Thread by @AndreiaSadi

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1- Generais do Exército —da ativa e da reserva— ouvidos pelo blog desde ontem concordam que Bolsonaro quer fazer uso político das Forças Armadas —e que Pujol, comandante do Exército, é “pedra no sapato”

2- Entre as ‘’missões’’ que o presidente gostaria que general Fernando sinalizasse e que Pujol estivesse alinhado, estão “recados de apoio” nas redes sociais defendendo medidas da pandemia criticadas pelo governo, por ex, na segurança pública- e um perfil “como de Villas Boas”

3- Pujol deixou claro desde o começo que não faria nenhum gesto ao Executivo. Pior: irritou Bolsonaro quando, durante uma visita do presidente ao Sul, recusou-se a dar a mão para cumprimentá-lo, oferecendo o cotovelo, por medida de segurança contra a Covid.

4- Mas a situação entre Bolsonaro e Pujol foi ficando insustentável nas últimas semanas. Presidente reforçou cobranças por postagens nas redes sociais de defesa do governo - tanto do general Fernando quanto do comandante do Exército

5- Nas palavras de um interlocutor dos militares, a busca é por ‘um perfil com o de Villas Bôas’, ex-comandante do Exército, duramente criticado por políticos e STF por ter postado, na véspera do julgamento de Lula, em 2018, uma mensagem em tom de ameaça e pressão ao STF.

6- Bolsonaro, por sua vez, é um fã do general Villas Bôas —e tem preferência por um perfil no Exército que “se intrometa” na política, como avaliam generais ao blog.

7- Aliados de Pujol reforçam que isso jamais aconteceria com ele —ficou claro, desde o começo da sua gestão, uma linha- que o ministro Fernando e o governo cuidariam “do muro do quartel para fora e, ele, do muro do quartel para dentro”

8- Sobre a troca mirar o uso da força, como uma ameaça às instituições, generais repetem ao blog que o Exército é uma instituição “muito sólida” e não embarcaria em uma “aventura” do presidente da República