Thread by @BrunaFrascolla

Nesta pandemia, num município do interior, um adolescente servia os fregueses da barraca da mãe abrindo os cocos. Falava pelos cotovelos, e pretendia fazer com que a clientela competisse entre si para ver quem mais tomava coco.

Achei bonito o ânimo dele com o trabalho, e pensei que, se não fosse a pandemia, era provável que estivesse perdendo tempo em alguma escola pública, onde não aprenderia a escrever, mas aprenderia a se sentir mal por ser negro ou pobre.

Torço para que o Brasil se liberte de uma vez dos sindicatos docentes e dos burocratas. A dona da barraca talvez (TALVEZ!) não seja uma alfabetizadora melhor do que a da escola pública,

mas ela, junto com as vizinhas, pode encontrar alguém que ensine seus filhos a ler, sob pena de ser dispensado do trabalho caso não o faça.
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