Nesse Dia Mundial da Saúde, precisamos reafirmar a necessidade das medidas de enfrentamento para a COVID-19 em prol da saúde da sociedade. Com a alta transmissão, novas variantes podem surgir.
É o caso desse fio: hoje falarei da nova variante N.10🦠
Acompanhe 👇
Recentemente, pesquisadores da @fiocruz (@PaolaResende1@GrafTiago@GabrielWallau@fnaveca e colaboradores) descreveram a variante N.9 , que pode ser classificada como uma "variante de interesse" (VOI), como explico aqui:
A N.9 surgiu no Brasil e vem da linhagem da B.1.1.33, como é explicadinho aqui. Ela tem algumas mutações que não eram encontradas anteriormente nos descendentes dessa linhagem, e isso chamou a atenção
No fio de hoje, vou comentar os últimos achados dos pesquisadores com uma nova variante, a N.10, também descendente da B.1.1.33 observada (ate´o momento) no Amapá e no Maranhão em Fevereiro de 2021
Tanto a N.9 quanto a N.10 tem origens comuns na B.1.1.33 como mostrado nessa figura e apresentam algumas mutações na região da proteína Spike que despertam atenção
Nessa tabela, observamos além da presença da mutação E484K (vista na N.9, P.1, entre outras variantes), e V445A no RBD, também apresenta três deleções* (∆141-144, ∆211 e ∆ 256-258) no domínio do terminal amino (N) (NTD)*
O que precisamos saber: é muito relevante conhecer e acompanhar a presença dessas mutações. As mencionadas acima podem levar a um escape da resposta imunológica (ex.: deleções do NTD mencionadas, a E484K).
E o surgimento de diferentes variantes gera o alerta
O descontrole e aceleração da transmissão propicia isso. Precisamos CONTROLAR a transmissão. E fazemos isso a partir da vacinação e das medidas de enfrentamento. Se não fizermos, corremos o risco de estender ainda mais essa crise.
Os autores terminam ressaltando que essa VOI deve ser acompanhada, especialmente ali no Maranhão e estados do Nordeste, onde está se espalhando. Mais estudos precisam ser feitos para observar o efeito da N.10 na clínica, agravamentos, etc.
Uma boa notícia para quem estiver precisando: Serrana zera casos de intubação com vacinação em massa 💉Cerca de 66% dos 28 mil serraneses com mais de 18 anos já receberam a segunda dose. Até domingo, 100% deles estarão imunizados. Acompanha 👇
A notícia sim é muito boa! Desde o último fim de semana, nenhum paciente estava intubado na Santa Casa e na UPA local. Mas é cedo para atribuir esse alívio sanitário à vacinação, mas os nºs são positivos depois de um mês de março com recorde de mortes na cidade, como em todo BR
Isso porque a proteção completa vem com a segunda dose! Então aqui vemos um exemplo claro de vacinação acelerada + medidas de enfrentamento são uma combinação decisiva para um enfrentamento de sucesso. Vemos isso em outros países, como Israel! g1.globo.com/sp/ribeirao-pr…
Trazendo pra essa rede o conteúdo que fiz no instagram (que também é mellziland caso queiram acompanhar hehe) sobre a vacina da AstraZeneca e os relatos de trombose!💉🩸❓
Acompanha! (referências usadas no último tuíte)
Sobre associação temporal, como investigar se um evento A te mrelação de causa com o evento B e a importância do monitoramento e dos estudos para estabelecer a presença dessas relações 🔍
Aqui trago algumas notícias anteriores de possíveis associações que, após as investigações, foram confirmadas de não ter relação com a vacina e explico um pouco sobre a questão da AstraZeneca e as tromboses🩸
No dia 2 de Abril, celebrou-se o Dia Mundial da Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), e o fio da noite é todo dedicado a trazer algumas infos sobre esse transtornos e um pouquinho da minha linha de pesquisa🧩!
Bora?
Por muito tempo, a primeira descrição desse transtorno foi creditada a Leo Kanner, apesar de muita gente achar que Hans Asperger também teria feito essa descrição em momento próximo.
Pois bem, nem um nem outro, o autismo tem uma "mãe"! E o nome dela é Grunya Sukhareva!
Eu conto a história da Grunya na coluna que escrevi na @fontebr_ homenageando algumas das grandes mulheres que tanto contribuíram para a ciência - e por muito tempo foram esquecidas por ela fontebr.jor.br/2021/02/11/o-p…
Publicado hoje na @NEJM uma carta ao editor compartilhando alguns dados sobre vacinas de vírus inativado (como Sinovac e Sinopharm) 💉e variantes 🦠
🔵Sinopharm: s/ alteração na qtdade de anticorpos para D614G e B.1.1.7, 🔽 para B.1.351
🔵Sinovac: 🔽para B.1.1.7 e⏬ B.1.351
👇
Para soro convalescente (obtidos de pessoas recuperadas de COVID-19), não observamos diferenças para as variantes com a mutação D614G e a B.1.1.7. Até é observado um aumento da neutralização, inclusive. Mas vemos uma redução (🔽) por um fator de 0,5 para a a B.1.351.
Além disso, 9 de 30 amostras de soro convalescente mostraram perda completa de atividade neutralizante contra B.1.351.
Vacina da Sinopharm (BBIBP-CorV): as "quantidades" de anticorpos (AC) presentes (GMT) não variaram entre as variantes comparado com o vírus sel as alterações
Quando fiz esse fio sobre os dados da Coronavac no Chile 🇨🇱, muita gente ficou apreensiva pela quantidade de anticorpos induzidos. Resolvi fazer alguns comentários 📝sobre o isso! Acompanha👇
Buenas, selecionei alguns pontos aqui que acho que podem ajudar a gente a responder algumas dúvidas!
1⃣ O número de participantes
É um estudo de fase 2 então temos aí algumas centenas de participantes. No grupo acima de 60 anos, temos 14 amostras no grupo vacina
A partir daí a gente já percebe que é um N (número de amostras ou número amostral) baixo pra gente concluir que representaria uma população maior. Por tantos motivos e, somado mais este, que os estudos de fase 3 se fazem tão relevantes. Neles, teremos milhares de pessoas!
Notícias super interessantes do estudo da CoronaVac no Chile! 🇨🇱
Além de ter apresentado um bom perfil de segurança, e resposta por anticorpos, a vacina parece induzir também formação de células (resposta celular) contra o SARS-CoV-2!
Os dados são de segurança e imunogenicidade de um estudo realizado entre 27 de Novembro de 2020 e 9 de Janeiro de 2021 com participantes de 18-59 anos em um grupo e acima de 60 em outro grupo. As doses foram aplicadas em um intervalo de 14 dias nos grupos vacina e placebo