o único parâmetro fiel para o estudo das Escrituras é Jesus.

não é Moisés.
nem Lutero.
nem Calvino.
nem Ellen White.

isso não é desrespeito para com a função/escritos desses indivíduos, pelo contrário, reconhecer a centralidade de Jesus é maneira de respeitar o que ensinaram.
e se isso é pecado, eu sou o maior dos pecadores!

vou explicar...
Jesus não é um texto.

"a existência dos quatro Evangelhos... mantém leitores atentos ao fato de que Jesus não é nem capturado no texto nem apenas existente na construção textual mas que ele teve e tem sua própria realidade da qual os textos testemunham." — Richard Bauckham.
Jesus não é contido na letra.

o movimento é outro, TODA a plenitude de Deus é contida Nele.

portanto, ninguém, nem um ser humano, de Moisés aos pais da igreja, de mestres antigos ao seu pastor favorito, substitui Jesus como parâmetro para o entendimento das Escrituras.
*amigos adventistas, esse princípio está na base dos escritos de egw:

"Jesus Cristo é o grande administrador da revelação Divina. É através Dele que temos conhecimento [não só das Escrituras mas] do que precisamos obervar no fechamento da história do mundo."

SDA BC, Vol 7, 953.
o risco de substituir Jesus é o de repetir um dos equívocos que a igreja primitiva enfrentou: manter Moisés, com TODAS as suas virtudes e inspiração, como parâmetro para o entendimento das Escrituras, da ação de Deus, e para determinar quem faz ou não parte do povo de Deus.
um dos textos que mais me ajudaram a entender isso foi 2 Cor 3:14-16:

"até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido... mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado."
portanto, reconhecer a centralidade de Jesus não significa abandonar Palavra nem escritos inspirados...

apenas revela que a Palavra se fez carne, e que "Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados... mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho."

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More from @tarrais

5 Nov
havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre. o rico tinha rebanhos e manadas em grande número.

mas o pobre não tinha coisa alguma, senão uma pequena ovelha que comprara e criara.

#1
ela crescera em companhia dele e de seus filhos.

comia da sua mesa, do seu copo bebia, e dormia em seu regaço.

ele a tinha como filha.

#2
certo dia, o homem rico foi informado que havia na vila uma ovelha que pertencia a um homem pobre, ovelha que, como seu dono, não se alinhava à ordem que desfrutava.

para mostrar seu poder e equilíbrio, o homem rico tomou a ovelha do pobre e a cozinhou.

#3
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4 Aug
hoje existe uma grande preocupação com a "relativização" da Bíblia.

a preocupação é justificada pois dentro da religião muitos entendem que Deus é absoluto, que sua Palavra é absoluta, e que a Palavra absoluta é invalidada e enfraquecida através de relativizações humanas.
nesse fio quero sugerir que interpretação inevitavelmente envolve relativização, pois por mais que Deus seja absoluto e que a verdade seja absoluta, nós não somos... e a prática da sabedoria e do discernimento na Bíblia se encontra também em nossa capacidade de relativização.
mas o que quero dizer com relativização?

respondo: relativizar é conferir valores, importâncias, e hierarquias entre coisas, e no caso da interpretação bíblica, entre textos e idéias.

Eva relativizou no jardim, Paulo foi um grande relativizador, mas começarei com outro exemplo
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26 Mar
pausa pra fazer algumas observações pontuais sobre o uso de João 8:32 "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" por políticos e líderes religiosos.
1- no verso anterior Jesus diz: "se vocês permanecerem na minha palavra..." isto é, a verdade que liberta no verso 32 está diretamente relacionada ao estado de permanecer nas palavras de Jesus e não nas palavras de políticos, nem nas palavras de mídia de direita ou esquerda.
2- na sequência, esse estado de permanecer nas palavras de Jesus gera discipulado, isto é, a emulação e imitação daquilo que Jesus fazia. preocupações e percepções pessoais do mundo são, nessa fase, harmonizadas com as de Jesus nos fazendo discípulos, na vivência das palavras.
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