A grande@amarinamaral media essa mesa, que tem Ailton Krenak e Déborah Danowski. Para quem quiser assistir pelo Youtube:
"Não vamos naturalizar essa condição de isolamento", diz Ailton Krenak. "Temos que nos revoltar contra isso e mudar".
"Esse nosso encontro é uma oportunidade de como uma situação de crise incomum traz em nos o sentimento de que nos estamos intrincados com os outros", diz Ailton Krenak
Ailton Krenak diz que as mudanças climáticas já impactam nosso cotidiano
Aprendemos algo com a Pandemia? Pergunta @amarinamaral ? "Pouco", diz Debora Danowksi
"Nós como país não conseguimos entender de que essa é apenas a primeira de muitas pandemias", diz Déborah Danowski
"Ao contrário do negacionismo do holocausto, o negacionismo climático tem a ver co algo que está acontecendo agora", diz Déborah Danowski
.@debidanowski diz que o negacionismo climático passa pela fabricação da dúvida.
Para ela, esse governo "reúne todos os negacionismos"- da ditadura do aquecimento climático, do COVID, da tortura, do desmatamento da Amazônia
.@debidanowski diz que o que a aflige é a "aparente falta de sentido disso tudo" e faz uma relação com a falta de sentido no nazismo e menciona uma expressão do Primo Levi: "maldades inúteis"
"Acho que vai levar muito tempo para entender o que tá acontecendo aqui", diz Débora
Nunca esquecer quem é Ailton Krenak, esse gigante
Ailton Krenak diz que é importante separar ocultação do negacionismo
"A gente avança da a esfera do necro-capitalismo, a vida sendo destruída de maneira descarada", diz Ailton Krenak
A jornalista @anjosannab pergunta como trazer o aquecimento global para o primeiro plano após a pandemia
"Quando a nossa colega Eliane Brum manda as matérias dela do centro do mundo tentando apavorar as pessoas com a realidade local" ela está tentando comunicar, diz Ailton Krenak
"O capitalismo não está mais interessado em modelos que vai dar continuidade pra esse monte de gente, que eles acham que já deu", diz Krenak. Melhor um mundo de 20 milhões, diz ele. "Se eles tiverem que matar eles matam".
"O capitalismo é inclemente", diz Krenak. "ele vai passar o rodo"
.@debidanowski diz que Bolsonaro "está em outro planeta" mas Lula também não está conectado com as urgências do mundo real em relação à emergência climática. "Hoje a gente está à beira do colapso"
"Nesse mundo real não dá pra a gente seguir falando em pré sal como a salvação nacional, em fabrica da Ford, em Usina de Belo Monte...", diz @debidanowski
"Se o @LulaOficial apoia os cientistas por causa da pandemia ele deveria apoiar os cientistas no caso do colapso climático, que eles estão gritando há muito ais tempo", diz @debidanowski
Nunca esquecer quem é Ailton Krenak, esse gigante
"A maior infraestrutura de uma nação é o seu território", diz Krenak. "A gente vive numa época em que não e viável pensar em governos de bem estar social a não ser pra saquear a natureza"
"A gente tem que botar em questão o contexto hegemônico", diz Krenak. Seria muito idealista achar que se poderia resolver localmente o tema do aquecimento global.
"Se a gente fizer um puxadinho do Brasil como fica o resto da América Latina?", diz Krenak
"A única possibilidade da luta contra as mudanças climáticas é dentro do capitalismo. É dentro do capitalismo que tem que ser produzida uma crítica que ele é necropolítico e genocida. A gente pode ser inviabilizado como sociedade", diz Krenak
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Em dia de julgamento sobre a parcialidade de Sérgio Moro, vale dar uma lida nesse estudo do Dieese (@dieese_online) sobre os impactos na economia causados pela Lava-Jato. Resumi aqui alguns pontos do estudo, que foi encomendado pela @CUT_Brasil 👇
Resumo:
- Lava Jato custou 4,4 milhões de empregos e 3,6% do PIB, segundo o Dieese
- Deixou-se de arrecadar R$ 47,4 bilhões de impostos e R$ 20,3 bilhões em contribuições sobre a folha.
- Afetou principalmente os dois setores mais afetados: petróleo e gás e construção civil
Esse gráfico mostra claramente a redução de investimentos em exploração de produção da Petrobras a partir de 2014 (a queda no preço do petróleo também contribuiu, claro). R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos no país de 2014 e 2017.
"É muito tempo e o Brasil e o mundo merecem uma resposta" sobre o assassinato de Marielle Franco, diz Anielle. "Eu não entendo a falta de respostas para algumas coisas"
"Esse caso eminentemente se transformou num caso político", diz o professor José Cláudio Souza Alves
Estava lendo o documento “Cenário de Defesa 2020-2039”, publicado em 2017 pelo Ministério da Defesa, e que elabora cenários de ameaças que podem levar ao emprego das Forças Armadas. (+)
Há coisas bem reveladoras que demonstram como pensam os militares em termos de estratégia de Defesa e Segurança – eles sempre mencionam os dois aspectos juntos – e que se refletem em ações desse governo. Ressalto aqui questões de interesse para a sociedade civil (+)
Em especial, chamo a atenção para os temas relacionados ao debate público, uso da internet e questão indígena. Seguem alguns trechos (+)
10 ANOS! 🎉
Hoje é dia de celebrar os encontros. A começar por ela, a grande @amarinamaral, que num dia em que eu estava particularmente desapontada com o jornalismo brasileiro, apareceu na minha casa dizendo: está na hora de fundarmos aquela agência de reportagens!
A @agenciapublica completa dez anos hoje, assim como essa aqui @AndreaDip_ , que nos acompanha desde o comecinho. Hoje, é também diretora da Pública. E faz 38 ANOS!!! Parabéns Dip! 💓
Tanta gente passou por aqui, quando a Pública ainda era uma promessa, um sonho. Nessa foto aqui, @jessicamota, que hoje trabalha na @enoisconteudo , quando ainda estava na faculdade!
A visita de Eduardo Bolsonaro aos EUA na véspera da invasão do Capitólio – uma thread
Tem causado frisson aqui no Twitter a série de textos do jornalista @SethAbramson, sobre a visita de Eduardo Bolsonaro aos EUA na véspera da invasão do Capitólio após a “Marcha para Salvar a América”, na qual Trump incentivou que seus apoiadores a invadirem o Congresso. (+)
Seth afirma no texto que Eduardo fez uma “visita surpresa a convite de Ivanka Trump”. Chegou no dia 5 de janeiro. Durante os dias em que houve a invasão, Eduardo se encontrou com membros do círculo íntimo de Trump. Basta seguir o seus próprios Tweets. (+) sethabramson.substack.com/p/brazils-murk…
A primeira pergunta da segunda mesa do festival #Publica10 é feita pela @AndreaDip_ : Estamos próximas do 8 M, com ódio e violência como política de Estado. Vocês acreditam na posibilidade de diálogo no sentido de desarmar esse ódio? Como esse diálogo pode ser feito e com quem?
"Se desistirmos do diálogo perdemos a base para a construção", diz a pastora Lusmarina. "Precisamos desconstruir muitas coisas"
Uma das coisas que precisa ser desconstruída para a pastora é a Lava-Jato, porque ela desconstruiu a política nos últimos anos. "Precisamos nos lançar a essa tarefa"