Algumas pessoas passaram a me seguir agora e pediram referências das minhas pesquisas sobre extrema direita:
Comecei pesquisar extrema direita (protestos de rua e mobilização na internet) nos Estados Unidos, em 2011 (+)
Passei a acompanhar jovens bolsonaristas em 2011. Não concordo com as análises de que a direita contemporânea nasceu em 2013. Nesse texto analiso o que considero ser chave que é o Plano Nacional de Direitos Humanos (+) epoca.globo.com/isabela-kalil/…
A pesquisa sobre os 16 perfis dos eleitores de Bolsonaro é a síntese de vários anos de etnografia a partir da noção de caleidoscópio: cada segmento de apoiador tem uma imagem diferente de Bolsonaro bit.ly/16perfis (+)
Nessa entrevista de 2019 falo sobre as questões ambientais e os riscos para as populações indígenas (+)
Em 2020, passei a analisar como Bolsonaro fez da pandemia em uma oportunidade para avançar um projeto antidemocrático. Esta pesquisa trata da etnografia digital sobre o 15 de março de 2020 (+) valor.globo.com/politica/notic…
Agora estou pesquisando política, ciência, diferentes formas de negacionismos (climático, ambiental, de gênero, Covid-19) e desinformação (teorias da conspiração, fake news a afins). Logo deve ser publicada a pesquisa sobre teorias da conspiração a respeito de vacinas (+)
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Resumo sobre o discurso de Bolsonaro pra ONU: 1. Evoca a verdade (o mundo mente) 2. Equipara vírus e desemprego 3. Ataca imprensa por ter defendido o isolamento social na pandemia 4. Infla o auxílio emergencial de 100 para 1000 dólares 5. Investimento em tecnologia
6. Destaca Brasil na produção de alimentos para o mundo durante a pandemia 7. Se diz vítima de uma campanha desinformação Brasil sobre a Amazônia e o Pantanal ("impatriotas") 8. Brasil seria líder na preservação ambiental 9. Mundo dependeria do Brasil para se alimentar
10. Florestas úmidas não pegariam fogo e indígenas seriam responsáveis pelo fogo de área desmatadas 11. Culpa Venezuela pelo derramamento de óleo 12. Brasil como referência humanitária 13. Abandono de posição "protecionista" na economia 14. Reforma tributária e administrativa
David Graeber nos deixou hoje. Seu trabalho marca minha trajetória de forma dupla: acadêmica e política. Em 2011, fui estudar nos EUA, em Nova Iorque, e a coisa mais importante que aprendi foi na rua e não na sala de aula. Graeber foi um dos idealizadores do Occupy Wall Street +
No Occupy Wall Street fiz minha primeira pesquisa sobre o Twitter e protestos de rua. A experiência mudou minha forma de ver a política, a academia e a antropologia. Passei a admirar os professores que, assim como Graeber, davam aula na rua. Essa era a academia que eu queria +
Com o tempo, vi o Occupy perder sua força e entendi que a potência das ruas pode tomar outros caminhos inesperados e se tornar algo conservador. Movimentos como o Occupy foram a primavera, e, no fundo, minha agenda de pesquisa é entender como a primavera se torna inverno +
Minha contribuição em fio sobre o caso da menina de 10 anos (e sobre Paulo Guedes/Damares Alves):
Sou pesquisadora do Observatório de Gênero @sxpolitics que atuou no caso e acompanho a atuação de grupos cristãos de direita, entre outros grupos bolsonaristas, há alguns anos 1/13
Nas análises, ainda é comum a separação do governo entre as "pautas morais" e o "projeto econômico" - como se fossem coisas separadas. Ou ainda a ideia de que as "pautas morais" sejam mera distração (cortina de fumaça) para encobertar aquilo que realmente importa (economia) 2/13
As chamadas "pautas morais" (leia-se questões de gênero, raça e sexualidade) não são e nunca foram mera distração: 1) pq são a própria base da reprodução de desigualdades 2) pq o projeto de Guedes é co-dependente do projeto da Damares. Explico pq: 3/13
Jornalistas não cobrirem mais o Palácio da Alvorada me lembra uma peça do Brecht, qdo o mendigo fala do imperador e seu exército:
"Ele marchava no deserto e os soldados diziam:
Ta Li, é muito longe! Vamos voltar! E o chefe sempre respondia: Não! Nós vamos conquistar o país! (+)
E continuaram marchando no deserto. Passava dia, passava noite, eles iam marchando e foram se afundando na areia. Um dia afundaram as botas, continuaram marchando. Continuaram marchando só com os joelhos!
Até que um dia veio um furacão e carregou um camelo!
Outra vez encontraram um oásis. Era um paraíso. ... Um dia eles viram morrer todos os cavalos, depois foi a vez das mulheres. Morreram todas.
ATUALIZAÇÃO: O FIO! A pesquisa que fiz sobre os perfis bolsonaristas apresenta variações em torno da figura do "cidadão de bem", que tem as raízes de sua construção em uma subjetividade classe média - que não vai correr riscos de pegar coronavírus em aglomerações públicas (segue)
Analisando a base bolsonarista nos últimos dias, há uma mudança importante com o fortalecimento da figura do "patriota", que se alimenta mais por um imaginário de intervenção militar do que pela lógica anticorrupção - caso do "cidadão de bem" (segue)
Os "patriotas" formam um grupo menor comparado com as variações do "cidadão de bem", mas representam a ala mais radical e anti-democrática e mais propensa a acreditar em teorias antisistema e conspiratórias (segue)
LIVRO NOVO!!!
E pra baixar gratuitamente ❤️💰
Com Sonia Corrêa fui responsável pela publicação do caso Brasil na pesquisa Gênero e Política na América Latina realizada em nove países. bit.ly/gpalbr 👇
Cada e-book trata de um dos países pesquisados: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Paraguai e Uruguai e podem ser baixados em sxpolitics.org/GPAL e tratam de como as pautas antigênero foram instrumentalizadas na política e nas eleições 👇
Os estudos estão em espanhol, que é a língua do projeto, mas em breve teremos a versão em português do caso Brasil. O trabalho é resultado de dois anos de pesquisa e é uma honra assinar esse livro com Sonia Corrêa.