1 - Ainda lembro das minhas apresentações para patrocinadores, na época de VP e diretor de marketing do Flamengo. Sempre tinha aquele gráfico bonito da maior torcida, da torcida nacional.
2 - Do outro lado da mesa, do potencial patrocinador a pergunta era sempre a mesma, “mas vcs interagem com esses torcedores, estão próximos de vcs?” Aí amigos, era o caso de usar toda lábia possível e tentar desconversar.
3 - As vezes dava certo, até porque em 2009 o próprio patrocinador nem saberia como interagir com tanta gente. E assim tantos patrocínios fechamos. Bozano, Olympikus, Ale, Batavo...
4 - Mas para mim, mesmo quando os contratos eram fechados ficava aquela frustração. Eu sonhava que um dia diante da pergunta eu responderia: “sim o Flamengo tem contato direto e relação com quase todos os seus torcedores. Patrocinar o Clube é abrir um cabal direto com eles”.
5 - E se passaram 11 anos. A tecnologia evoluiu muito, as redes sociais surgiram, o mundo ficou pequeno, as distâncias encurtaram. O Flamengo se modernizou, mas aparentemente existem coisa que não mudam.
6 - O Flamengo continua a ignorar a Nação Rubro-negra. Na minha época a desculpa era a falta de recursos para investir, a falta de ferramentas. Qual a desculpa agora? Tem alguma ou é apenas uma opção do tipo não me interessa isso?
7 - Desculpem o desabafo desse velho VP de marketing, mas é duro assistir o clube ter à sua disposição tudo que sempre sonhamos em 2009, recursos e ferramentas para responder aos patrocinadores que temos os 42 milhões de torcedores conosco, mas simplesmente não queremos. Triste.
