individual nessas situações, então o novo estilo chamou a atenção.
Principalmente porque, com o perdão do trocadilho, era uma zona mesmo.
Principalmente porque, com o perdão do trocadilho, era uma zona mesmo.
O Flamengo sofreu um gol de escanteio logo no primeiro jogo, contra o Athletico, e outro pouco depois, contra o Botafogo.
Léo Pereira e Cícero encontraram espaço entre os 9 rubro-negros que protegiam a área, enquanto Gabigol ficava na sobra, perto da meia-lua.
Léo Pereira e Cícero encontraram espaço entre os 9 rubro-negros que protegiam a área, enquanto Gabigol ficava na sobra, perto da meia-lua.
A situação não melhorou muito nos jogos seguintes. Os adversários ainda levavam perigo constante nesse tipo de jogada. O ápice veio contra o Vasco, que fez um gol, conseguiu um pênalti e criou duas grandes chances em escanteios, tudo isso em apenas 90 minutos
Escrevi na época sobre a mudança de comportamento dentro desse jogo e como ela foi levando até a situação do pênalti marcado por Leandro Vuaden ()
Mas aqui o importante é notar que o Fla continuava usando 9 na área e 1 na sobra
Mas aqui o importante é notar que o Fla continuava usando 9 na área e 1 na sobra
O Mister fez ajustes. O time passou pela curva normal de aprendizado e simplesmente parou de sofrer nesses lances até o fim da temporada.
Uma das mudanças foi que o time passou a ter os 10 jogadores de linha envolvidos na área entre zona, bloqueio, rebote e marcação curta
Uma das mudanças foi que o time passou a ter os 10 jogadores de linha envolvidos na área entre zona, bloqueio, rebote e marcação curta
No fim da temporada, o Mister começou a experimentar mais. Já campeão, enfrentou Palmeiras e Ceará usando 9 jogadores na área e 1 bem adiantado para tentar puxar um contra-ataque ou pelo menos prender o time adversário.
Na goleada contra o Avaí, um adversário combalido, um pouco mais de ousadia: 8 na área e 2 para o contra-ataque...
Chega 2020 e os jogos do Flamengo não passam na televisão, mas uma coisa chama a atenção dos observadores mais atentos no Maracanã: o time passa a usar o esquema com 2 jogadores adiantados para o contra-ataque em algumas oportunidades no Campeonato Carioca.
Vem a pandemia, o futebol para, temos um hiato... Corta para a final do Campeonato e lá está o Flamengo se defendendo de escanteios com 8 jogadores na área. Onde estão os outros 2? Puxando o contra-ataque que, com alguma sorte, viria.
E veio...
E veio...
