Thread by @MarceloFreixo

ATENÇÃO! A política armamentista de Bolsonaro está focando no afrouxamento da legislação dos CACs (Colecionadores, Atiradores Esportivos e Caçadores), que reúne pouco mais de 400 mil pessoas, p/ ampliar o acesso a armas e munições e fragilizar a fiscalização. Segue o fio. 👇

1. Desses 400 mil CACs, metade é formada por Atiradores Esportivos. Em 2019, Bolsonaro ampliou de 16 p/ 60 (!!!) a quantidade de armas que a categoria pode comprar com a autorização do Exército. Com os novos decretos, presidente extinguiu a necessidade dessa autorização. 👇

2. Agora, os Atiradores só precisarão de autorização se quiserem comprar mais de 60 armas! 👇

3. Ele também ampliou a quantidade de munições que os CACs poderão comprar e produzir. Os Caçadores poderão adquirir até 25 mil cartuchos p/ armas de uso permitido e 5 mil p/ as de uso restrito às forças de segurança.Isso significa 68 disparos por dia! 👇

4. P/ vocês terem ideia do impacto, só de janeiro a maio de 2020, o crescimento de munições comercializadas foi de 98% ante o mesmo período de 2019, chegando a 6,3 milhões. É assustador que, apenas em maio, 1,5 milhão de cartuchos tenham sido vendidos: mais de 2.000 por hora! 👇

5. Bolsonaro está acabando com a exigência de laudo de psicólogo credenciado pela PF p/ que alguém se torne CAC. Agora, qualquer profissional poderá elaborar o documento. E a certificação de capacidade técnica p/ uso da arma poderá ser dada pelo clube que o atirador frequenta. 👇

6. Essa ampliação exponencial de armas e munições em circulação associada à destruição dos mecanismos de fiscalização e rastreamento favorecerá desvios e dificultará investigações policiais, beneficiando o crime organizado: milícias e traficantes de armas e drogas. 👇

7. Presidi a CPI do Tráfico de Armas e Munições na Alerj. Nas investigações concluímos que maior parte das armas apreendidas c/ bandidos foram desviadas do mercado legal dentro do Estado através do tráfico ou do roubo. Ou seja, o mercado legalizado abastece o clandestino. 👇

8. As consequências p/ a segurança pública são evidentemente gravíssimas, mas não se trata só disso. O objetivo principal do presidente é armar seus apoiadores fanáticos e colocar as democracia na mira.

9. O presidente já disse que se não houver voto impresso em 22, e em caso de derrota, a violência no Brasil será maior do que a invasão do Capitólio nos EUA. É uma ameaça explicita que p/ ser concretizada passa pela formação de milícias bolsonaristas. É isso que está em jogo.