O que um pequeno grupo de jovens poderia fazer, munidos de um ideal de liberdade, um elevado senso crítico e um mimeógrafo clandestino, contra um sistema baseado na força das armas, que havia subjugado quase toda a Europa?
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“A Rosa Branca”, publicado pela primeira vez em 1952, conta a trajetória impactante do movimento formado por estudantes da Universidade de Munique, que, por meio da distribuição de panfletos, fundaram uma organização antinazista.
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Inge Scholl, irmã de dois dos seis principais integrantes, Sophie e Hans Scholl, narra a resistência e a tomada de consciência dos membros do movimento, que enfrentaram o partido nacional-socialista até serem capturados e condenados à morte por crime de alta traição em 1943.
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A história foi adaptada duas vezes para o cinema, com “A Rosa Branca” (1982) e “Uma mulher contra Hitler” (2005).
📚 A obra, publicada pela Editora 34, é a nossa indicação da semana.
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É estarrecedor que não haja uma semana que o Museu do Holocausto de Curitiba não tenha que denunciar, reprovar ou repudiar um discurso antissemita, um símbolo nazista ou ato supremacista. No Brasil, em pleno 2021. São atos que ultrapassam qualquer limite de liberdade de expressão
Estupefatos, tomamos notícia do gesto do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República durante sessão no Senado Federal. Semelhante ao sinal conhecido como OK, mas com 3 dedos retos em forma de "W", o gesto transformou-se em um símbolo de ódio.
Recentemente, o gesto foi classificado pela @ADL como um sinal utilizado por supremacistas brancos para se identificarem. A ADL diz que o símbolo se tornou uma "tática popular de trolagem" por indivíduos da extrema-direita, que postam fotos nas redes de si mesmos fazendo o gesto
O Dia Internacional do Direito à Verdade em Relação às Violações Graves dos Direitos Humanos e a Dignidade das Vítimas é uma data para promover a memória das vítimas de violações graves dos direitos humanos, e relembrar a importância do direito à verdade e justiça.
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É também uma ocasião para prestar homenagem aos defensores dos direitos humanos.
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O direito à verdade refere-se ao direito das vítimas e famílias das vítimas de execuções sumárias, desaparecimentos forçados, tortura, a ter conhecimento completo dos atos que ocorreram, das pessoas que participaram deles, das circunstâncias específicas e suas motivações.
“Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa” é uma adaptação do livro infantojuvenil de Judith Kerr, publicado pela primeira vez em 1971. A estreia do filme nos cinemas brasileiros aconteceu em 2020, 50 anos após a obra literária ser lançada.
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A produção acompanha a história de Anna, uma menina judia de nove anos, que perde um bicho de pelúcia ao fugir da Alemanha após o desaparecimento de seu pai, um jornalista conhecido por sua crítica a Adolf Hitler e o regime nazista.
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Há o entrecruzamento das memórias da infância e do início da adolescência, com uma visão da guerra que determinou o destino da autora e de sua família.
"Não odeio ninguém.
Não estou amargurada.
E, uma vez que esse amor
geral pela humanidade
desabrocha em ti,
ele cresce até o infinito".
📖 Trecho dos diários de Etty Hillesum.
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Etty Hillesum nasceu em Middelburg, na Holanda, em 1914. Era a mais velha de três filhos de um casal judeu, urbano, sem especial vinculação religiosa, formado por Louis Hillesum, professor de línguas clássicas, e Rebecca Hillesum-Bernstein, uma emigrante russa.
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Em 9 de março de 1941, quando tinha 27 anos, Etty inicia a escrita de um diário, por recomendação de seu terapeuta. "Este é um momento doloroso e quase intransponível para mim: confiar meu coração inibido a um pedaço de papel pautado", escreve ela.
Você sabia que pouco mais da metade das pessoas reconhecidas como “Justos entre as Nações” são mulheres?
Entre elas estão Ida e Louise Cook, duas irmãs de Londres, que ajudaram a resgatar 29 judeus da perseguição nazista.
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A dupla de secretárias foi levada ao coração da Alemanha nazista por causa de sua paixão pela ópera. No entanto, conforme perceberam o que estava sendo feito com a população judaica, as viagens regulares das irmãs às casas de ópera da Alemanha e da Áustria se tornaram +
um encobrimento para operações de resgate, que elas promoveram, coordenaram e financiaram por conta própria. Ida (esquerda) e Louise (direita) arriscaram suas próprias vidas para garantir uma passagem segura para refugiados e contrabandear objetos de valor pela fronteira.
A acusação de crime ritual contra judeus surgiu durante o período medieval. Conhecida como libelo de sangue, é uma das expressões mais terríveis de crueldade e fé cega de toda a história da humanidade. O mito foi utilizado como motivação para o assassinato de milhares de judeus.+
A ideia de sequestros de crianças cristãs para torturá-las com fins rituais está ligada a uma maldade que seria intrínseca ao Judaísmo. Esta alegação, junto à acusação de Deicídio, faz parte da essência do Antijudaísmo, que se desenvolve nas raízes do Antissemitismo racial. +
Um dos casos mais emblemáticos é o de Simon de Trent, de 2 anos, que desapareceu às vésperas da Páscoa de 1475. Seu pai alegou que ele havia sido sequestrado e assassinado pela comunidade judaica. 18 judeus e cinco judias foram presos acusados de ritual de assassinato. +