Hoje, o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações do ex-presidente Lula na Lava Jato, por entender que seus processos deveriam correr em Brasília e não em Curitiba. É preciso dizer três coisas sobre isso. politica.estadao.com.br/blogs/fausto-m…
1. A condução dos casos em Curitiba foi decidida n vezes pelos tribunais (inclusive STF) e, assim, seguiu as regras do jogo então existentes. Contudo, houve uma expansão gradativa do entendimento do STF de que os casos da Lava Jato deveriam ser redistribuídos pelo país.
Assim, recentemente, o STF retirou de Curitiba casos envolvendo políticos do MDB em corrupção na Transpetro (do Grupo Petrobras). Embora então vencido, o Min. Fachin entendeu que o Tribunal precisava ser coerente e “apartidário”, aplicando o mesmo entendimento ao ex-presidente.
Partindo do pressuposto que endosso de que o Min. Fachin sempre teve uma atuação correta e firme, inclusive na operação Lava Jato, concluímos que ele, apesar de entender de forma diferente, aplicou o entendimento estabelecido pela maioria da 2ª Turma do STF.
Esse é mais um caso derrubado num sistema de justiça que rediscute e redecide o mesmo dezenas de vezes e favorece a anulação dos processos criminais. Tribunais têm papel essencial em nossa democracia e devem ser respeitados, mas sistema de justiça precisa de aperfeiçoamentos.
2. Processos envolvendo o ex-presidente serão retomados em breve em Brasília, mas com reais chances de prescrição. Várias questões serão rediscutidas nos tribunais. Nada disso, contudo, apaga a consistência dos fatos e provas, sobre os quais caberá ao Judiciário a última palavra.
3. Saindo do caso concreto, é preciso abrir os olhos p/ os amplos retrocessos que estão acontecendo no combate à corrupção, p. ex: fim da prisão em 2ª instância; novas regras que dificultam investigações e condenações; propostas que desfiguram a lei de lavagem e de improbidade...
Precisamos discutir essas amplas mudanças em curso (e aqui não falo mais do caso concreto) para decidir se queremos ser o país da impunidade e da corrupção, que corre o risco de retroceder vinte anos no combate a esse mal, ou um país democrático em que impere a lei.
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Hoje é meu último dia na força-tarefa da Lava Jato. Os mesmos valores que me fizeram dar o melhor na LJ, hoje me levam a me dedicar à minha família, com atenção especial ao tratamento de minha filha. Seria inviável fazer isso sem me afastar da maior operação da história do país.
A jornada de 73 fases da Lava Jato foi cheia de inovações, desafios e aprendizados. Foram vinte anos em seis. Trabalhamos duro para alcançar justiça, dentro da lei, com eficiência e excelência. Rompeu-se a impunidade de poderosos e se recuperaram bilhões.
Vivemos momentos de grandes desafios e pressões. Uma das razões para não desistirmos é q é o q esperamos de outros em nosso lugar: que lutem e perseverem. É isso q esperamos de cada um: que se esforcem para vencer a corrupção. Porque isso depende do seu engajamento como cidadão.
Toffoli proibiu o cumprimento de busca e apreensão no gabinete de José Serra no Senado por entender que poderia haver a “apreensão de documentos relacionados ao desempenho da atividade parlamentar”. Entenda por que a decisão é muito equivocada na thread: oantagonista.com/brasil/toffoli…
1. O STF limitou o foro privilegiado para crimes praticados no exercício e em razão da função em 03/05/18. É pacífico que José Serra não tem foro privilegiado para os crimes específicos que a Justiça Eleitoral investiga na operação de hoje. O STF não tem competência sobre o caso.
2. O ambiente parlamentar, assim como qualquer outro ambiente, não pode funcionar como um bunker que permita a ocultação de crimes. Não há qualquer regra constitucional ou legal que ampare a ideia de um foro privilegiado de imóvel.
Reportagem publicada ontem alegou, em cima de mensagens sem autenticidade comprovada e que distorcem a realidade, que teria havido supostos contatos inadequados com o FBI.
Não comentarei supostas mensagens roubadas por criminosos, mas explicarei o que aconteceu na época em relação a dados criptografados.
Entre 2016 e 2017, a Odebrecht apresentou sistemas de pagamento de propinas criptografados tanto para o Brasil quanto para os EUA no contexto do seu acordo de colaboração feito com BR, EUA e Suíça.
Sobre as notícias divulgadas hoje de que o PGR pretende retomar a delação de Rodrigo Tacla Duran, é importante esclarecer alguns pontos. Segue o fio:
1. Tacla Duran já apresentou acusações falsas e fantasiosas contra autoridades, sem nenhuma prova, que já foram analisadas e arquivadas pela PGR por não terem qualquer base na realidade.
2. Por outro lado, são muitas as evidências, inclusive em investigações em andamento, que demonstram que Rodrigo Tacla Duran mentiu e tentou induzir em erro autoridades no Brasil e no exterior para alcançar impunidade.
"Há um estudo muito curioso: nos países com mais de 10 leitos hospitalares por mil habitantes, todos tiveram baixo índice de mortes no coronavírus, de 0,2% a 0,3%. Nos países que têm menos de 4 ou 5 leitos para cada grupo de mil habitantes, todos estão tendo alta mortalidade"
"Hong Kong tem 14 leitos para cada mil habitantes, o Japão, tem 10 leitos para cada mil habitantes e nestes países não morreu quase ninguém. A Itália tem 3,2 leitos para cada grupo de mil habitantes e foi esse desastre"
"O Brasil tem 1,95 leitos para cada mil habitantes. Estes números mostram que na hora que chegarmos no pico, não vai ter hospital para colocar este pessoal, não há leitos"
Tenho publicado uma série de artigos na @GazetadoPovo sobre o Desmonte do Combate à Corrupção. O que está acontecendo causa indignação. Estou trazendo informações para que a sociedade conheça os problemas e as possíveis soluções e se envolva na discussão. Seguem os links: