A CRISE DE CRIMINALIDADE NO BRASIL: UM PROJETO DE PODER

Há décadas o Brasil vive uma crise de criminalidade sem paralelo nas democracias ocidentais. É um verdadeiro massacre. Já chegamos a ter 63.000 homicídios por ano.
Nos últimos vinte anos mais de um milhão de brasileiros foram assassinados – esse número é quase o dobro do número de mortos na guerra civil americana. As vítimas são pessoas de todos os sexos, idades, profissões, etnias e crenças. O criminoso brasileiro não discrimina.
O percentual de policiais militares assassinados na Região Metropolitana do Rio de Janeiro é três vezes maior que a taxa de perdas do exército americano na Segunda Guerra Mundial e sete vezes maior do que na guerra do Vietnã.
A crise de criminalidade do Brasil tem uma razão clara: a impunidade. O bandido brasileiro não tem medo da punição: nem o criminoso violento, que te assalta com uma arma, e nem o político corrupto, que frauda licitações.
Apenas 8% dos homicídios são esclarecidos. De acordo com o único levantamento disponível, apenas 1.8% dos assaltos são esclarecidos. Em outras palavras: o sujeito que resolve assaltar um restaurante ou banco tem quase 100% de chance de sucesso.
A impunidade, raiz da crise, é resultado da destruição ideológica do sistema de justiça criminal.

Essa destruição é promovida por uma aliança entre a extrema-esquerda, o narcotráfico e diversas organizações de apoio a bandidos. Eles estão infiltrados em todas as instituições.
Para entender a destruição causada por essa turma, pense nisso: o Brasil é o país onde o estuprador preso tem direito à “visita íntima” - eufemismo que significa fazer sexo com um visitante.
Essa aliança do mal movimenta fortunas com corrupção e exploração de mercados ilegais como drogas, contrabando, falsificação de remédios, roubos de veículos, roubo de cargas e até furto de combustível de oleodutos da Petrobras.
Há décadas a extrema-esquerda se empenha na criação de benefícios para criminosos. Há duas razões para isso. A primeira é eleitoral: alimentar a imagem de defensora dos “direitos humanos” para angariar votos de eleitores desinformados.
A segunda razão é ideológica. A esquerda vê no criminoso – no assassino, estuprador ou assaltante – uma vítima do “sistema capitalista” e um auxiliar no processo revolucionário.
Vejam o que disse Marx: "O crime é produzido pelo criminoso da mesma forma que o filósofo produz idéias, o poeta produz versos e o professor produz manuais. A prática do crime é útil à sociedade porque ocupa mão de obra ociosa e o seu combate dá emprego a muitos cidadãos" (1).
Ou vejam o que disse o anarquista Bakunin: "Existem categorias de pessoas que, em liberdade, promoverão os interesses da revolução cometendo atos brutais e enfurecendo a população, ou que podem ser exploradas através de chantagem a trabalhar em prol da nossa causa" (2).
A glamourização dos criminosos pela esquerda se chama “bandidolatria”. Ela é filha do "garantismo penal", uma doutrina criada pelo picareta italiano Luigi Ferrajoli que diz, basicamente, que o bandido é um pobre coitado e que a culpa do crime é sua, seu burguês safado.
É isso mesmo que você leu.

Essa teoria ilógica e imoral é ensinada como dogma em nossas escolas de direito.

Ferrajoli, por sua vez, é filho bastardo de Gramsci, o "filósofo" Marxista que criou a estratégia de tomar o poder através da cultura, usando as escolas em vez de armas.
Os herdeiros dessa tradição “intelectual” dominam hoje o debate sobre segurança no Brasil. São “especialistas” como a “filósofa” (as aspas são inevitáveis) Márcia Tiburi, que se declarou “a favor do assalto”,
ou o deputado Marcelo Freixo, que já perguntou publicamente “prender para que?” (aparentemente ele abriu uma exceção quando uma vereadora do seu partido foi covardemente assassinada, e ele - justamente - exigiu “punição rigorosa” para os assassinos).

Mas a situação é ainda pior.
A maioria das estatísticas relevantes sobre segurança pública no Brasil são coletadas, calculadas, analisadas e divulgadas por ONGs de esquerda.

São as mesmas ONGs que defendem mudanças na lei que beneficiam criminosos e dificultam o trabalho da polícia e a proteção do cidadão.
Essas ONGs e seus “especialistas” ditam a agenda da imprensa. Como resultado disso, quase tudo o que você lê na grande mídia sobre crime contém informação distorcida, dados incompletos ou mentiras descaradas.
É importante entender isso: a crise de criminalidade do Brasil não é um desastre. A crise de criminalidade do Brasil é um projeto de poder.
Ela tem solução, e muito mais rápido do que se pensa.
Existe uma rica bibliografia lá fora – à qual o brasileiro não têm acesso, e que é ignorada pelos jornais – mostrando isso.
Aqui mesmo no Brasil, há inúmeros juristas, estudiosos e ativistas apontando as soluções. São brasileiros corajosos como os Promotores de Justiça Diego Pessi e Leonardo Giardini, autores do livro Bandidolatria e Democídio, o Procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro,
o Promotor Bruno Carpes, o Professor Pery Shikida, o Procurador Fabio Costa Pereira, a Juíza Ludmila Lins Grilo, o especialista em armamento Benê Barbosa e muitos outros.
Meus dois livros – Ou Ficar A Pátria Livre de 2016 e Jogando Para Ganhar de 2018 – têm um capítulo sobre crime, com abundância de dados, pesquisas e fontes de informação, que mostram que essa crise pode, sim, ser vencida.
Veja esse dado: em média, os 10% de criminosos mais ativos na população são autores de 66% dos crimes (3). Isso DESTRÓI as narrativas do “crime não tem jeito” e “prender não resolve”. Basta colocar esses 10% na cadeia, por tempo suficiente, e viveremos em paz.

É simples assim.
Se o brasileiro vive com medo permanente do crime é porque muita gente lucra com isso - e porque esses abutres contam com o apoio permanente e agressivo da extrema-esquerda.

Enfrentemos essa aliança maldita e teremos de volta segurança e paz.

Em muito pouco tempo

Basta coragem
Referências:

(1) Quarto volume de O Capital.
(2) O Catecismo do Revolucionário, de Sergey Nechayev e Bakunin.
(3) Ravenous wolves revisited: a systematic review of offending concentration, link.springer.com/article/10.118…

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3 Jan
Um “artista” brasileiro adotou o pseudônimo de “Emicida”.

Acham fofo.

A mídia aplaude.

Tem “documentário” na Netflix.

“Emicida” é corruptela de “homicida”.

Homicídio é a destruição de um ser humano.

O Brasil é recordista mundial em homicídios.

Tudo começa com as ideias.
O Brasil tem mais assassinatos todos os anos que todos os países marcados em azul SOMADOS.

Nos últimos 20 anos foram mais de UM MILHÃO DE HOMICÍDIOS.

Em média, apenas 8% dos homicídios são esclarecidos, e menos de 5% dos criminosos são condenados.
O sujeito entra aqui e pergunta: "Você acha que o crime no Brasil é fruto apenas da impunidade? E os fatores socieoeconômicos levantados pelos ESPECIALISTAS" ?

"Fatores socioeconômicos":
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31 Dec 20
Dezenas de tuítes DENUNCIANDO (que hábito fofo) as "aglomerações" (que termo maravilhoso) de Ipanema.

Sabe quantos eu achei denunciando aglomerações na Pedreira, no Chapadão, na Maré, na Cidade de Deus ou no Jacarezinho?

ZERO.

Então vamos esclarecer:
A cidade do Rio tem 1.400 territórios dominados por bandidos. A pandemia teria sido a oportunidade ideal para retomá-los.

Fizeram justamente O CONTRÁRIO.

Proibiram o helicóptero da polícia.

Proibiram as operações policiais nessas áreas.

Soltaram 40.000 criminosos.
Resultado: esses 1.400 territórios estrageiros dentro do município do Rio estão agora bem armados, municiados e defendidos.

Dentro deles a Constituição não se aplica, e vale tudo.

Inclusive "eventos" públicos reunindo multidões.

A "fiscalização" lá dentro é ZERO.
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27 Dec 20
Para combater de verdade os assassinatos de mulheres é preciso tratar da raiz da crise de criminalidade do Brasil: a impunidade.
É uma crise que já dura décadas e matou mais de UM MILHÃO de brasileiros nos últimos 20 anos - pessoas de todos os sexos, idades, etnias, profissões e crenças. O criminoso brasileiro não discrimina.

É uma crise SEM PARALELO nas democracias ocidentais.
A impunidade, raiz da crise, é resultado da destruição ideológica do sistema de justiça criminal.
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27 Dec 20
Lições fundamentais sobre crime e impunidade no Brasil:

- A narrativa da grande mídia sobre criminosos e prisões é ideológica, superficial, mentirosa e também unilateral, pois nunca inclui as vítimas.
- A glamourização dos criminosos pela mídia, ONGs e esquerda é descarada e não conhece limites.

- A maioria dos criminosos presos no Brasil está na cadeia por uma boa razão, e mereceria penas muito maiores. Não existe virtualmente ninguém preso por “roubar um pão para comer”.
- Condição sexual, etnia, renda ou idade não eximem o criminoso da responsabilidade por seu crime.

- A sentença do criminoso nunca pode ser mais leve que a sentença da vítima.
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27 Dec 20
Uma mentira repetida mil vezes vira verdade. Qualquer ideia, por mais sem sentido e equivocada que seja, quando apresentada como a única versão oficial, acaba penetrando na consciência cívica de uma nação e pode conduzi-la ao desastre.

Veja a França.
Depois da Primeira Guerra Mundial, as escolas francesas desempenharam um papel-chave na supressão de fatos desagradáveis sobre o conflito em nome do "pacifismo".
Os livros de história foram reescritos para eliminar qualquer "inspiração bélica", em um esforço liderado pelo principal sindicato de professores, o Syndicat National des Instituteurs.

Foi o "desarmamento moral".
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26 Dec 20
Crime se combate com o sistema de justiça criminal: polícias, ministério público, judiciário e sistema penitenciário.

Educação, assistência social, esporte e cultura são muito importantes, mas nada têm a ver com segurança pública.
Foi essa confusão - achar que se combate o crime com "educação e esporte" - que nos trouxe ao estado em que estamos hoje, de falência quase completa da autoridade do Estado no combate ao crime.
O nosso sistema de justiça criminal foi sendo destruído gradativamente nas últimas décadas, sempre em cima desse conceito simplista e equivocado de “menos prisões, mais escolas“ e “prisão não ressocializa”.
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