Metodologia, farmacopeia e afins - Pegamos a lista de ingredientes e a receita da vacina e conferimos se bate com o que o Brasil e outros já aprovaram. Importante para ver se só sobra o que queremos na vacina.
Cálculo de validade das vacinas - importante para saber por quanto tempo podem ser usadas. Precisam de extrapolação, já que elas não tem um ano depois de feitas. É o que podemos precisar saber se elas forem esquecidas em um galpão, como os testes foram.
Avaliação de anticorpos e potência - é o que permite ações de emergência, como fracionar vacinas (dividir uma dose em várias), como fizemos com a febre amarela nos surtos de anos anteriores.
Farmacopeia: compêndio ou compilado de reagentes (ingredientes) e protocolos da indústria farmacêutica (chinesa, no caso). Dificilmente terá problemas, pois são grandes exportadores e precisam atender critérios internacionais.
Hidróxido de alumínio: componente de vacinas acrescentado para atiçar o sistema imune (cham-se adjuvante). Serve para fazer uma dose menor de vírus destruído ter mais efeito e render mais. Também estava no placebo para ver se a inflamação que a vacina causa não é por conta disso.
E o estatístico indo a um ponto chave no cálculo da eficácia: com o número de participantes do estudo, discutir a quebra de casa decimal da eficácia não faz sentido. Parece um número mais preciso, mas os números reais não permitem essa precisão.
Agora estão mostrando que as condições de produção de vacinas é adequada. Ou seja, testamos, é segura e protege. E pode ser feita no Brasil.
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Aproveita, se cuida, fica em casa se puder e ajuda a ter menos casos e mais oxigênio até chegar na vez de todo mundo.
Nunca teve vacina desenvolvida enquanto uma pandemia acontecia. Vamos trabalhar pra entrar para história com a melhor saúde e com mais vidas salvas.
Esperando o dia que vou pro posto de saúde ouvindo Partita em Lá menor do Bach na flauta, seja pra tomar a vacina da Fiocruz ou do Bubutantan. Ou o que mais vier e for aprovado :)
A Anvisa é o órgão técnico que nos serve, avaliando a única terapia anti-COVID que temos até aqui: vacinas. É fundamental termos confiança no processo que fizerem. E a avaliação técnica foi transparente e cumpriu o seu papel recomendando a aprovação dessa terapia.
Outro ponto fundamental é garantir que as vacinas são fabricadas de maneira adequada. Tudo o que não queremos é ter uma vacina que funciona gerando problemas de saúde porque foi produzida inadequadamente. Por isso a apresentação sobre o processo.
Sei que o pronunciamento até aqui é bem entediante. Mas estamos vendo a história sendo escrita e transparência é fundamental. Assim como critérios técnicos. Orgulhoso de como foi conduzido até aqui.
Até aqui, avaliação técnica tem sido ótima pro que esperava. Técnica, clara, levantando pontos importantes e consenso entre as pessoas da área que acompanho. Não dá margem para decisões equivocadas, do ponto de vista científico. Se serão decisões científicas, veremos.
Também recomendam aprovação da vacina de Oxford e pedem dados que serão necessários para campanha nacional de imunização. Parecer técnico excelente.
Minha leitura até aqui: a maioria das incertezas é natural de testes e uso emergencial. Ditam mais distribuição das vacinas no plano de imunização do que aprovação ou não. O principal para negar a esse ponto seria ter dúvidas de segurança e os resultados foram bons quanto a isso.
E o parecer técnico foi esse, de aprovação. Sabendo que as perguntas precisam ser respondidas para decidir os passos de uso. E muitas respostas só virão com o acompanhamento de vacinados.
Foi o parecer técnico, até onde entendi, ainda tem votação, não?
Uma variante mais transmissível não precisa escapar de imunidade para causar o que vemos em Manaus. Segue um fio do que ser mais transmissível implica e pq vacinas são a melhor saída (além do distanciamento).
O estudo SIREN feito no Reino Unido estimou que 17% dos curados voltam a pegar o vírus (bmj.com/content/372/bm…). Os dados são na maior parte pré-variante mais transmissível. Mas vamos imaginar que a vulnerabilidade se mantém, que só 1/5 dos curado são vulneráveis.
Um vírus mais transmissível tem uma taxa de ataque maior. Isso quer dizer que entre as pessoas expostas, ele consegue infectar mais gente do que o SARS-2 original. No caso do B117, isso parece acontecer pq ele se liga melhor às nossas células.
Guardando a análise pro próximo debate sobre divulgação científica, pra ilustrar o que é um esforço coordenado e bem sustentado de desinformação e anticientífico em redes sociais. Divulgação científica não é o que vai resolver isso. Mais informação não é o que resolve isso.
Não quero dizer que DC não funciona. Pelo contrário, tanto que é meu objetivo de vida. Mas desinformação não é um problema de falta de informação. Esse é o resultado coordenado e estruturado de uma rede com muito poder que depende dessa máquina e coloca muito $ para garantir.
Soma à isso que muitos brasileiros recém conectados só têm contato com a internet pelo celular. Especificamente pelo plano de dados com WhatsApp grátis. Isso quer dizer que para essas pessoas, só o que chega dentro do Zap é acessível, nem link pra fora carrega. Zap é a realidade.