No dia da marca de 250 mil óbitos , também atingimos a maior média móvel de mortes desde o inicio da pandemia. Com o restante das condições mantidas, chegaremos rapidamente nos 300 mil óbitos.
Vários estados esta no pior momento da pandemia.
Mas queria destacar algumas coisas que acho ainda mais preocupantes
A velocidade de progressão atual é muito alta em algumas regiões. Não vai dar tempo de planejar na hora que piorar.
Vejam a subida no sul:
A mesma velocidade é vista nas internações por COVID19 em SP
Com 1991 internações este foi o maior numero em um dia NOS ULTIMOS 7 MESES
Algumas regiões do estado estão em situação inacreditavelmente ruim, como Araraquara, Bauru, Presidente Prudente, SJ Boa Vista.
Outras piorando muito tambem, como Campinas e Sorocaba.
Apesar de a capital não estar tão ruim como em outros momentos, voltou a piorar bastante, com mais de 20% de aumento em duas semanas.
Leitos nos hospitais municipais da cidade não param de piorar e esta pior que o pior momento de janeiro, com os piores números desde julho.
A situação dos leitos de UTI é ainda pior, está próxima do pico de junho e continua subindo na cidade. Mesma coisa para o numero de paciente em ventilação mecânica.
Nos hospitais privados que temos acesso a situação também é de piora. Depois de atingir maxima histórica em janeiro, agora voltou a subir em fevereiro.
Tudo indica uma piora intensa e difusa por todo o pais. Estamos cozinhando uma situação que não teremos condição de segurar em breve. Não vai dar tempo de se preparar.
Assistimos Manaus em janeiro com cara de espanto. Como vamos assistir o filme se tiver reprise?
Obrigado @generosoMD por construir a maior parte dos gráficos.
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Mais um capítulo do "como mentir com estatísticas: COVID19 Brasil" está circulando nas redes.
O capitulo de hoje é: "em mortes por milhão o Brasil está bem"
A fonte da pérola é o colunista político que diz apresentar uma análise "sem viés politico"...
Segundo o colunista basta ajustar para a população é o Brasil é o 24o pior em mortalidade.
Só de comemorar está colocação com a quantidade de paises que temos já deixa duvidas, mas vamos aos dados.
1. O óbvio, a mortalidade por COVID-19 depende da idade, como bem ilustrado neste link e figura. Logo, um paíse que quase so tem jovens deveria ter muito memons mortes que países com mais idosos (diferença de morte entre jovens <30 e >60 anos =20x)
Lembra da história das mortes por COVID-19 vs. com COVID-19?
As pessoas apresentavam este tipo de gráfico do portal do registro civil dizendo que tirando COVID-19 o numero total de mortes era muito menor que em anos anterior e outras mortes estavam entrando na conta como COVID19
Um colega chegou a mostrar um gráfico ilustrativo de que em julho teria sido 3,5 vezes mais óbitos por COVID-19 que excesso de mortes.
Vamos aproveitar o gráfico para ver que em outros países fica de 0,5 a 1,2 a relação COVID-19, excessos. Será que é diferente mesmo no Brasil?
Como o registro civil tem atrasos, vamos tirar as ultimas 10 semanas. Fechando em 30/11/2020.
Nesta data tenhamos 173,120 óbitos confirmados por COVID-19.
No RG eram 170266 óbitos por COVID-19.
Já fazem semanas que não atualizamos a situação das internações em SP. Como previsto, o pico de novas internações aconteceu perto de um mês após a superexposição de fim de ano.
Primeiro, novas internações no estado de SP.
Alguns chamam atenção para a queda recente, eu destaco que ainda internamos 100 pessoas por dia a mais que no começo do ano.
Também ainda estamos acima de todo o período de setembro a dezembro.
O pico de obits esta sendo agora, mais 2-4 semanas depois do pico de internações .
Nos leitos municipais do boletim da prefeitura a situação é a mesma, começou a cair, mas ainda em níveis muito altos, acima de todo o segundo semestre do ano passado.
Em resumo: 1. Escolas não são ambientes superdisseminadores se respeitados protocolos básicos 2. A transmissão escolar está relacionada a transmissão na comunidade onde a escola esta inserida. 3. O impacto econômico e no aprendizado é muito grande e heterogêneo.
O documento é um resumo das evidências disponíveis, não um manual de como reabrir. Vários aspectos precisam ser adaptados a realidade local.
Ha mais de 10 meses foi publicado um estudo com projeções que indicavam risco de uma catástrofe pela COVID-19. Muito criticaram o grupo do @imperialcollege por ser alarmista e a adaptação feita pelo @oatila para a realidade brasileira.
10 meses depois, reli o estudo, segue.
Antes de interpretar considerem que o relatório é de 16/3/20, antes de o mundo parar.
Brasil tinha 234 casos (total), ZERO mortes.
Reino Unido tinha 1400 casos (total) e 64 mortes.
Modelos usam cenários e não são previsões. O objetivo não é acertar o que vai acontecer, mas dar uma ideia que permita fazermos alguma intervenção e controlar o que poderia ser ruim.
Normalmente faz-se uma projeção inicial e cenários alternativos para avaliar o impacto.
O pessoal que gosta de mentir com gráficos sempre tem uma nova picaretagem.
Como eles não leem nada eles erram sempre igual, meio vergonhoso até.
A pegadinha do tiozão do zap de hoje é requentada, querem convencer que estamos vacinando bastante com este gráfico.
Olha o golpe.
Nem precisa dissecar, se isso é bom, com 0,1% vacinado por dia levariamos 2000 dias para vacinar toda a população.
Estão comemorando que vão completar a vacinação em 5,47 anos. Não da para levar a sério, mas vamos ver o gráfico do jeito certo?
Achou o Brasil? Não da, né?
Para ficar mais facil, seguem os 10 primeiros e o Brasil
Nos somos aquele ultimo embaixo, que entrega um quinto do que a Servia, ou menos de um decimo de Israel, Gibraltar ou Emirados Arabes...