A angústia de todos nós para começarmos logo a VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 está levando muita gente a defender a imunização através de clínicas privadas como solução. Explico neste fio por que isso é errado e vai atrasar ainda mais nosso retorno à normalidade. 👇
1. Para que funcionem, campanhas de vacinação tem que partir de estratégias de imunização coletiva, com base em CRITÉRIOS CIENTÍFICOS e de INTERESSE PÚBLICO. Imunizar primeiro uma minoria que tem dinheiro para pagar caro pela vacina não pode ser a regra. 👇
2. A prioridade tem que ser os profissionais de saúde, responsáveis pelo combate à doença; idosos, pessoas com comorbidades, indígenas e quilombolas, que correm mais risco de morrer caso fiquem doentes, e os trabalhadores que lidam diretamente com a população em seu cotidiano. 👇
3. Assim vamos reduzir a quantidade de internações, aliviar a pressão nos hospitais e diminuir a taxa de letalidade, o que permitirá que retomemos cirurgias e exames eletivos, em boa parte represados por causa da pandemia, além de dar segurança à retomada das atividades. 👇
4. Um jovem adulto sem nenhum fator de risco que tem dinheiro para pagar caro pela vacina não pode ser imunizado antes de um idoso ou de um profissional de saúde. Além de ser imoral, isso prejudicará o combate eficaz à Covid-19. 👇
5. Adquirir vacinas não é como comprar bananas na feira. A OFERTA É LIMITADA, a COMPETIÇÃO É FEROZ entre os países e o PREÇO SERÁ ALTÍSSIMO para quem quiser pagar, impedindo o uso em massa como exige o interesse público. 👇
6. O Brasil tem a 2ª MAIOR CONCENTRAÇÃO DE RENDA DO MUNDO (ONU): o 1% mais rico detém quase 1/3 de toda a riqueza. Isso significa que a ESMAGADORA MAIORIA dos brasileiros, incluindo os do grupos de risco, não poderá arcar com o alto custo da vacina e continuará desprotegida. 👇
7. ISSO TEM GRAVES CONSEQUÊNCIAS. Como explicou a epidemiologista e professora @EthelMaciel, quando uma pequena fração da população se vacina e a maioria segue exposta, o vírus pode sofrer uma mutação e fazer com que todo o esforço seja desperdiçado. 👇
8. Além disso, essa minoria com condições de pagar pela vacina poderá seguir carregando o vírus nas mãos, roupas e sapatos, por exemplo, COLOCANDO EM RISCO a maioria da população que não tem dinheiro para se imunizar. 👇
9. Diante da oferta escassa, cada vacina destinada a quem pode pagar é uma VACINA A MENOS p/ profissionais de saúde e grupos de risco. A prioridade tem que ser o sistema público em acordo com o plano nacional, como têm feito países que atuam de forma responsável na pandemia. 👇
10. Essas 5 milhões de doses são obviamente muito bem-vindas, mas tem de ser DIRECIONADAS AO SUS para complementar a estratégia nacional com as vacinas da Fiocruz/Astrazeneca e Butantã/Coronavac, reforçando as 3 primeiras etapas do plano de imunização. 👇
11. O SUS é referência mundial em campanhas de vacinação em massa. Em 2010, foram vacinados 27 milhões por mês na pandemia de H1N1. Nosso papel é seguir pressionando o governo e brigar por MAIS VACINAS, pela distribuição GRATUITA e pela prioridade dos GRUPOS DE RISCO. 👇
12. Só venceremos de fato a Covid-19 se seguirmos uma estratégia coletiva de imunização que coloque o interesse público em primeiro lugar. Defender a venda de vacinas a preços altíssimos que beneficia somente quem pode pagar não vai nos tirar do buraco. ✊
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Com todo respeito ao debate que estamos realizando na bancada do PSOL sobre a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, quero manifestar meu posicionamento favorável ao ingresso do partido no bloco democrático para deter o avanço do bolsonarismo no Parlamento.👇
1. O PSOL tem tradição de lançar candidaturas próprias à presidência da Câmara. Respeito essa tradição e tenho a convicção de que ela foi acertada em todas eleições anteriores à que acontecerá em fevereiro de 2021. Inclusive, eu concorri c/ Maia ao posto de presidente em 2019.👇
2. Dois anos se passaram desde então, estamos chegando à metade do governo Bolsonaro e a democracia brasileira não é a mesma de fevereiro de 2019. 👇
A Saúde Pública pode ser privatizada. Entenda o decreto de Bolsonaro e o que está em risco. Segue o fio.
O decreto de Bolsonaro autoriza que o Ministério da Economia realize estudos sobre modelos de privatização das unidades básicas de saúde. Isso é um ataque ao coração do SUS.
Os postos de saúde resolvem 80% dos problemas de saúde da população, distribuem remédios de graça e marcam exames. São neles que está a linha de frente de médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde que tratam diabetes, hipertensão e outros cuidados básicos.
Bolsonaro disse que não tem mais corrupção no governo dele. Mente que nem sente! Vamos mostrar alguns casos relacionados a suspeita de corrupção em seu governo. Siga o fio.
Bolsonaro é suspeito de interferir na Polícia Federal do Rio de Janeiro para proteger sua família e aliados de investigações. Isso é crime de corrupção passiva privilegiada, advocacia administrativa, obstrução de Justiça, falsidade ideológica e coação no curso do processo.
Fábio Wajngarten, secretário de Comunicação, é investigado por corrupção passiva, peculato e advocacia administrativa. Sua empresa atende emissoras que recebem verba da sua secretaria. No governo Bolsonaro, essas emissoras receberam mais dinheiro, mesmo com menos audiência.
É verdade que o serviço público pode e tem que melhorar, mas esse não é o objetivo da reforma administrativa do Bolsonaro. Siga o fio e entenda o que está em jogo.
A proposta de Bolsonaro atinge funcionários que garantem serviços públicos essenciais à sociedade. A maioria trabalha muito e ganha pouco, como professores e profissionais da Saúde. Isso afeta não só os trabalhadores, mas toda população que depende da Educação e Saúde pública.
Bolsonaro não mexeu nos privilégios da elite dos servidores, como militares, juízes, magistrados e procuradores. Ou seja, a reforma não vai economizar gastos porque não atinge quem ganha mais. Muito pelo contrário: quem pagará a conta é quem ganha menos.