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O desaparecimento de Madeleine McCann e suas teorias:
Madeleine Beth McCann é a irmã mais velha dos gêmeos Sean e Amelie, filhos dos britânicos Kate e Gerry McCann. Uma característica específica de Madeleine é o coloboma (alastramento da íris) no olho direito, frequentemente, a pupila toma um formato parecido com uma fechadura.
O casal McCann tentou por anos ter filhos, porém, não tiveram sucesso. Assim, utilizaram o método de inseminação artificial, tanto para a primeira gravidez de Kate, quanto para a segunda. Madeleine nasceu em 12 de maio de 2003.
Contudo, um documento da polícia de onde a família residia mostra que Madeleine foi registrada apenas em 5 de junho de 2003. Os pais nunca explicaram o porquê da demora, portanto, investigadores assumiram que estaria ligado às formalidades do processo de fertilização “in vitro”.
Madeleine desapareceu no dia 3 de maio de 2007, pouco antes de completar 4 anos de idade, enquanto viajava com a família. Os McCann estavam hospedados no resort Ocean Club, um empreendimento turístico da Praia da Luz, em Algarve, Portugal. A família estava no apartamento 5-A.
Madeleine estava junto de seus irmãos, no quarto quando foi vista pela última vez. No dia do desaparecimento, o casal McCann não quis deixar os filhos na creche noturna do resort, devido aos horários que iriam deixá-los e buscá-los, pois “poderia ser incômodo para os filhos.”
Naquele dia, Gerry e Kate chegaram por volta das 20:30h no restaurante. A cada 20 ou 30 minutos, um dos amigos dos McCann iria até o quarto para ver as crianças. Cerca de 21:00h, Mat Oldfield, amigo do casal, disse que estava tudo tranquilo quando ele passou pelo apartamento.
Cerca de 21:05h, Gerry foi ver as crianças, ele entrou pela porta da varanda, assim como todos os outros, e viu os filhos dormindo. Às 21:25h, Mat se ofereceu pra ir ver as crianças, ele não seguiu até o quarto; viu uma luz acesa e ouviu um barulho, então voltou ao restaurante.
Às 22:00h Kate foi até o apartamento, o quarto estava mais iluminado e a porta do cômodo mais aberta do que se lembrava. A porta foi fechada pelo vento e ao abri-la novamente ela percebeu que a cama de Madeleine estava vazia. A janela estava aberta e com as persianas levantadas.
Gerry e um amigo comunicaram à recepção do resort o ocorrido. A primeira autoridade a chegar foi a GNR, equivalente a uma unidade de patrulha em cidades pequenas. Todos os que podiam, hóspedes, funcionários, amigos e os próprios McCann foram procurar por Madeleine até às 04:00h.
A polícia considerou a hipótese de que Madeleine teria saído do quarto e adormecida na mata, mas ela não foi encontrada. A Polícia Judiciária foi alertada. Uma amiga da família, Jane Tanner, lembrou que por volta de 21:15h, viu um homem atravessando a rua carregando uma criança.
As 22:00h um irlandês e sua família estavam na Praia da Luz, quando viram um homem carregar uma menina loira de pijama, como se ela estivesse dormindo. Na manhã do desaparecimento, Madeleine perguntou a mãe: “Mamãe, por que não veio ontem quando eu e Sean estávamos chorando?”
Não se sabe o motivo de os irmãos estarem chorando e tem-se algumas suposições: será que o sequestrador teria ido até o quarto na noite anterior, mas algo atrapalhou e o crime não foi concluído?
OBS: O desaparecimento de Madeleine teve grande repercussão mundial devido a rapidez que a notícias foram divulgadas pela mídia. Essa fama alimentou a esperança dos pais de encontrar Maddie com vida, porém, em vão.
A história do sumiço de Madeleine McCann sensibilizou inúmeras pessoas, inclusive famosos como os jogadores: Cristiano Ronaldo e David Beckham que fizeram apelos na televisão para que ela fosse encontrada viva.
A investigação contou com duas linhas paralelas: uma dirigida pela Polícia Judiciária Portuguesa e outra britânica pela Scotland Yard.
OBS: Em janeiro de 2014, os britânicos solicitaram ajuda aos portugueses para deter três suspeitos que teriam realizado furtos no hotel em que Madeleine estava. Entretanto, eles foram inocentados do desaparecimento após algum tempo de investigação.
Os investigadores portugueses entrevistaram dezenas de pessoas na tentativa de entender o que realmente aconteceu para que a garota sumisse. Após o primeiro mês de investigações, apenas um entrevistado foi considerado suspeito.
O primeiro suspeito foi Robert Murat, um homem de 33 anos que morava com a mãe próximo ao hotel em que os McCan estavam hospedados. Ele foi detido para interrogatório, e depois solto por falta de provas. Após um tempo, confessou que a história “acabou com sua vida”.
Nos primeiros meses de investigação, os oficiais tiveram o auxílio de cães farejadores que identificaram, com a ajuda de peças de roupas da inglesa, que a criança passou por outro apartamento antes de desaparecer.
Ao longo do tempo, os pais chegaram a ser considerados suspeitos, fato declarado, oficialmente, pela polícia portuguesa em setembro de 2007. Gonçalo Amaral, ex-inspetor português, chegou a hipótese de que o casal McCann teria encenado um rapto para encobrir a morte de Madeleine.
De acordo com essa teoria, ela teria falecido no apartamento e os pais teriam desaparecido com o corpo. Cães treinados para detectar cheiro de sangue e odores corporais reagiram, tanto no quarto, quanto no carro alugado por Gerry e Kate.
Um dos treinadores desses cachorros, Martin Grime, disse que o cão que teria sentido o cheiro de sangue, Eddie, participou de vários casos ao longo de seis anos e obteve sucesso em mais de 200. No entanto, não se tem um registro que suporte a taxa de sucesso do animal.
Além de que os vestígios encontrados devem ser embasados por provas forenses, estas nunca foram encontradas. Segundo depoimento dos inspetores forenses, não foi achado sangue no carro e nem no apartamento. O DNA encontrado no Ocean Club foi dado como inconclusivo.
Além de tudo, Gerry e Kate apresentaram-se extremamente controlados e pouco emotivos desde o início do desaparecimento. Essa foi uma das maiores razões para que fossem considerados suspeitos.
Após um tempo, foi revelado que o casal McCann foi instruído a manter essa postura caso o disposto sequestrado sentisse algum tipo de prazer em observar o desespero dos pais.
Durante essa investigação, teve-se a suspeita de que os gêmeos e Madeleine foram sedados pelos pais para dormirem. Gonçalo Amaral acredita que os pais colocaram Madeleine pra dormir, e por algum descuido como por exemplo: excesso na dosagem, ela tenha falecido durante o sono.
Em algumas entrevistas para a CMTV, o ex-inspetor disse que, durante uma tentativa de reconstituição do desaparecimento, Kate McCann revelou em depoimento que na noite após o sumiço de Maddie ela permaneceu a madrugada acordada e atenta à respiração de Sean e Amelie.
Todavia, o casal de médicos afirma que nunca utilizaram sedativos nos filhos, mesmo que levassem vários medicamentos, dentre eles sedativos, na mala. Também considerou-se que encenaram um crime com a ajuda e encobrimento dos amigos de Kate e Gerry.
Quando questionado sobre os detalhes da noite do sumiço de Madeleine pelo jornal Sol, David Payne, amigo do casal, respondeu: "Este é um assunto que só a nós nos diz respeito. Temos um pacto de silêncio e todos as perguntas e comentários devem ser passados por Gerry McCann."
Sua resposta teria sido mal interpretada pelo jornalista. O casal e seus amigos negaram – em um comunicado oficial – qualquer pacto para silenciar uma conspiração. A resposta foi explicada pela necessidade de manter o segredo de justiça, seguindo as leis de Portugal.
Gerry e Kate McCann receberam uma indenização por danos morais e pedidos de desculpas de dois jornais ingleses, em março de 2008. Eles sempre negaram qualquer envolvimento com o desaparecimento da filha.
Na série da Netflix “O desaparecimento de Madeleine McCann” mostra que ela pode ter sido raptada para o tráfico infantil, assim como Rui Pedro de 11 anos, que desapareceu em Portugal, no ano de 1998. Teorias mostram que Madeleine e Rui foram vendidos para uma máfia de pedófilia.
Mais tarde, fotos de Rui Pedro foram vistas em sites de pornografia infantil, mas ele até hoje não foi encontrado. A mãe de Rui relatou que o seu pai gastou todo o dinheiro que podia à procura do neto. A mãe era chamada para ver vídeos de pedofilia, para procurar Rui Pedro neles.
“— Vi coisas horríveis. A partir das 4 horas da manhã é que se consegue ver os pedófilos atuar. Mostravam-me crianças serem violadas e eles a terem prazer com o choro. Masturbavam-se à custa disso. Estava a ver imagens, para ver se algum deles era o Rui.” Relatou a mãe do garoto.
Nesse ano, veio a público que a polícia tem um novo suspeito no caso de Madeleine McCann, agora com 43 anos. Ele é Christian Brückner, um presidiário alemão, que recebeu um telefonema que durou das 19:22 as 20:20h, no dia do desaparecimento de Madeleine McCann.
Christian estava na área da Praia de Luz, local onde também estava a família McCann. Ele morou em Portugal entre 1995 e 2007, e estava na longa lista de 600 pessoas investigadas pela polícia em 2007 — mas na época, ele ainda não era suspeito.
Christian também possuiu um carro da marca Jaguar, o qual ele transferiu para o nome de outra pessoa no dia seguinte ao desaparecimento de Madeleine. Meses antes do desaparecimento de Madeleine, Christian se gabou de que "poderia transportar crianças" na van, ao pai de uma amiga.
Christian tem um histórico de invadir hotéis para roubar, assim como se envolveu com tráfico de drogas na região, onde a família McCann estava de férias. Ele já foi pego por falsificação de documentos e abuso de menores.
O suspeito também trabalhou na Grundschule Hohestieg (escola primária). Um funcionário local contou que as crianças chegavam à escola segurando pôneis e ursinhos de pelúcia, contando que Christian havia as presenteado. [Imagens dos cômodos de uma das casas de Christian]
Em uma casa na Alemanha utilizada por Christian, foram encontrados pendrives com mais de 8 mil arquivos de abuso infantil e, camuflado junto de um cachorro morto, roupas de crianças, incluindo peças de banho para meninas.
Uma garçonete, ex-funcionária de Christian em um quiosque no qual ele vendia bebidas e lanches em Braunschweig, relatou: “— Uma vez ele ficou apavorado quando estávamos sentados conversando com amigos sobre o caso Madeleine. Queria que parássemos e gritou.”
Christian perdeu o controle e gritava: “Você pode fazer um corpo desaparecer. Os porcos também comem carne humana. A criança está morta e é isso.” Foi alegado que um ex-funcionário do clube em que a família McCann estava, avisou que Madeleine foi deixada sozinha, no dia do crime.
Christian pode ser suspeito em outros casos:

— Inga (com características físicas semelhantes a Madeleine), uma menina de 5 anos que desapareceu em 2015 e permanece assim.

— Peggy Knobloch, uma menina de 9 anos de idade, considerada “a Maddie alemã”, que desapareceu em 2001.
Os restos mortais de Peggy Knobloch foram encontrados apenas 15 anos depois de seu desaparecimento, em 2016. Os investigadores concluíram que ela foi morta para encobrir abuso sexual.

— René Hasee, um menino de 6 anos que desapareceu em 1996, durante um passeio em uma praia.
— Carola Titze, de 16 anos, que estava de férias com seus pais em uma praia da Bélgica em 1996. O cadáver dela, severamente mutilado, foi encontrado. Carola foi vista em uma discoteca com um alemão dias antes de seu desaparecimento.
Atualmente, Christian está sob a investigação de espancar, estuprar, torturar e estrangular até a morte Tristan Brubach, um garoto de 13 anos, em Frankfurt. Desde dezembro de 2019, Christian cumpre pena na Alemanha por estuprar uma mulher de 72 anos, em Portugal.
O porta voz da investigação da polícia alemã declarou ter provas de que Madeleine McCann está morta: “Temos provas, fatos concretos e não meras indicações. Por enquanto, não posso revelar as informações exatas que indicam que o nosso suspeito matou Madeleine”.
Agora, há poucos dias, a polícia alemã escavou o terreno (que já foi ocupado por Christian), onde Madeleine McCann poderia estar enterrada, um telefone celular e um porão secreto em um buraco de 15 metros foram encontrados. Ainda não há novas atualizações do conteúdo encontrado.
Apesar disso, veio a público mais um relato, no qual um ex-amigo de Christian afirmou que, durante uma conversa, o suspeito disse que “queria alinhar chapas de metal como as de Josef Fritzl”, um criminoso que abusava sexualmente de sua filha Elizabeth Fritzl desde seus 11 anos.
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