Direto de um grupo QAnon brasileiro no Telegram com 7,6 mil inscritos.
O José fez uma aposta e perdeu R$ 300
Fecharam o grupo para "fazer uma limpeza".
O/A admin continua afirmando a crença da posse do Biden como parte do plano do Trump.
Se você não entendeu o burburinho todo, tenho um podcast chamado Tecnocracia que explica o que é QAnon e como políticos de extrema-direita usam milícias digitais do tipo na tentativa de romper o pacto civilizatório e concentrar poder.
Luciano Cesa, um dos maiores divulgadores de QAnon no Brasil, tem página no Facebook e canal no YouTube.
Lá também teve o carinho da torcida.
No seu grupo no Telegram, Cesa dobra a aposta: chama a posse de "teatro" e diz que "de alguma maneira, isso tem que acontecer". Do contrário, "Deus abandonou o povo".
São 37,6 mil integrantes no Telegram, +4x que o grupo de malucos acima.
Um fio a ser atualizado por meses mostrando quem furou a fila da vacina no Brasil
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Filhas de grande empresário no Amazonas, duas médicas foram nomeadas para trabalhar em uma UBS (na área administrativa ainda) num dia e vacinadas em outro em Manaus.
"The multibillion-dollar internet companies are beyond rearranging deck chairs on the Titanic. They’re pointing out the dangers of icebergs as people are drowning".
ou seja: enquanto se congratulam, os problemas continuam lá.
Em um espaço de 3 dias na semana passada, 3 dos mais influentes canais de extrema-direita no YouTube Brasil - Brasil Paralelo, Terça Livre e O Giro de Notícias, esconderam ou apagaram, juntos, um total de 156 vídeos.
Em 8/12, o Brasil Paralelo, canal com 1,5 mi de seguidores que produz conteúdo revisionista sobre a história brasileira (como a ditadura militar, por exemplo), tornou não listados 18 vídeos.
Foram lives debatendo educação no BR e a íntegra de podcasts sobre cultura.
Tornar vídeos não listados (unlisted no jargão do YouTube) significa deixar o vídeo no ar, mas escondê-lo de quem acessa o canal. É uma prática comum quando a estratégia é levar tráfego a partir de outras fontes, como o próprio site ou apps de mensagens.
Deixa eu aproveitar o fio do último episódio da 2ª temporada do Tecnocracia para um agradecimento: o podcast cresceu nesse ano acima de qlqr delírio otimista meu.
Basicamente o boca a boca fez a base de assinantes quase triplicar no Brasil. O Tecnocracia se tornou o 8º podcast de tech mais ouvido do Brasil.
Um podcast sobre os malefícios da tecnologia, que nunca falou sobre celular novo e a partir de um site de menor alcance que outros veículos (assine o @manualusuariobr!)
Não é pouco. E tudo por uma comunidade que ouve, gosta, passa adiante e manda msg.