Chegar na vizinha Venezuela é ver o que poderia ser do Brasil se tivéssemos um governo que leva a sério a pandemia do COVID 19...
Entenda aqui como a Venezuela perdeu 913 vidas na pandemia e o Brasil é o segundo no mundo com mais mortes, ultrapassando 175 mil... (segue o fio)
1. Começando do início: quem chega a esse país, ao dar os primeiros passos é recebido por um agente de saúde com EPI hermeticamente fechado e pulverizando produto desinfetante na sola do sapato de todas as pessoas.
Nenhum vírus é trazido pela sola de viajantes ao país. +
2. No primeiro edifício existe uma câmara de desinfecção que as pessoas entram para medir a temperatura e fazer a desinfecção externa com pulverização sobre as roupas, bagagem de mão e corpo exposto.
O vírus já não chega mais também por contatos externos. +
3. Ainda no primeiro edifício antes de liberar a pessoa que chega (antes até dos trâmites migratórios) quem primeiro aborda é uma médica infectologista para verificar os testes de PCR feitos.
Caso a pessoa não tenha ainda, ela faz o teste e fica isolada 2 dias antes de sair. +
4. A bagagem também é desinfectada antes da devolução para quem chega. Assim tanto a pessoa quanto seus objetos podem entrar com segurança ao Brasil.
É realmente uma demonstração de seriedade e profissionalismo na defesa da saúde e da vida das pessoas. +
5. Para além de todos os cuidados para evitar que o COVID chegue de fora, no próprio país o cuidado é constante.
Não tem absolutamente NINGUÉM sem máscaras.
Quem se infecta, encontra tratamento gratuito na rede pública numa lógica de saúde não mercantilizada. +
O que mais me impressionou foi conversar com a médica e ela simplesmente não acreditar no que está sendo feito no Brasil.
O descaso e o negacionismo da ciência que nos ceifou mais de 175 mil vidas desnecessariamente em 9 meses parece absurdo para quem não conhece Bolsonaro... +
A Venezuela, como qualquer outro país da periferia do capitalismo, sofre de graves problemas (a maioria deles imposto com a mão pesada do imperialismo estadunidense).
Mas são paradigmas diferentes dos que vivemos no Brasil. São prioridades diferentes e realidades diferentes.
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Nesse domingo aconteceu a 26ª eleição desde a primeira vitória de Hugo Chávez em 1998.
A Venezuela foi o país das Américas que mais realizou eleições, referendos revogatórios de mandatos e outros referendos nesse período.
Você sabia disso? (+)
Entre essas 26 votações estão os chamados "referendos revogatórios", que são votações no meio do mandato de presidente onde a população avalia se ele tem atendido às expectativas e, caso não tenha e perca o referendo, são convocadas novas eleições.
Venezuela apresenta ao mundo um processo eleitoral firme, com cuidados tanto em relação ao COVID como em relação à transparência e participação popular.
Biden já está mais de 3 milhões de votos à frente de Trump, no entanto, pela lógica do sistema eleitoral, a vitória ainda é incerta na quantidade de delegados.
O desafio é conquistar 270 votos nos colégios eleitorais e, até o momento, ele tem 224. (olha isso)
Os votos pelo correio estão sendo apurados (que costumam ser de maioria democrata) e Biden já tem a vantagem em alguns estados importantes:
Maine (4), Wisconsin (10), Arizona (11) e Nevada (6)
Confirmando esses estados, faltam apenas 15 votos, e olha só:
Esses 15 votos pendentes poderiam vir qualquer dos 3 estados que estão MUITO DISPUTADOS no momento:
MICHIGAN (16 votos)
GEORGIA (16 votos)
NORTH CAROLINA (15 votos)
Nos três os votos pelo correio têm feito a diferença e estão diminuindo a vantagem de Trump (veja em detalhes)
A contagem segue apertada (com chances de vitória para ambos ainda) faltando apenas 9 estados para o fim da apuração.
Enquanto isso, Trump faz discurso alegando fraude, dizendo que já venceu e que levará o resultado para a Suprema Corte (e tem mais)
Trump tentou de todas as formas fraudar essas eleições: deslegitimou os votos pelo correio (que historicamente são da maioria democrata), estimulou ataques aos comícios democratas, disse que não aceitaria os resultados e até estimulou boca de urna ARMADA nos dias de votação... +
Essas eleições estão batendo o recorde de participação de muitas décadas. A política genocida de Trump na pandemia e sua incompetência na maior crise do século nesse país estimularam um voto anti-Trump em muita gente!
#Desabafo
Todos os dias vem alguém me marcar em posts de gente atacando ou provocando a construção ecossocialista ou o próprio Subverta ou os projetos do Bem Viver.
Na lógica da treta da internet, ficam pedindo uma resposta minha, então vim quebrar o silêncio. (segue o fio)
A crise de práxis da esquerda é algo que atinge pesado e de modo geral.
Falta de enraizamento, lógica predatória, falta de ações concretas, falta de capacidade de diálogo, falta de um programa construído "à quente", foco excessivo institucional e tantas outras coisas... +
Vencer esse processo requer uma profunda capacidade de autocrítica sincera, disposição para romper com péssimos hábitos e coragem pra fazer O QUE PRECISA SER FEITO, considerando sempre o senso de urgência da soma de todas as crises e do desastre ambiental planetário. +