O consumo de munição do 15º BPM (Duque de Caxias), onde são lotados os PMs investigados pelos homicídios das meninas Emilly e Rebeca, explodiu nos últimos meses. Em novembro, a unidade descartou 6.238 cartuchos de fuzil usados por agentes em serviço. extra.globo.com/casos-de-polic…
A quantidade é 75% maior do que a eliminada em setembro e mais de três vezes maior do que a eliminada em julho, quando 1.479 cartuchos foram descartados. A eliminação de munição se dá, na maioria das vezes, até dois meses após seu uso.
Todos os dados estão em mapas de munição do batalhão que obtive. A explosão no uso de munição pelo 15º BPM acontece paralelamente ao aumento de mortes em ações da polícia na região patrulhada pelo batalhão. De setembro para outubro, os casos passaram de 5 para 12.
As famílias de Emilly Victória e Rebeca Beatriz contestaram a versão dos policiais militares envolvidos no caso. Em depoimento, as testemunhas contaram que PMs deram disparos enquanto perseguiam 2 ocupantes de uma moto próximo à Favela do Barro Vermelho, onde as crianças moravam.
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Para encerrar o assunto, compartilho trecho da nota da Editora Globo sobre o vídeo compartilhado pela PM e aproveito para expor a metodologia da apuração.
"A reportagem atacada pela PM usa dados oficiais da própria corporação para mostrar o aumento do consumo de munição. (+)
A matéria foi feita com base nos “mapas de munição”, produzidos quinzenalmente por cada batalhão para contabilizar a quantidade de projéteis descartada após uso e em depósito. Foram analisados os “mapas de munição” de julho, setembro e novembro. (+)
No mapa da segunda quinzena de novembro, produzido no início de dezembro, consta que havia 810 projéteis de fuzil calibre 556 e 2.449 projéteis de fuzil calibre 762 em processo de eliminação, por uso “em serviço”. (+)
Como Adriano da Nóbrega foi recrutado por contraventores dentro da cadeia e virou matador de aluguel, sua coleção de premiações e certificados na PM e o método que ele criou para matar e não responder pelos crimes. Na @RevistaEpoca desta semana. epoca.globo.com/rio/a-vida-a-m…
Na reportagem, conto que Adriano cresceu em meio à ilegalidade: seu pai morava de favor na fazenda de um bicheiro no interior do Rio, que ele chamava de “padrinho”. Anos mais tarde, ele foi apontado como assassino do “padrinho”, mas nunca respondeu pelo crime.
Conversei com contemporâneos de Adriano no Bope: lá, seus “feitos” viraram lenda. Montava uma arma em minutos, era referência em incursões em favelas. A indisciplina encurtou sua carreira no Bope: Adriano era conhecido por fazer operações clandestinas, sem autorização do comando.