Quer um exemplo de feminicídio? Uma mulher foi assassinada - a facadas - por um homem, que não aceitou o fim do relacionamento, na frente das três filhas. Aconteceu com uma juíza em um bairro de classe média alta do RJ. Mas acontece a cada sete hs com milhares de brasileiras 👇🏿
O caso da Juíza Viviane do Amaral nos mostra a urgência em desenvolvermos políticas públicas que acompanhem uma denúncia de violência doméstica desde o seu início, levando em consideração o histórico do acusado.
O assassino da Juíza, o ex-companheiro Paulo José Arronenzi, já tinha sido denunciado por agressão por uma ex-namorada em 2017, e novamente em 2020, por Viviane, foi denunciado por lesão corporal e ameaças.
Viviane tinha conseguido medidas protetivas e escolta policial contra o ex-marido. Acabou abrindo mão da presença dos policiais - depois de dois meses - para tentar preservar a imagem de Paulo José diante das filhas.
Feminicídio é um crime de ódio. Trata - se de uma morte motivada diretamente pelo fato de a vítima ser mulher.
O Brasil é o 5º com mais casos de feminicidio no mundo, segundo Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH).
Tivemos um aumento de 7,3% no número de casos de feminicídio em 2019 em comparação com 2018. Foram 1.314 mulheres mortas. Em média uma a cada sete horas, segundo levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
648 mulheres foram vítimas de feminicídio no 1º semestre de 2020 no Brasil, segundo Fórum Brasileiro de Segurança Pública - FBSP. Em quase 80% dos casos os agressores são atuais ou ex-companheiros.
Mulheres negras (entre 18 e 30 anos) são as maiores vítimas de casos de feminicídio no Brasil. A taxa de assassinato a essas mulheres aumentou 54% em 10 anos, enquanto o assassinato de mulheres brancas caiu 10% no mesmo período, segundo o dados do Mapa da Violência.
Até a metade do século XX era comum um homem matar uma mulher em nome da “honra”. Esse tipo de crime recebia penas mais brandas porque era justificado por motivações passionais. Dessa maneira a justiça brasileira absolvia maridos assassinos.
Somente a partir de 2015 alteramos o nosso código penal para incluir a Lei 13.104, que reconhece o feminicídio como assassinato de um mulher em função do gênero.
Aqui no Brasil temos cinco leis estabelecidas para proteger mulheres: Lei Maria da Penha, Lei do Minuto Seguinte, Lei Carolina Dieckman, Lei Joana Maranhão e a Lei do Feminicídio.
Contudo o que vemos são mulheres enfrentando verdadeiras maratonas, marcadas por exposição, machismo e preconceitos diversos em momentos importantíssimos de denúncias de violência doméstica e sexual.
Não basta termos leis estabelecidas se não tivermos profissionais sensibilizados para ouvir e conduzir esses processos em prol das vítimas. Não a toa parte do silêncio dessas mulheres vem do medo da exposição e do não cumprimento dessas leis.
É urgente pensarmos em políticas públicas que amparem e cuidem dessas mulheres. Precisamos de ações efetivas que considerem o histórico de agressão e violência dos acusados.
É primordial capacitar e treinar todas e todos envolvidas/os em casos de violência contra mulheres, uma vez que sabemos a sensibilidade desses casos e a fragilidade de etapas dos processos.
É necessário uma reestruturação de base nos meios vigentes de proteção às mulheres.
Nenhuma a menos.
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Essas festas "corona vip" são o retrato da elite brasileira. Nossa elite é a que menos contribui para a sociedade no mundo, não pratica doações, hiperexplora seus trabalhadores, não cuida do meio-ambiente, sequer investe em tecnologia e desenvolvimento pra lucrar mais.🧶
É mediocre, inculta, ignorante, rasa, hedonista, tapada, reacionária e por óbvio escravocrata, uma vez que impede que seus funcionários ascendam economicamente. Ela quer ver a senzala pegar fogo com gente dentro.
A aberração das festas vip de final de ano mostram como o brasileiro milionário trata a vida humana, como é um ser deslocado da realidade de seu país e como é escravocrata: os funcionários não tem leito. Os ricos com covid vão de jatinho pra ala vip do @hosp_einstein .
Acompanhando o drama dos americanos sobre o pagamento do valor do aluguel e digo: que o próximo colapso nosso será exatamente no mesmo lugar, a moradia.
Ninguém reparou a subida desenfreada do preço dos aluguéis?
Pois então, siga o fio.👉🏿🧶
O aluguel esse ano pode ser ajustado por um valor até 18%, isso porque o índice que regula a maioria dos contratos, o IGP-M, explodiu.
Explodiu por diversos fatores, como alta do dolar, dos alimentos e claro, a pandemia, fez com que esse indice explodisse. Mais dificuldade na manufatura de bens e serviços, flutuação do câmbio, aumento da procura de determinados produtos (epi's por ex) e abandono de outros.
Foram 45 dias intensos de uma campanha totalmente nova e desafiadora. Foram incontáveis militantes nas ruas e nas redes discutindo política, levando uma proposta de renovação e de reconstrução da política a partir dos pretos e das mulheres. Foram 24.881 votos na pretinha aqui.
Foi muito trabalho, mas a partir de agora vai ser mais ainda. A confiança depositada em mim me fortalece para lutar por um Rio nosso, por um Rio do povo e para o povo. Quero vocês junto de mim nos próximos quatro anos, para juntas e juntos avançarmos esse projeto político.
Nesse período, me descobri uma tuiteira, aproveitei as possibilidades de debates enriquecedores e recebi muito carinho. Quero responder todo mundo com calma, mas já adianto: obrigada a todas e todos que me mandaram mensagens de apoio e incentivo por aqui (e nas outras redes).
Agora às 22 acaba a campanha. E antes de terminar queria agradecer a vocês todos. Mas principalmente à essas duas aqui, que foram essenciais nesse processo todo e me aguentaram nos dias mais confusos e intensos. Obrigada, de verdade! Vocês são tudo! 🖤
Amanhã é 13, é 13777!
Agradeço demais a cada um e cada uma que acreditou na gente. Foi duro, mas foi incrível. Fazer campanha em plena pandemia foi um grande desafio, mas fizemos tudo que foi possível. E já deu certo. Por que independente do resultado, fizemos as pessoas pensarem a cidade.
E campanha é sobre isso. Disputar mentes e corações, mostrar que outros caminhos são possíveis. E acho que fizemos isso. Na cidade inteira! Zona oeste, norte, sul e centro. Nas favelas e no asfalto! Chegamos em lugares que não imaginava e só posso agradecer. Obrigada, de coração!
Acho muito racista o boato que as mulheres negras estão eleitas nesse 2020. É racista demais afirmar que eu, @southaferreira, @monicacunhario , @soldefato ou @andreabak_ estamos eleitas.
Por que os candidatos homens, com varios mandatos e eleições não geram esse debate?
A pergunta deveria ser "porque em 2020, ano de Kamala eleita vice, ano de estátuas derrubadas, a primeira eleição sem Marielle entre nós o burburinho é "impossível não votar em mulheres negras esse ano".
A # deveria ser eu só voto em mulher negra até esse país parar de ser racista.
Só tem uma mulher negra na Câmara de Vereadores do Rio. E de direita. Isso é o absurdo, esse é o burburinho. É uma indignidade, é racista demais.
Precisamos conversar sobre nossos homens negros, sobre as masculinidades negras. Na nossa sociedade, a masculinidade é construção social sustentada por uma noção de força, virilidade, independência, autonomia e sobretudo relações de dominação.
A masculinidade foi constituída sobre as bases do homem branco europeu das classes altas, um modelo falido que precisa ser desconstruído para pensarmos novas masculinidades.
As reflexões feministas tem apontado a necessidade de repensar as relações de gênero e consequentemente desconstruir a masculinidade toxica.