Existe um senso comum que diz que a Ditadura Militar não afetou os moradores das periferias. Essa é uma percepção suuuuper equivocada! Separamos uma série de reportagens que relembram como o regime impactou a vida dos moradores das periferias.
Segue o fio!⤵️
REPRESSÃO NAS PERIFERIAS
Nas periferias de São Paulo, a repressão foi sentida. Grupos de ativistas, sindicalistas e operários, que viviam nas bordas da cidade, tiveram problemas para manter as atividades profissionais e muitos tiveram de deixar o estado.
Para além das questões econômicas, não dá para falar sobre ditadura sem comentar as mortes políticas. Na reportagem, trabalhadores do Cemitério de Perus contam como descobriram uma vala comum com mais de mil corpos.
“Os corpos vinham em um furgão preto da polícia civil. A maioria estava sem roupa, em um caixão sem forro, sem luxo, sem nada e muitos tinham marca de bala. Falavam que no meio desses ossos poderia ter preso político”, lembra um dos entrevistados.
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
Foi um período de intensa mobilização política. E o bairro de São Miguel Paulista, zona leste paulistana, foi o local onde o Sindicato dos Químicos e outras entidades faziam reuniões com o objetivo de desarticular o regime militar.
Uma das histórias mais fascinantes de organização popular é a trajetória do Clube de Mães. Elas travaram lutas por saneamento básico, pela redução de preços do supermercado, creches e escolas para as crianças. Veja!
Documento mostra o aumento crucial da repressão na cidade durante a greve dos funcionários da empresa de trens urbanos Cobrasma, em 1968, com a prisão de centenas de funcionários e a ação contra dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos.
Uma boa leitura pra pensar como a vida na periferia foi afetada durante a ditadura, é o livro “Nem Tudo é Silêncio”, que conta a história de 4 gerações de mulheres que viram a formação da Brasilândia, da escritora Sonia Regina.
Desde que as aulas presenciais voltaram no começo de fevereiro, já são 2.150 casos confirmados de infecção nas escolas estaduais segundo o sindicato dos professores. E elas seguem abertas mesmo com o fechamento das outras atividades na fase vermelha.
⤵️Segue o fio e entenda!
O secretário da Educação, Rossieli Soares, disse que a ideia é manter frequentando as aulas presenciais os estudantes que “realmente precisem” nos 15 dias de fase vermelha, e que quem definirá isso são as escolas e as famílias. Alguns professores questionam os critérios.
Contrários ao retorno, os sindicato dos professores e servidores, @APEOESP e o @SINDSEP, contabilizaram até o dia 8 de março 2.150 casos de contaminação de pessoas que trabalham presencialmente em 981 escolas estaduais e 572 casos suspeitos ou confirmados na rede municipal
Reportagem da Agência Mural ouviu cinco jovens que estão indo a festas, bares e aglomerações nas periferias ou no centro de São Paulo. Os motivos vão desde eles já estarem expostos ao vírus no transporte público, até aqueles que não acreditam nos perigos do vírus. Segue o fio! ⤵️
“De segunda a sábado, estou exposta ao vírus porque tenho que sair pra trabalhar. Quer dizer que no busão cheio eu não vou pegar, mas no baile sim?”. A fala é da secretária Carla Silva [nome fictício]. Ela diz que não viu mudanças no transporte público desde o início da pandemia.
Vamos relembrar uma matéria que bombou aqui nos últimos dias. Aliás, um meme que bombou na internet e certamente você já deve ter visto: o salão da ‘cabeleileila Leila’, onde você faz seus cabelos, unhas, ‘hitratação’ e unhas. 💇🏾♀️💅🏾⬇️
Mas você sabia que a Leila que aparece no vídeo, divulgado pelo humorista Eduardo Sterblitch no programa “Sterblitch Não Tem um Talk Show”, na verdade é a Joseane Rosa Dourado, uma diarista que mora na zona leste de São Paulo e faz bicos como modelo fotográfica?
Aqui na Agência Mural nós ativamos o modo “Sherlock Holmes” e fomos conversar com ela.
Se você estiver passando pelo Jardim Piratininga e ver um porco de quase 170 quilos andando pelas ruas, você provavelmente terá conhecido o João, um pet – um tanto diferente – da diarista Rosangela Rosa. Segue o fio que a gente te conta essa história! ⤵️🐷🐽
João, o porco de estimação: comprado com a ideia de ser um leitão assado, o animal acabou se tornando o “xodó” de uma diarista na zona leste de São Paulo. agenciamural.org.br/porco-joao-vir…
Para explicar essa história, vamos voltar quatro anos: era natal e a Rosangela comprou o porco para ser a refeição da ceia da família. No entanto, ela não teve coragem de matá-lo. “Comprei para comer e não consegui. Então ele virou o meu mascote”, conta.
“Estou praticamente desempregada, porque ganho pelo o que faço. Ainda não estou passando necessidade, mas o aluguel está para vencer e a comida está acabando.” agenciamural.org.br/autonomos-info…
A manicure Vera Lúcia não sabe como conseguirá arcar com os custos básicos pelos próximos dias. Moradora de Cotia, ela faz parte de cerca de 40% da população brasileira que trabalha informalmente. O setor já começou a sentir no bolso os impactos do novo coronavírus no país.
É para atender a esse público que, desde o início da crise da covid-19, tem se discutido a aprovação de um apoio emergencial, apelidado de “coronavoucher”.