Thread by @fcancio

ao ler o processo criminal relativo à morte de ihor,houve 2 coisas q m impressionaram mto: 2º testemunhas, q já sabia dizer 'caralho' por tanto o ouvir desde q chegara; pouco antes da sua morte falava baixinho como se rezasse. é nesse pânico,o do fim, q penso quando penso em ihor

um pânico em q esteve totalmente só, num país estrangeiro onde ninguém percebia o q dizia e ele ñ percebia ninguém; o pânico d saber q ninguém o ia ajudar, q ninguém queria saber, e q morria assim, abandonado e aterrorizado, sem saber por q crime, a suplicar, talvez a rezar.

ñ considero, como já vi dito por isabel moreira e @danielolivalx, q este tenha sido o maior atentado ao estado d direito desde o 25 d abril, porq conheço outros do mm tipo, dos quais já ninguém s lembra porq estado d direito e direitos fundamentais é coisa q ñ aquece mto o país.

@danielolivalx mas atentado ao estado d direito é decerto - e é decerto 1 vergonha nacional, como o é qq situação em q as instituições q existem para fazer cumprir a lei e defender os direitos das pessoas funcionem no absoluto contrário das suas atribuições, torturando, matando e encobrindo.

@danielolivalx e isso sucede mto + vezes em portugal do q as pessoas querem crer - ou estão disponíveis p saber. daí q quando soube pela 1ª vez deste caso, na manhã de 30 d março, e comecei a investigá-lo, tive 1 déjà vu: tudo s passou segundo o guião habitual das mortes sob custódia policial.

@danielolivalx ñ foi chamada a pj; ñ houve preservação do local; martelou-s o relatório da ocorrência c a cumplicidade d dezenas d pessoas, fabricando 1 versão em q ninguém tinha feito mal nenhum e em q a vítima tinha andado à cabeçada a sanitas e lavatórios (clássico).
o costume, nada d novo.

daí q deva dizer-se q este caso é maior q um homicídio, e maior até q a miséria q o sef prova com ele ser: é o retrato do estado em q as polícias portuguesas chegaram ao século xxi e da incapacidade d sucessivos governos d as tornarem dignas d 1 democracia e d 1 estado d direito.