A Coca-Cola é o refrigerante mais amado da história.
Sabor único, refrescante e além de tudo, estimulante (açúcar e cafeína).
Se você gosta da coquinha, segue a história de quando Buffett investiu na Coca em 1988/89.
A Coca surgiu em 1880 como uma bebida medicinal patenteada e em 1940 já era um ícone nos EUA.
A empresa listou na bolsa em 1919 e em 1980 já estava presente em vários países.
Em 1975 vieram desafios: a Pepsi lançou o “Desafio Pepsi” – propaganda de testes cegos para definir o melhor sabor entre Pepsi e Coca.
Como as pessoas normalmente preferem bebidas mais açucaradas, a Pepsi se saía melhor na maioria das vezes.
Essa vitória no marketing levou a Pepsi a ganhar participação de mercado. Essa disputa culminou na Coca lançando a New Coke em 1985 – refrigerante com um sabor reformulado que vencia a “Velha Coca” e a Pepsi nos testes cegos.
Porém, na prática a aceitação foi ruim. Acontece que as pessoas não escolhiam a Coca pelo “sabor melhor”, mas pelo hábito e preferência específica pela experiência que estava consolidada em suas mentes.
No meio de 1985 a Coca retornou com a Coca-Cola Clássica após esse fiasco e no final do ano a Coca clássica já estava vendendo mais do que Pepsi e a New Coke.
A marca era tão forte que mesmo essa interrupção nas vendas não abalou a empresa. O Buffett, que é fã de longa data da Coca, só observava.
Além disso, haviam lançado a Coca Diet em 82, e estava sendo um sucesso.
A Coca tinha muita avenida de crescimento ao redor do mundo. A receita da empresa tinha crescido por ano 23,9% e 6,6% internacionalmente e nos
Estados Unidos, respectivamente.
O que Buffett viu na empresa? Além de crescer as vendas, a Coca aumentava o preço em ~4% ao ano. Por causa da alavancagem operacional, se o crescimento continuasse por mais 3 anos, o lucro operacional multiplicaria 7.
Em 1987 houve a Black Monday nos EUA e o preço das ações caíram. Em 88 era possível comprar a Coca por ~14 vezes o lucro. Buffett comprou e após 10 anos a cotação tinha subido 18x.
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Não temos oponentes na vida, estamos lutando contra nós mesmos.
Buffett fala bastante sobre o conceito de possuir um “placar interno” em vez de um “placar externo”, fazendo uma simples pergunta para as pessoas:
Você preferiria ser o melhor namorado(a) do mundo e todo mundo pensar que você é o pior namorado do mundo, ou você preferiria ser o pior namorado do mundo e todo mundo pensar que você é o melhor?
Buffett diz que caso escolha a segunda opção, você tem um placar externo.
Dessa forma, você deriva a sua felicidade e satisfação da aprovação de outras pessoas, e não do fato de estar melhorando ou ser bom em algo.
Só que ele aconselha que, para chegar longe na vida, você desenvolva um placar interno.
O que você faria se o mercado não subisse por 17 anos?
Interessantemente, Warren Buffett conta, durante uma palestra, que o Dow Jones, de 1964 até 1981, subiu 1 ponto. Sim, UM ponto.
Segue a história:
Bom, imagine se o Ibovespa subisse 1 ponto em 17 anos, o que você faria?
Buffett conta que o mercado muitas vezes não anda junto com a evolução da economia e das empresas, uma vez que os preços são formados pela opinião de muitas pessoas.
Por conta disso, o mercado pode passar por períodos de alta ou de estagnação, sem que os fundamentos das empresas justifiquem isso.