Culto online... eu tento ficar sem falar sobre o assunto, mas @sandro e @guilhermevrc não deixam. Acho que vocês deveriam ter um pouco mais de preguiça amigos...rs +6
Ontem, Guilherme elaborou um argumento e disse que "a única objeção realmente viável seria a demonstração de que reuniões online são fenômenos inexistentes, simulacros ou ilusões; ou seja, que a reunião online não tem a ontologia de uma verdadeira reunião". Quero discordar... +5
O argumento é internamente coerente, mas tem um problema de pressuposto: ele depende da equivalência entre a natureza do culto e de outras reuniões humanas. E, neste ponto, ele se distancia do entendimento mais clássico da natureza do culto cristão. Concordo... +4
...se o culto for uma reunião de iniciativa humana e natureza horizontal, a única maneira de argumentar contra o culto online seria essa. Mas, e se o culto for uma reunião de natureza diferente: de iniciativa divina e não humana e de natureza vertical, antes de horizontal? +3
Se isso puder ser demonstrado, a condição para o argumento terá sido perdida e ele precisará ser reformulado. Sei que o questionamento e alteração do pressuposto não inverte a conclusão de imediato. Mas o meu ponto aqui é bem mais singelo. É simplesmente dizer: há outras vias. +2
Como eu disse antes, é assim, como uma reunião singular, distinta e não idêntica, que a tradição cristã clássica tem enxergado o culto. Para quem quiser se inteirar do assunto, sugiro a leitura de "O culto cristão: teoria e prática de J. J. Von Allmen", publicado pela Aste. +1
Sugiro, especialmente, o capítulo 2, que tem como título: "O culto como epifania da igreja". A leitura deste capítulo, provavelmente, ajudará você a, pelo menos, entender melhor os seus irmãos que não identificam reuniões online com o culto público. Vale a pena!
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A maior ofensa do Evangelho não é nenhuma de suas implicações sócio culturais: ex. o que ele implica para o debate sobre o aborto, ou o casamento homoafetivo. A maior ofensa do Evangelho é o próprio Evangelho. Ele nos confronta com três verdades que ninguém gosta de ouvir... 1/5
Verdade 1: Existe um Deus e não é você! Ele é o Criador de todas as coisas e todo sentido e significado procede dEle, não da sua sua cabeça. Você pode não gostar, mas vive no mundo dEle e não pode fazer o que da na teia. 2/5
Verdade 2: Todos pecaram e carecem da glória de Deus. Sim, todos, inclusive você. Você pode achar que não, mas não é diferente daqueles que costuma colocar do outro lado - seja que outro lado for esse. No fundo, somos todos farinha do mesmo saco. 3/5
Uma das afirmações existenciais mais impactantes e difíceis do NT talvez seja: "...aprendi a viver contente em toda e qualquer situação". Sempre que leio essa afirmação, fico me perguntando: como esse cara pôde dizer isso? (1/5)
Agora de manhã, lendo o trecho de abertura da carta, no qual Paulo descreve a sua situação (1.12ss), sou chamado a atenção para o fato de que Paulo tem uma visão das circunstâncias encharcada de teologia. (2/5)
Não há sequer um fato histórico/contextual em Filipenses 1 que não seja teologicamente descrito. Veja lá... o aprisionamento dele (passado); a permanência dele na prisão e o povo pregando (presente); a incerteza quanto ao julgamento (futuro), tudo descrito teologicamente. (3/5)