É polêmico, sei. Vamos lá: não sei se a pandemia ainda pode servir como desculpa para o povo nao ir às ruas contra um governo com fortes tintas - seja por ação ou omissão, negligência, imprudência ou imperícia -, genocida. A coisa está de tal sorte deliberada que é como a guerra:
Se ficarmos em casa morreremos por inação e o adversário vence. Se formos às ruas, corremos o risco de perdermos alguns, sim, mas temos chance de vencer e minimizar o problema. Se depender de Bolsonaro, ele tentará arrastar a vacinação no Brasil até 2022. É por isso que
gostando ou não de Doria, tendo-o criticado até virulentamente como já fiz, preciso reconhecer que, não fossem suas ações, a tendência seria mais alguns milhares de mortos. Esse é um ponto fundamental: ao dar sustentação ao Instituto Butantan, Doria vai contribuir para salvar
milhares de vidas que não seriam salvas de esperássemos por Bolsonaro. Graças a Deus muitos prefeitos e governadores estão se associando ao Butantan para acessar a vacina, driblando esse governo homicida. Diante disso, se em janeiro Bolsonaro e sua milícia bloquearem
a vacina paulista e não apresentarem uma alternativa suficiente, temos sim que ir às ruas. Eu saio dos EUA e me junto a voces. De máscara, mantendo distanciamento possível, me somarei às ruas. Chega! Quase mil brasileiros mortos por dia, enquanto já vacinam no mundo justificam.
Por que já morrem tantos ou mais brasileiros vítimas da COVID do que em qualquer guerra que tenhamos participado, incluindo aí a do Paraguai e a II Guerra Mundial.
Ou então, triste constatação: a outra hipótese para não ir às ruas é: povo nao está nem aí e, então, tem que largar de mão mesmo.
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