A Atalanta é um clube modesto. Jamais foi campeão italiano. Hoje, joga em Lisboa contra o PSG não apenas pelo sonho de estar entre os quatro melhores clubes da Europa, mas para lavar a alma da sua cidade, Bergamo, o epicentro da pandemia de coronavírus na Itália. 
A cidade tem pouco mais de 120 mil habitantes, e estima-se que, por lá, morreram cerca de 3000 pessoas. Na região da Lombardia, onde ela se localiza, foram ao todo cerca de 17000 vítimas. E o pior é que, até o início de março, Bergamo estava em festa por causa da Atalanta.
Nas oitavas de final, a Atalanta fez 2 grandes jogos contra o Valencia. Mas as aglomerações nas partidas podem ter sido responsáveis por disseminar o vírus entre os torcedores e, portanto, levá-lo a toda a cidade. “Uma bomba biológica”, diz o prefeito
www1.folha.uol.com.br/esporte/2020/0…
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O futebol parou. Vindos de 14 países diferentes, os jogadores da Atalanta permaneceram em Bergamo durante o lockdown. Os ultras da equipe se tornaram voluntários para a ajuda no combate ao vírus, e tornou-se comum vê-los com a camisa da Atalanta correndo pra cima e pra baixo.
Quem conta isso em entrevista ao jornal britânico The Guardian é o médico Oliviero Valoti, que viu o segundo jogo contra o Valencia já bem doente, tendo sido também infectado pelo coronavírus logo no início da pandemia. theguardian.com/football/2020/…
Mais: o grande craque da Atalanta, o esloveno Josip Ilicic, não vai disputar o jogo contra o PSG e se afastou da equipe. Suspeita-se que está com depressão. O lockdown trouxe a ele terríveis memórias de infância das guerras de dissolução da Iugoslávia uol.com.br/esporte/futebo…
A informação não foi confirmada nem pelo clube nem pelo jogador. Mas para ajudá-lo, Bergamo e os torcedores da Atalanta se engajaram numa campanha, espalhando pôsteres de incentivo e declarações de amor ao jogador por vários locais da cidade
