Thread by @Geopizzza

A transformação da Avenida São João junto com o Largo do Paissandu em São Paulo em menos de 60 anos.

A rua foi fundada no século 17, terminando no atual Vale do Anhangabaú, onde era a convergência dos rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí.

A região pantanosa foi nomeada pelos paulistas em tupi como Vale do Anhangabaú, que significa “Águas Assombradas” ou "Águas do Diabo”.

Em 1865, a "Ladeira de São João" que passava em cima do Vale foi fundada, transformando-se na Avenida São João em 1916.

A partir de 1872, São Paulo ganhou os primeiros bondes puxados à burro e em 1900 substituídos pelos bondes elétricos em trilhos.

A demanda foi tão grande que, em 1930 a cidade chegou a ter 160km de trilhos, quase o dobro dos 96 quilômetros que o Metrô que São Paulo possui atualmente.

A partir da década de 40, a Avenida São João era uma das "artérias" do coração de São Paulo no meio do século 20, repleta de cinemas, teatros, lojas e museus.

Em 1950, quase 200 bondes operavam na cidade, importados do Canadá e Estados Unidos.

A partir da década de 60, a falta de investimentos e reparo dos bondes levavam a problemas técnicos constantes, como panes elétricos e acidentes.

Com a expansão urbana acelerada de São Paulo, novos trilhos não foram instalados nos novos bairros.

O automóvel foi preferenciado pela população, enquanto os bondes ficavam cada vez mais lotados e com passagens mais caras.

Dia 7 de fevereiro de 1968, o último bonde elétrico de São Paulo foi desativado.

A partir da de cada de 70, a prefeitura começou a priorizar o metrô e também alguns trens de superfície como principal meio de transporte público na cidade.

Antes da pandemia, quase 2.5 milhões de pessoas transitavam diariamente pelo centro de São Paulo.

Fontes: bit.ly/2VExdEV, bit.ly/3ayccE3, bit.ly/3ayclaz e bit.ly/3e0bYUw

Atenção @oednaldopereira confirmado viajante no tempo