Cada vez mais convencido que o futebol dos anos 1990 foi uma grande chapação coletiva, um delírio de que esse era um mercado extremamente lucrativo e saudável. Quase todos "investidores" saíram do negócio alegando a mesma coisa.
Aí fica esse disco arranhado de que o futebol brasileiro não consegue mais atrair investidores. A quantidade de LIÇÕES duríssimas que foram aprendidas nos anos 1990/2000 só não são conhecidas por quem tá se fazendo de besta ou quem é novo demais pra entender o que aconteceu.
E claro. Ninguém contabiliza o custo dessas aventuras das parcerias, gerenciamentos do departamento de futebol, joint venture ou coisas similares nas ATUAIS DÍVIDAS dos clubes brasileiros (só @MarcoSirangelo). Parece que ficaram por lá. Mas façam as contas. De 15 mi para 750 mi?
Em tempo. Nessa matéria do Estadão diz que a crise argentina também está na raíza da quebrança do HMT&F. Foi a mesma que atingiu o Exxel Group (Vitória S.A).
Eu não consigo me acostumar com a possibilidade de assistir, com mais 6 pessoas, um campeonato de Fut7 na Rússia, com partidas simultâneas em campos GRUDADOS um no outro.
Brave New World.
Inclusive é bem provável que encontre um aplicativo que me permita apostar nesse jogo, um gol do camisa 7 do time vermelho no primeiro tempo.
Como eu cheguei nisso? Procurando jogo da nossa briosa Série D, o América-RN, campeão do Nordeste de 1998, precisa vencer o Coruripe pra passar de fase.
Conceito ruim e deslocado da realidade a gente joga no lixo. Fizemos isso com "democracia racial" e tá na hora de vocês fazerem com "coronelismo" e sua carga ideológica dos tempos do "moderno/arcaico". É inútil, desonesto, anti-cientifico e acima de tudo xenófobo.
A política não vive de esquemas pseudo-sociologicos. O jornalismo político está preso em uma politologia, essa sim, "arcaica" e incapaz de lidar com suas próprias contradições e vícios políticos. Reproduz isso eleição após eleição e endossa preconceitos regionais perigosíssimos.
De saco cheio dessa análise parada no tempo. Não avança. Parecem as páginas do Estado de São Paulo dos anos 1920, eivada de promoção de embranquecimento, determinismo biológico e ódio. Parem de girar ao redor do próprio umbigo. Olhem suas metrópoles por outro ângulo. É tudo ruína