Thread by @saritacoelho

CASO QUEIROZ – Após 2 anos de investigação, vazamentos para a imprensa e quebra recorde de sigilos, finalmente o MPRJ ofereceu denúncia contra o Flávio, ainda que baseada em uma série de "erros" identificados até pela imprensa militante. ⬇️

A imprensa, que no início dos vazamentos estava apurando as informações no afã de descobrir algum ilícito, desistiu de correr atrás da notícia quando percebeu que a checagem dos fatos beneficiava o filho do presidente e revelava uma série de erros do MPRJ. ⬇️

Entre os erros flagrados pela imprensa estão: 1) o fato de terem atribuído ao Flávio imóveis que ele nunca comprou. ⬇️

2) Terem omitido que o Queiroz possui outra fonte de renda, alem da Alerj – o salário-base de capitão da PMERJ é de quase R$ 11 mil, sem mencionar os aditivos. Desconsideraram esse valor para sustentar a ideia de que ele movimentou recursos sem ter renda suficiente para isso. ⬇️

3) Erraram para baixo a soma anual do salário do Queiroz, considerando apenas a Alerj. Os promotores dizem q é de R$ 81,8 mil. Mas, ao multiplicarmos por 12 os R$ 23 mil indicados na peça como sendo o salário dele, chegamos a um resultado de R$ 276 mil. Um erro de R$ 194,2 mil.⬇️

4) Os promotores também erraram para cima (muito para cima) a soma dos valores supostamente sacados pelo Queiroz. O relatório do Coaf indica que o saque foi de R$ 86 mil, mas os promotores escreveram que foi de R$ 324.774 mil. ⬇️

Esse último valor tirado sabe-se lá de onde – R$ 324.774 mil em vez de R$ 86 mil – foi o que embasou o pedido de quebra de sigilo. (Print acima). ⬇️

5) Os promotores também afirmaram que o Flávio não quis se manifestar nos autos. Mas, foram desmentidos pelo próprio juiz que autorizou a quebra de sigilo. De acordo com ele, os autos contradizem essa afirmação, uma vez que existe uma petição do senador pedindo para ser ouvido.⬇️

6) A decisão do juiz autorizando a quebra de sigilo tem apenas um parágrafo, e não apresenta argumento algum que fundamente a decisão, além de ignorar todos os erros já apontados nos autos, inclusive os de cálculos. Sem contar que ele não era o juiz competente para o caso. ⬇️

7) Foram incluídas na quebra de sigilo pessoas que nunca trabalharam com o Flávio e que nunca tiveram transação financeira com o Queiroz. Sem contar que essa foi uma das maiores quebras de sigilo já vistas.
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8) O procurador-geral do MPRJ, Eduardo Gussem, foi fotografado passando informações para um jornalista da Globo numa época em que a emissora era a única a ter acesso a dados sigilosos do processo.
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9) Os promotores também alegaram que um simples PM teve um gasto não compatível com a sua renda na loja de chocolates do Flávio. Omitiram que ele é dono de uma empresa de vigilância consolidada no mercado, que atende as principais lojas e edifícios de Copacabana. ⬇️

O dono da empresa de vigilância não mentiu para o jornalista. Ele de fato divulgava a entrega dos panetones no Instagram da empresa. Bastava uma simples checagem para ver. ⬇️

10) Outra alegação dos promotores é de que houve valorização excessiva dos imóveis comprados por Flávio na zona sul do Rio. Essa suposta denúncia já foi investigada anteriormente e nunca se vislumbrou qualquer indício de irregularidade. ⬇️

11) Qd a imprensa viu que a apuração das denúncias beneficiava o Flávio, ela parou de apurar os fatos e passou a repetir como papagaio os vazamentos sem fazer a checagem dos dados. Dessa forma, a imprensa ajudou a promotoria a condenar o senador perante a opinião pública. ⬇️

Outro exemplo dessa "ajuda" foram as reportagens não relacionadas diretamente à investigação alegando pagamentos em espécie por causa da frase: "pagamento em moeda corrente do País, contada e achada certa". Uma advogada não identificada disse que isso quer dizer em dinheiro.⬇️

Funcionários de cartório negam que a frase signifique necessariamente "em espécie". A distorção da imprensa tem um motivo: ajudar a criar no público um imaginário de que existem fatos mal explicados, irregularidades... Isso porque o que o MPRJ encontrou, após 2 anos, ⬇️

não é forte o suficiente para condenar do senador. Precisa do suporte do assassinato de reputação e do desgaste diário para ficar mais robusto. Os erros são escandalosos. Os vazamentos por interesses políticos, evidentes. Quem sai desmoralizado é a imprensa e o próprio MPRJ. ⏹