Depois reclamam que protesto só é notícia quando tem violência. Fizeram um protesto pacífico na av. Sapopemba. TVs e portais noticiaram o "problema no trânsito". Algum desses foi averiguar os fatos? Nenhum. Só a @pontejornalismo foi até lá. E descobriu uma história aterradora.
Em busca de um ladrão de carros, a @PMESP invadiu uma casa no Parque São Rafael e executou a tiros Wenny Sabino Costa Martin. Ele tinha 18 anos. Foi morto na frente de dois adolescentes de 13 anos e duas crianças de 3 e 5 anos. ponte.org/pms-invadem-ca…
Todas as testemunhas ouvidas pela repórter @mendoncjeniffer relatam que a @PMESP de @jdoriajr arrastou o menino para dentro do banheiro da casa e o matou lá dentro. Ninguém viu uma arma com Wenny. Mas a PM defende que matou o jovem em legítima defesa, e para isso montou uma farsa
A montagem da farsa contou com muita ajuda da Polícia Civil. O DHPP fez um boletim de ocorrência em que não há testemunhas, apenas a versão dos policiais. E mesmo essa versão chegou em segunda mão: os PMs responsáveis pela morte nem foram ouvidos, em respeito ao Pacote Anticrime.
A Polícia Civil podia ter prendido os PMs em flagrante por homicídio se ouvisse testemunhas e notasse que não havia arma no local do crime além das armas dos policiais. Mas aceitaram uma arma que os PMs apresentaram na delegacia como sendo a prova de que Wenny estava armado. Sim.
Não é possível que a @PMESP de @jdoriajr mate um menino negro diante de testemunhas e que a Polícia Civil aceite isso sem ouvir assassinos nem testemunhas, aceitando como uma prova uma arma que nem estava na cena do crime. Vidas negras importam precisa ser mais do que uma hashtag
Se com tão pouco fazemos tanto, imagina quando tivermos mais recursos. Por isso, ajuda a gente! Vai lá! ponte.org/tamojunto/
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Vendo a cobertura de alguns veículos sobre a morte do menino Miguel, é chocante constatar o quanto Sarí Mariana Gaspar Côrte Real, a primeira-dama loura que mandou a criança negra para a morte, foi protegida por jornalistas acostumados a expor suspeitos negros pobres (segue)
Sikera Jr., que festeja a morte de qualquer pessoa nas mãos da polícia bradando "CPF cancelado!", deliberadamente evitou dizer o nome de Sarí ou mostrar imagens dela, alegando respeito à lei de abuso de autoridade (que, como o próprio nome diz, não vale para jornalistas).
Veja o constrangimento no estúdio (em 53:25) quando Sikera pergunta o nome da primeira-dama para o repórter Ricardo Neves, que sugere "ir na internet" para saber a informação: