O urso de óculos por muito tempo foi um animal quase que esquecido pela arqueologia andina mas agora sua iconografia vem sendo estudada nas culturas Lambayeque e Chimú.
Um dos exemplos mais claros é esse têxtil Lambayeque, 1100–1350 EC do Museu de Israel em Jerusalém. 🐻
A divindade principal de Lambayeque apresenta atributos com “olhos em forma de vírgula” que podem ter sido inspirados pelas linhas duplas ao redor dos olhos do urso, nariz de ampulheta e dentes cerrados, a maioria desses atributos são semelhantes ao urso andino.
Para ajudar a comprovar essa hipótese, há várias cerâmicas da divindade de Lambayeque em forma de animais parecidos com o urso, as máscaras da deidade também apresentam os olhos característicos.
Eis um exemplo de recipiente e uma máscara funerária datadas de 900–1100 EC.
Outro exemplo muito característico é um painel de algodão da cultura Chimú/Chancay de 1000–1470 EC pela característica facial muito semelhante ao urso.
Mas lembrando que são hipóteses, mais estudos devem ser feitos para termos confirmações.
Sambaquis categorizam sítios arqueológicos pré-coloniais compostos pelo acúmulo, sobreposição e descarte de muitas camadas de material orgânico e calcário, principalmente conchas de moluscos, que formam estruturas em forma de montes.
São geralmente compostos por camadas de conchas, em meio as quais estão restos materiais e esqueletos que passaram por fossilização química já que a chuva deforma as estruturas das conchas e dos ossos, difundindo o cálcio pela estrutura e petrificando os detritos e ossadas.
Mais de mil sambaquis estão inclusos no registro nacional de sítios arqueológicos e são um dos sítios mais antigos do litoral brasileiro, representando uma ocupação humana que se iniciou há pelo menos 8.000 anos.
A maioria deles, no entanto, são datados entre 4.000 e 2.000 anos.
Xōchihuahqueh (plural of xōchihuah) labeled people designated as men at birth but who were involved in "behaviors" or "aspects" considered "feminine" because they had an essence (Xochi/flower) that distinguished them in that society.
Patlachehqueh (plural of patlacheh) is more complex, with variants, but in general they seem to label those in which the "masculine aspects" were more dominant, that is, they identified themselves as men, exercised "masculine roles", (and also women who were attracted to women).
Bearing in mind that it is important not to analyze these aspects with our modern perspective and that the ethno-historical records we have are not enough to understand the whole dimension of the issues that involved gender identity and sexual orientation in that society.
O ovo como símbolo de fertilidade e renascimento fez parte da vida de antigos egípcios, gregos, assírios, etruscos, persas, etc, que tinham o costume de decorar ovos durante a primavera.🥚
📷: Ovo de avestruz púnico-fenício, 600 AEC.
Ovos de avestruz eram itens cobiçados no mundo interconectado dos antigos gregos, fenícios, etruscos, assírios, egípcios e outros, e eram decorados com motivos entalhados ou pintados e geralmente convertidos em recipientes por meio da adição de aros e bicos de metal.
Uma vez obtido, o ovo de avestruz precisa ser esvaziado e deixado secar naturalmente por pelo menos seis meses antes de ser trabalhado.
Os ovos, portanto, precisavam ser armazenados com segurança por um longo período de tempo.
Mais de 200 designs estão gravados nesse monólito, representando formas e iconografias de animais sagrados, terraços, lagoas, rios, túneis e canais de irrigação.
O propósito e o significado por trás deles, no entanto, permanecem um mistério.
Sayhuite é um sítio arqueológico pré-colombiano localizado em Abancay no Peru.
Este sítio foi datado do período do Império Inca, que floresceu entre os séculos 15 e 16 EC e o objeto mais notável em Sayhuite é o próprio monólito, uma pedra chamativa e com muitos entalhes.
Localizado no topo de uma colina chamada Concacha, o local já foi o lar de um santuário onde, de acordo com alguns estudiosos, estava um dos quatro oráculos do santuário de Apurimac, no entanto, faltam evidências arqueológicas para estabelecer a veracidade dessa afirmação.
O setor/grupo E da cidade Maia de Uaxactun, na Guatemala, é um dos observatórios astronômicos da época pré-colombiana que registrava os solstícios de inverno e verão, bem como os equinócios de outono e primavera, como o de hoje.
Infográfico: Pedro Samayoal.
Uaxactun é um local envolvente durante o Equinócio de Primavera, onde uma série de eventos, incluindo cerimônias sagradas antes e depois do amanhecer com canto, fogo, dança e percussão são liderados por tatas e nanas (termos para xamãs homens e mulheres) Maias.
Esse vídeo animado demonstra como funciona os eventos astronômicos no observatório de Uaxactun.
Para quem está no hemisfério norte, o dia de hoje marca o equinócio vernal, ou equinócio de primavera, enquanto para quem está no hemisfério sul é a época do equinócio de outono.
Vamos conferir alguns alinhamentos astronômicos em sítios arqueológicos nos equinócios de hoje?
Duas vezes por ano, conforme o sol marcha pelo céu, seu centro cruza o Equador da Terra.
Esse alinhamento celestial resulta no equinócio, um dia com luz e escuridão de (quase) igual duração, com o sol nascendo precisamente no leste e se pondo precisamente no oeste.
Uma das mais famosas celebrações do equinócio de primavera era o da pirâmide de Kukulkán.
As escadas foram construídas em um ângulo cuidadosamente calculado de forma que, no exato momento do equinócio, a sombra de uma serpente pareça deslizar abaixo os estepes da estrutura.