A Messier 42, mais conhecida como Nebulosa de Órion, é a segunda nebulosa mais próxima da Terra, está a uma distância de apenas 1.565 anos-luz, perdendo apenas para a Nebulosa da Hélice, que está a cerca de 695 anos-luz de nós.
A M42 é o local de nascimento de estrelas mais observado pelos astrônomos e astrofísicos devido a sua proximidade e por possuir uma fácil localização.
Situada pouco abaixo do Cinturão de Órion, seu brilho até permite vê-la a olho nu. Para o hemisfério sul, ela é melhor observada em dezembro, pouco depois do crepúsculo a leste.
O primeiro registro fotográfico da Nebulosa de Órion foi realizado em 30 de setembro de 1880 nos EUA, pelo astrônomo Herry Draper (1837-1882), é primeira fotografia de nebulosa já feita, com exposição de 51 minutos e usando um telescópio refrator de 279 mm de abertura.
E, em 1882, ele conseguiu registrar outra foto da nebulosa, dessa vez mais nítida que a anterior. A Nebulosa de Órion veio mesmo a revelar suas estruturas somente com as imagens do grandioso Telescópio Espacial Hubble (TEH).
Fruto de uma parceria entre a NASA e a ESA, o TEH foi lançando em 1990 na órbita baixa da Terra, a cerca de 569 km de altura, acima da atmosfera o suficiente para evitar distorções e tirar fotos de alta resolução.
Seu nome é uma homenagem ao astrônomo Edwin Hubble (1889-1953), conhecido por sua descoberta da expansão do universo.
O TEH tem comprimento de 13,2 m e diâmetro de 4,2 m, é equipado com um espelho primário de 2,4 m, possui espectrógrafos que abrangem o espectro do infravermelho ao ultravioleta, câmeras, sensores de orientação e dois painéis solares de 2,45 m x 7,56 mcada(massa total de 11.110kg)
O TEH realizou uma série de observações entre novembro de 2004 e abril de 2005 que geraram 520 imagens em dados, usando filtros fotométricos com sua câmera avançada de pesquisa no canal WFC (AC/ WFC, na sigla em inglês) em exposições que variaram entre 385 a 420 segundos [...]
cobrindo quase toda a nebulosa. Usando um algoritmo, de nome Py-Drizzle, foi possível remover as partículas de raios cósmicos e deixar as imagens mais claras. O resultado foi uma imagem com um mosaico estelar que gerou um catálogo com mais de 3.200 fontes estelares identificadas
As fontes são candidatas a estrela única, binária, disco protoplanetário ou galáxia.
A formação de estrelas é melhor observada em aglomerados, nas proximidades do Cúmulo do Trapézio, um asteriano (padrão estrelar reconhecido a partir da Terra) formado por quatro estrelas mais destacadas da nebulosa.
O Cluster (agloremerado globular) da Nebulosa de Órion foi escolhido para focalizar o TEH por apresentar volumes e massas que possibilitam o estudo ótico da mosoico estelar.
Para analizar e quantificar a formação de estrelas na região, dois métodos foram usados: um que compila a função de luminosidade e ajuda a enteder o tempo de evolução do sistema estelar-membro e; o outro é diagramar as estrelas do Cluser em H-R (gráfico de luminosidade por [...]
classificação estelar e temperatura) para proporciona leituras mais precisas de idades e massas individuais.
Além disso, utilizando métodos de filtragem, algumas imagens do TEH mostram claramente 178 fontes de discos protoplanetários que emitem brilho por estarem ionizadas ou por estarem refletindo a luz da nebulosa.
A Nebulosa de Órion é parte do grupo denominado Regiões HII que são nuvens de hidrogênio Ionizado, prótons e elétrons livres, que se formam próximo a estrelas cujas temperaturas estão entre cerca de 10.000 K a 33.000 K.
Estrelas nessa faixa de temperatura emitem fótons ultravioleta, radiação energética o suficiente para ser absorvido por átomos de hidrogênio e dar energia ao seus elétrons para escaparem do núcleo e ionizar o gás.
Quando um elétron livre é capturado novamente por um núcleo de hidrogênio, ele perde energia emitindo fótons predominante na frequência da cor vermelha, o que explica a coloração avermelhada dessas regiões.
A M42 ainda tem muito o que nos apresentar, com a tecnologia do TEH, ela nos revelou estruturas processos intermediários a formação planetária e de protoestrelas.
Estamos prestes a lançar telescópios espaciais mais precisos que o TEH, como o James Webb da NASA, com previsão de lançamento de março de 2021, ele promete inovar e complementar os feitos do Hubble.
Fontes: 1. Karin M. Sandstrom, 2007, A PARALLACTIC DISTANCE OF 389þ24 21 PARSECS TO THE ORION NEBULA CLUSTER FROM VERY LONG BASELINE ARRAY OBSERVATIONS. disponível em: iopscience.iop.org/article/10.108….
6. L. Ricci, 2008, THE HUBBLE SPACE TELESCOPE/ADVANCED CAMERA FOR SURVEYS ATLAS OF PROTOPLANETARY DISKS IN THE GREAT ORION NEBULA.Disponível em: iopscience.iop.org/article/10.108….
As constelações indígenas se diferem das constelações das sociedades ocidentais em três principais aspectos,
Segue a thread pra saber mais:
a primeira diferença é que as principais constelações dos povos antigos eram denominadas zodiacais, em que interceptavam o caminho imaginário que chamamos de eclíptica por onde, aparentemente, passa o Sol e próximo de onde encontramos a Lua e os planetas.
Entretanto as principais constelações indígenas estão localizadas na Via Láctea, a faixa esbranquiçada que atravessa o céu, onde as estrelas e as nebulosas aparecem em mais quantidades e facilmente visíveis à noite.
Você sabe quem foi a primeira mulher negra a ir para o espaço? O nome dela é Mae Jemison e ela trouxe essa conquista para a comunidade feminina negra a menos de 30 anos atrás.
Natural do Alabama, EUA, Mae Carol Jemison nasceu em 17 de outubro de 1956. Ainda na sua infância, mudou-se para Chicago onde concluiu o ensino básico na Morgan Park High School com excelente desempenho, garantindo uma bolsa para Stanford University.
Você já ouviu falar da Missão Ártemis, o novo programa de viagem espacial tripulado da NASA? Em junho deste ano foi decidido quem ficaria encarregado pelo maior projeto da agência e, pela primeira vez na história, uma mulher foi nomeada: Kathy Lueders.
Kathy é da área de projetos e finanças, graduou-se em Administração de Finanças na University of New Mexico e especializou-se em Engenharia Industrial na New Mexico State University.
Uma galáxia muito distante chamou a atenção dos astrônomos: ela tem características semelhantes às da Via-Láctea, o que não era esperado para objetos tão afastados.
Hoje vamos falar mais sobre essa descoberta, segue o fio! #ExtensaoRemotaUFMG #NósUFMG
Cientistas observaram a galáxia SPT0418-47, que está distante da Terra por 12 bilhões de anos-luz, ou seja, aproximadamente 1,4 bilhões de anos após o surgimento do universo.
O ano-luz é uma medida utilizada para mensurar distâncias astronômicas. Um ano-luz é a distância que um feixe de luz percorre durante um ano, que é de aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros. Logo, a luz detectada pelos cientistas foi emitida há 12 bilhões de anos atrás.
A Lua é o mais brilhante e o maior astro do céu noturno. A Lua causa as marés, deixa o clima da Terra mais estável e torna o planeta mais habitável para nós ao regular as oscilações do seu eixo de rotação.
A quinta maior Lua do Sistema Solar, a nossa Lua se formou há milhões de anos durante a formação planetária quando um provável objeto do tamanho de Marte e a Terra se colidiram.
Você já ouviu falar que o Sol é composto por Hidrogênio e Hélio ? Sabe quem foi responsável por essa descoberta? Cecilia Payne-Gaposchkin é uma cientista brilhante que mudou a forma como vemos o Universo quase um século atrás.
Nascida em 1900, na pequena cidade de Wendover, na Inglaterra, Cecilia Helena Payne se apaixonou por astrofísica em 1919 quando presenciou uma palestra do astrônomo Arthur Eddington sobre a Relatividade de Einstein.