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A garota de 16 anos que foi torturada e mantida em cativeiro durante 41 dias por um grupo de mais de 100 homens, após rejeitar um deles:
⚠️ ATENCÃO: O conteúdo a seguir retrata violência. Caso não se sinta confortável com o tema abordado no título, recomendamos que não prossiga com a leitura.
A simpática e popular Junko Furuta, 17 anos, cursava seu último ano escolar na Yashio-Minami High School, em Misato, província de Saitama - Japão. Ela se destacava por sua boa conduta, visto que não se envolvia com drogas ou álcool, como a maioria dos adolescentes.
Seu pesadelo teve início no dia 25 de novembro de 1988, quando um colega de escola, Hiroshi Miyano, afiliado à organização criminosa Yakuza, perambulava à noite com Shinji Minato e avistou a garota pedalando para casa, após seu trabalho de meio período como garçonete.
Há relatos de que Hiroshi tinha uma queda por Junko, mas havia sido rejeitado por ela, o que supostamente o enfureceu devido ao seu poder e reputação. Então, sob suas ordens, Minato derrubou Junko da bicicleta e saiu correndo em seguida.
Como planejado, Hiroshi se aproximou fingindo inocência e se ofereceu para levá-la até sua casa em segurança. Ela não imaginava que seria guiada para um armazém próximo dali, onde foi estuprada e, posteriormente, levada para um hotel.
Nesse momento, Hiroshi ligou para seus amigos Minato, Jō Ogura e Yasushi Watanabe, se vangloriando por seus atos brutais, o que fez Ogura também se interessar pela garota. Assim, por volta das 3h da manhã, eles se encontraram em um parque.
Sem demora, Junko foi ameaçada caso não colaborasse e tentasse escapar. Então, passou a ser mantida em cativeiro na casa dos pais de Minato, localizada em Ayase, no distrito de Adachi, Tóquio, local que se tornou ponto de encontro de gangues.
De início, para tentarem se livrar de futuros problemas, Junko foi forçada a ligar para sua família e simulou uma fuga de casa por vontade própria. Depois fingiu ser a namorada de um dos garotos, quando os pais de Minato estavam por perto.
Junko viveu um verdadeiro horror. Ela foi estuprada na vagina e no ânus todos os dias e teve objetos como garrafas, cigarros, tesouras e até fogos de artificio, também introduzidos em suas partes íntimas. Além disso, era forçada a se masturbar.
Seu corpo era utilizado diariamente como banheiro e saco de pancadas. Junko foi golpeada incontáveis vezes por bastões de metal e tacos de golfe, enquanto estava pendurada com as mãos no teto. Seu nariz foi quebrado e ela só conseguia respirar pela boca.
Junko permanecia despida na maior parte do tempo, os sequestradores e seus convidados se revezassem para violenta-la, sem descanso. A brutalidade foi tanta, que os ferimentos afetaram gravemente seu crânio, comprometendo as funções cerebrais.
Com 11 dias, a menina conseguiu ligar para a polícia, mas foi descoberta antes que pudesse pedir socorro. A ligação foi retornada, mas Hiroshi alegou engano. Como punição, ela foi queimada e proibida de receber comida, sendo obrigada a comer baratas vivas e beber urina.
De fato, tamanha crueldade humana tratou sua vida como se não valesse nada. Acredita-se que, em 20 dias vivendo nesse inferno, ela havia perdido a capacidade de se mover, além de não ter mais controle do seu estômago, nem de sua bexiga.
Em seus últimos dias de vida, teve halteres jogados em seu estômago, esmagando seus órgãos internos. Foi obrigada a perfurar os seios com agulhas e arrancar seu mamilo esquerdo com um alicate. Junko chegou a passar noites na varanda, sob as baixíssimas temperaturas de inverno.
Como se não bastasse tanta monstruosidade, a face de Junko foi esmagada contra o chão de concreto e pisoteada por seus torturadores. Suas pernas foram incendiadas e seus ossos severamente danificados.
A menina tentou fugir várias vezes, chegando a implorar por ajuda aos pais de Minato. Em outra circunstância, pela denúncia de um dos convidados, policiais chegaram a ir até a casa de Hiroshi, mas acreditaram nas palavras dele e se recusaram a checar o local.
Em cárcere, ela foi humilhada e torturada ao longo de 41 dias (algumas das fontes revelam 44 dias, porém o inquérito não confirma essa informação). Junko insistiu incessantemente para que os garotos dessem um fim em seu sofrimento matando-a, mas eles negaram.
Por fim, no dia 4 de janeiro de 1989, ela foi desafiada no jogo de paciência Mahjong e venceu a partida; esse episódio foi sua sentença de morte. Ela foi espancada, mutilada e queimada viva. Convulsões causadas por esses traumas propiciaram seus últimos suspiros.
No dia seguinte, seu cadáver foi desovado em um tambor de metal de 55 litros e coberto por concreto. O local onde foi descartado atualmente é o parque Wakasu. Apenas no fim daquele mês, quando Hiroshi foi interrogado por policiais sobre outro caso, acabou confessando o crime.
O tanque foi recuperado no dia 29 de março e Junko foi identificada pela datiloscopia, ou seja, por suas impressões digitais. A autópsia conseguiu determinar todos os danos sofridos. Seu funeral foi realizado em 2 de abril de 1989.
Os quatro garotos que participaram de seu sequestro confessaram o crime com extrema frieza e ironia, contando cada detalhe. Como se isso não bastasse, eles argumentaram que acreditavam em fingimento da garota em relação ao seu sofrimento.
Como não eram maiores de idade na época do crime, suas identidades foram omitidas pela corte japonesa. Somente no dia 20 de abril de 1989 a publicação Shukan Bunshun divulgou os nomes dos envolvidos. Eles foram sentenciados como adultos devido a gravidade e repercussão do caso.
Assim, foram culpados pelo sequestro e a morte de Junko Furuta, com uma ressalva: os estupros não foram contabilizados, pois detectaram sêmen e pelos pubianos de centenas de homens.
O mandante, Hiroshi Miyano, condenado a 20 anos de prisão, tentou liberdade condicional após 14 anos, mas seu pedido foi negado. Quando saiu da prisão, em 2009, mudou seu nome para Hiroshi Yokoyama. Rumores dizem que sua mãe enviou 50 milhões de ienes aos pais da garota.
Julgado como sub líder, Jō Ogura cumpriu 8 anos em uma prisão juvenil e mudou seu nome para Jō Kamisaku. Há relatos de que sua mãe vandalizou o túmulo de Junko, afirmando que ela havia arruinado a vida de seu filho.
Shinji Minato, dono da casa, mais tarde demolida, condenado de 5 a 9 anos, alterou seu nome para Nobuharu Minato. Mesmo com o pedido dos pais da garota, sua família não foi condenada. Yasushi Watanabe, sentenciado de 5 a 7 anos, foi o único que não teve mais problemas com a lei.
O envolvimento da Yazuka contribuiu com a lentidão da investigação e com as sentenças leves, comparadas a crueldade do crime. Milhares de cartas e ligações da população chegaram ao Tribunal Distrital de Tóquio e a promotoria, exigindo pena de morte.
Inspirados pelo crime, foram lançados os filmes "Concrete - Encased High School Girl Murder Case" (1995), "Juvenile Crime - aka School Girl in Cement" (1997), "Concrete - Schoolgirl in Cement" (2004). Por último, também em 2004, "Junko".
Por fim, no Japão os adultos contam a história de Junko para crianças desobedientes, retratando-a com má índole, criando assim outra versão do crime para passar uma “lição” aos jovens, sobre seus atos e as consequências.
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