Para quem está no hemisfério norte, o dia de hoje marca o equinócio vernal, ou equinócio de primavera, enquanto para quem está no hemisfério sul é a época do equinócio de outono.
Vamos conferir alguns alinhamentos astronômicos em sítios arqueológicos nos equinócios de hoje?
Duas vezes por ano, conforme o sol marcha pelo céu, seu centro cruza o Equador da Terra.
Esse alinhamento celestial resulta no equinócio, um dia com luz e escuridão de (quase) igual duração, com o sol nascendo precisamente no leste e se pondo precisamente no oeste.
Uma das mais famosas celebrações do equinócio de primavera era o da pirâmide de Kukulkán.
As escadas foram construídas em um ângulo cuidadosamente calculado de forma que, no exato momento do equinócio, a sombra de uma serpente pareça deslizar abaixo os estepes da estrutura.
Os antigos arquitetos do Stonehenge também incluiram funções de observatório celestial, que permite a previsão de eclipses, solstícios, equinócios e outros eventos celestiais.
No equinócio vernal, hoje em dia, muitos turistas e pagãos se reúnem para observar o jogo de luzes.
Nos equinócios, se você ficar diretamente em frente à Esfinge ao pôr do sol, conforme o Sol se aproxima do horizonte, você o observará pousar diretamente no ombro direito da Esfinge.
Neste ângulo, o Sol também está situado no canto sul da Pirâmide de Quéfren.
Em Machu Picchu, a pedra Intihuatana foi posicionada para que cada canto fique nos quatro pontos cardeais e em um ângulo de cerca de 13 graus ao norte.
A pedra reflete uma sombra ao longo do dia, no entanto, exatamente ao meio-dia nos equinócios, a sombra do Sol desaparece.
O Grianan de Aileach é um grupo de estruturas em Donegal, na Irlanda.
A estrutura principal está alinhada com o sol nascente do equinócio, seu feixe é reduzido pela metade no interior e ao entrar pelo portal, um raio de luz atinge as pedras inferiores da parede oposta.
Em Angkor Wat no Camboja, o layout dos templos tem como objetivo marcar o fenômeno celestial da precessão dos equinócios e a transição de uma era astrológica para outra.
Na manhã do equinócio de primavera, o sol nasce ao lado da torre central do templo e coroa seu pináculo.
Mnajdra é um complexo de templos megalíticos em Malta, sua orientação única para o leste do templo sugere que o templo pode ter servido como um dos calendários solares mais antigos do mundo. Nos dias de Equinócio, um raio de sol entra no templo e ilumina seu eixo principal.
Chankillo, é um observatório astronômico feito de um conjunto complexo de 13 torres, formadas em uma linha norte-sul no deserto peruano.
Conforme o sol se move, ele nasce e se põe entre as torres em datas específicas, aparecendo entre as torres do centro nos equinócios.
Em Ahu Akivi, na Ilha de Páscoa, sete estátuas Moai estão localizadas com precisão astronômica, assim, o observatório sagrado tem o sol nascendo por de trás de suas costas ou olhando exatamente para o ponto onde o sol se põe durante os equinócios.
No Parque Histórico Nacional da cultura Chaco, o “Sun Dagger” é uma marcação de calendário criada a partir de duas espirais gravadas na rocha.
Durante solstícios e equinócios, as espirais são cortadas por um feixe de luz enquanto o sol brilha através de blocos de rocha.
Dentre diferentes significados cosmológicos e culturais, muitos outros sítios arqueológicos, além dos citados também foram orientados ao evento celeste, fato é que equinócios e solstícios foram importantes eventos para culturas antigas.
O setor/grupo E da cidade Maia de Uaxactun, na Guatemala, é um dos observatórios astronômicos da época pré-colombiana que registrava os solstícios de inverno e verão, bem como os equinócios de outono e primavera, como o de hoje.
Infográfico: Pedro Samayoal.
Uaxactun é um local envolvente durante o Equinócio de Primavera, onde uma série de eventos, incluindo cerimônias sagradas antes e depois do amanhecer com canto, fogo, dança e percussão são liderados por tatas e nanas (termos para xamãs homens e mulheres) Maias.
Esse vídeo animado demonstra como funciona os eventos astronômicos no observatório de Uaxactun.
Forte chuva ajuda arqueólogos a descobrir um pequeno ídolo em formato de touro com mais de 2.500 anos, feito de bronze, no sítio arqueológico de Olímpia, o antigo local que inspirou os Jogos Olímpicos modernos.
De acordo com o ministério da cultura grego, um arqueólogo encontrou a mini-estátua durante um trabalho no local com um de seus chifres saindo do solo após fortes chuvas, a estatueta foi encontrada intacta, perto do templo de Zeus e transferida a um laboratório para conservação.
Marcas de queimado sugerem que a estatueta fez parte de milhares de oferendas votivas a Zeus datadas entre 1.050-700 AC, parte do período geométrico grego.
Touros desempenhavam um papel importante na vida dos gregos antigos e, portanto, eram frequentemente dedicados aos deuses.
No Complexo Arqueológico de Tiwanaku, especialistas extraíram ‘azeite vândalo’ de 15 blocos líticos entre monólitos, silhares e pilares de templos, danificados por cinco turistas que ainda não foram penalizados por danos ao patrimônio cultural.
No dia 24 de fevereiro, turistas foram flagrados "derramando óleo" sobre monumentos arqueológicos com mais de 1.500 anos.
Dois dias depois, o Ministério das Culturas, Descolonização e Despatriarcalização da cidade de La Paz informou sobre os danos ao patrimônio arqueológico.
De acordo com especialistas do CIAAAT, após testes realizados em rochas semelhantes às afetadas em Tiwanaku, eles estabeleceram que o azeite de oliva entrou nos corpos líticos a uma profundidade de aproximadamente 0,5 cm a 1,5 cm e atualmente estão intervindo para extraí-lo.
A calculadora astronômica grega conhecida como “Mecanismo de Antikythera” é um dispositivo mecânico criado para prever eventos celestes.
Agora, cientistas da UCL de Londres recriaram a ferramenta conhecida como a ‘máquina computacional analógica’ mais antiga já descoberta.
O estudo recriou um dispositivo teorético de Antikythera que resolve alguns de seus mistérios e problemas.
A calculadora reconstruída se tornou realidade quando os cientistas finalmente conectaram a engrenagem de 63 dentes e sua relação com o ciclo de Vênus de 462 anos.
Em 1901, o arqueólogo Valerios Stais identificou o mecanismo original resgatado de um naufrágio na costa da ilha grega de Antikythera e tem confundido e espantado gerações de pesquisadores desde então.
O objeto é mantido no Museu Nacional de Arqueologia de Atenas.
O uso de sapos como enteógeno e intoxicante na Mesoamérica:
Sapos foram animais importantes na Mesoamérica em diversos aspectos, fazendo parte da cosmologia e cotidiano de muitos povos, mas, será que suas propriedades psicoativas foram utilizadas por eles?
Segue o fio👇🐸
A hipótese sobre o uso da espécie Rhinella marina, cujas secreções, como as de outros sapos, contém, principalmente, bufotenina, baseia-se na presença de muitas representações iconográficas e cosmológicas de sapos nas culturas Olmecas, Maias e Astecas.
Nos vestígios arqueológicos da cultura Olmeca em San Lorenzo, México, foram encontrados esqueletos de espécies de sapo datando de 1250-900 AC.
Esculturas e representações Astecas dão grande ênfase às glândulas parotoides dos sapos, onde se localizam as secreções psicoativas.
A arte aborígine australiana e como interpreta-la:
Muito da herança cultural e transmissão de informações às novas gerações entre povos aborígenes se deu por meio dessa notável forma de arte e seus símbolos, segue o fio pra entender melhor como as ler.
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A arte aborígine é centrada na narração de histórias e muito dessa arte é baseada em símbolos e ícones que representam diferentes elementos dentro de uma cultura.
Muitos deles tem seus significados em diferentes regiões, enquanto o contextual dentro delas é sujeito a mudanças.
Grande parte da arte disponível e descoberta por arqueólogos usam a chamada ‘perspectiva atmosférica’ (artes visuais) e estão agora sendo reinterpretadas junto com aborígenes em atos cerimoniais, canções e outras tradições por meio de estudos meticulosos e análises cuidadosas.