Em 1945, tínhamos uma esperança média de vida semelhante aquela que existe hoje na República Centro Africana (a mais baixa do mundo). E uma produção de riqueza em linha com a Tanzânia e o Nepal
Em 1951, estávamos onde está hoje a Papua Nova Guiné, tanto em produção de riqueza, como em esperança média de vida. Praticamente colados.
Nestas décadas, damos um grande salto na esperança média de vida, mas nem por isso na capacidade económica. Chegamos a 1960 muito perto do ponto onde Angola está em 2020. Tínhamos uma esperança média de vida mais baixa do que o Cambodja tem hoje
A dois anos da revolução, Portugal está mais ou menos na situação actual do Egipto.
Na década de 80, quando entra na UE, os mesmos dois indicadores (PIB per capita e esperança média de vida) colocariam Portugal no mesmo clube de Brasil, México e Iraque em 2020
São anos de grande progresso. Em 1999, no momento da entrada no euro, Portugal está num ponto semelhante à Roménia da actualidade e não longe da Letónia e do Cazaquistão
Atravessamos o período de estagnação e crise económica. Em 2020, estamos a ser ultrapassados pelo leste da Europa, embora ainda com vantagem na esperança média de vida (que continuou a progredir). Não conseguimos aproximar-nos do clube dos ricos (Espanha, Itália, França, etc)
Os salários crescem lentamente e a fatia da riqueza do trabalho tem diminuído. O problema está na perda de poder negocial dos trabalhadores? Com os contributos de @annastansbury, @mcardosolopes e @renatocarmo
Depois de há uns dias termos olhado para o impacto da Peste Negra no poder negocial dos trabalhadores, saltamos alguns séculos para o mundo Covid-19 visao.sapo.pt/exame/analise/…