Segue fio com algumas curiosidades sobre o golpe militar no RN:
1) o prefeito de Natal Djalma Maranhão foi deposto logo após o golpe num episódio dramático que lembra, guardadas as devidas proporções, a derrubada de Salvador Allende no Chile.
Pois é!
Sabemos mais sobre o que aconteceu no Chile em 11 de setembro de 1973 do que sobre os acontecimentos na Natal de 2 de abril de 1964.
Djalma Maranhão morreu no exílio noo Uruguai em 30 de julho de 1971.
Nos seus discursos Aluízio Alves sempre se vitimizou por ter ficado dez anos com os direitos cassados pela ditadura militar. Mas o que nem todos sabem é que ele foi um apoiador de primeira hora do golpe e mesmo cassado influenciou na escolha de governadores biônicos.
A oligarquia Maia é fruto direto da ditadura militar. O pai de José Agripino, Tarcísio Maia, era um ex-deputado federal, que estava sem mandato há dez anos.
Tarcísio Maia era uma espécie de Rogério Marinho dos anos 1960. Alternava momentos como deputado e suplente (mais nessa condição, inclusive). Ele virou governador em 1975 graças a um golpe de sorte.
Em 1975 Osmundo Faria, avô do ministro Fábio Faria, seria governador escolhido pela ditadura. Mas o avalista da indicação, o general Dale Coutinho, morreu na véspera do anúncio. Sem o padrinho o jogo virou e a oligarquia Maia foi parida pelos militares.
O primeiro deputado estadual de esquerda com base eleitoral em Mossoró, Cezário Clementino, teve os direitos políticos cassados após o golpe. Ele tinha sido eleito em 1958 e em 1962 ficou na condição de suplente. Ainda assim o novo regime não deu sopa para o "comunista".
Dix-huit Rosado bateu três vezes (1970, 74 e 78) na trave para ser indicado governador biônico do RN. Isso gerou uma crise com Tarcísio Maia que resultou nos anos 1980 na divisão política da família Rosado.
Em 1978 Aluízio Alves, ainda sem direitos políticos, negociou abertamente com a ditadura e apoiou o candidato da Arena ao Senado Jessé Freire no episódio que ficou conhecido com a "Paz Pública".
O potiguar Virgílio Gomes participou do sequestro do embaixador estadunidense Burker Ellbrick em 1969. Ele seria assassinado após espancamento pelos membros da repressão naquele mesmo ano.
O potiguar Edson Neves Quaresma que foi assassinado após delação do “Cabo Anselmo”, um agente infiltrado do regime na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
A mossoroense Anatália de Melo Alves foi morta sob tortura nos porões do regime em Recife no dia 22 de janeiro de 1972. Ela é uma mártir da resistência ao arbítrio, mas nunca teve seu nome lembrado para ser ao menos um nome de bairro em Mossoró diferente parceiros do golpe.
De*
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A defesa do prato de comida na mesa do trabalhador agora é o argumento dos que defenderam reformas que tiraram direitos dos trabalhadores e precarizaram os empregos. Alguns são bem intencionados, outros querem apenas seguir ganhando dinheiro pouco importa quantos morram.
Para perceber esse desprezo pela vida basta ler os apelos da Fecomércio e FIERN não achei qualquer pedido de prioridade para vacinar os trabalhadores que vão ser expostos ao vírus com a reabertura do comércio.
O mesmo vale para abertura das escolas. Conheço professores que estão em pânico porque sabem que vão ser expostos ao vírus. Fora um outro político de esquerda não vi uma defesa em massa da vacinação prioritária ao professores.