Sobre terrorismo acadêmico.
Já falei na semana passada e vou repetir. Eu, até agora, não sou autor de nenhuma novidade no marxismo e no âmbito das ciências humanas. Muitos dos debates, críticas, conceitos e categorias que uso são fruto dos debates na periferia do capitalismo +
Já falei na semana passada e vou repetir. Eu, até agora, não sou autor de nenhuma novidade no marxismo e no âmbito das ciências humanas. Muitos dos debates, críticas, conceitos e categorias que uso são fruto dos debates na periferia do capitalismo +
e meu trabalho principal, nesse momento, é divulgar e socializar esses debates e usá-los para compreender a realidade brasileira. Por qual motivo isso é importante? É incrível os chiliques violentos, autoritários, agressivos e caluniadores que os defensores de Hannah Arendt tem!
mas o curioso é que eu não sou bem original nesse debate. Tem um argumento central, expresso no Raça, Classe e Revolução, onde acho que fui original e nenhum outro crítico de Hannah Arendt - dos que eu conheço - percebeu o que percebi, mas fora isso, tudo debate conhecido.
Eu me baseio em José Chasin, Domenico Losurdo, István Mészáros, W. E. B. Du Bois, José Paulo Netto, Eric Hobsbawm etc. Aliás, o filosofo brasileiro Vladimir Safatle, em live recente de lançamento de um livro de Frantz Fanon, fez críticas muito parecidas com as que faço.
Por que esses acadêmicos cheios de pompa, arrogantes, ligeiros para falar que você "não sabe nada de Hannah Arendt" não vão para cima de um José Paulo Netto? Sabemos bem o motivo. Acostumados estão a fazer terrorismo acadêmico, usar cargos e prestígios, para calar debates.
Não deixa de ser significativo que o artigo de Domenico Losurdo, tantas vezes por mim recomendado e citado, "Para uma crítica da categoria de totalitarismo" ou até os livros da Coleção Quebrando as Correntes, não tenham recebido uma única crítica séria.
Tudo é na base do discurso de autoridade e no meu caso, o levantamento do estigma de "stalinismo". Pura tentativa de intimidação. Esse é um dos motivos que me fizeram não ser acadêmico. Como não dependo de nada da academia, posso fazer meus debates sem retaliação.
Estou livre para bater de frente com o medalhão do departamento sem me preocupar. E pode ter certeza que comigo esse tipo de expediente baixo, anti-teórico e covarde não vai funcionar. Não fujo de uma boa briga. Antes o contrário.
Lembrando que a prestigiada - e com razão - professora Maria Ribeiro do Valle fez uma tese de doutorado e lançou livro chamado "A violência revolucionária em Hannah Arendt e Herbert Marcuse". Uma obra totalmente crítica a Hannah Arendt. Teme chilique com Maria? Resposta? Não!
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