Criei uma série para contar as histórias dos grupos supremacistas brasileiros e personagens do submundo que agora estão se organizando graças aos sinais emitidos pelo governo Bolsonaro
Listei alguns dos principais episódios pra ficar por dentro dessa conversa
Começando pelos nazistas que estavam escondidos no país (e outros que não precisaram se esconder)
Com a ascenção do Bolsonarismo as denúncias de supremacistas cresceram 300% na internet, nesse episódio a gente conta da estratégia do "apito de cachorro"
Já que o Rodolfo quer falar de "semelhança do cabelo". Fiz uma lista de personalidades com penteado parecido com o dele, que também ridicularizavam ou odiavam os cabelos soltos e naturais de uma pessoa negra #BBB21
Nikolaus “Klaus” Barbie o " Açougueiro de Lyon
Renato Kehl, pai da eugenia brasileira que sugeriu a esterilização de "degenerados" no país
Em 1828 Thomas Dartmouth "Daddy" Rice criou o personagem Jim crow, pintando sua cara de branco, os lábios de vermelho e dançando de forma caricata para ridicularizar a cultura e a vida dos negros escravizados
A prática se tornou uma tradição que estava aliada com as crenças científicas que determinavam a inferioridade intelectual, cultural e moral de pessoas negras. O cinema pulverizou esse estereótipo no imaginário popular com filmes como A Nigger in the Woodpile (1904)
Claro que, o Brasil, alinhado com a visão eurocentrica e racista da época importou a tradição e criou sua própria versão do Jim Crow, a Nega Maluca.
Samuel George Morton é considerado o pai do racismo científico, ele construiu a teoria das 5 raças baseado em um tipo de poligenismo bíblico que considerava as raças "não brancas" uma degeneração da criação do Deus cristão
Essa hierarquia racial determinava que brancos americanos e europeus eram o limite da evolução humana em todos os aspectos, principalmente na moral, na religião, na cultura e no físico
Na hierarquia de Morton, a estrutura do crânio caucasiano seria mais avançada do que, respectivamente, as das raças mongol, malaia, ameríndia e etíope (designando todo continente africano)
Se você é parente de um dos maiores racistas desse país, que transformou teorias deterministas em leis, pregou a esterilização e chamou negros de degenerados, não pode ocupar os mesmos espaços de relevância e carregar o "prestígio" do nome dele fingindo que isso nunca aconteceu
Por isso tô lembrando sempre quem foram os maiores propagadores do racismo científico brasileiro, quem "Inventou" teorias de inferiorização do negro. Alguns nomes aqui: Renato Kehl institucionalizou o racismo open.spotify.com/episode/6unAFP…
Monteiro Lobato foi o propagandista da eugenia, patrocinou, editou e colaborou com publicações
Essa capa é a cara de uma parte progressista do país que ainda é responsável pela invisibilidade negra e periférica. Greta, Malala e Felipe Neto são importantes, transformadores, e comunicadores poderosos mas não sintetizam "uma geração".
Porque esses jornalistas, dessas redações estão distantes das histórias do dia-a-dia. Da correria de quem atravessa as ruas, desvia do crime, sobrevive a guerra policial e ainda tem um tempo para ser voluntário na ONG e do cursinho preparatório
São distantes da história de alguém que era conhecido como filho de um ex-traficante e hoje é um advogado importante pra sua comunidade @joelluiz_adv
Ou de uma mulher que idealizou uma dos maiores projetos de distribuição de livros pra gente negra @winniebueno
Após a derrota na guerra civil americana que aboliu a escravatura, os Confederados foram convidados por Dom Pedro II para aproveitar um pouco mais da escravidão aqui no Brasil
Eles trouxeram suas teologias racistas e conseguiram prosperar por 2 décadas utilizando a mão escravizada para produção de algodão, fundaram igrejas e escolas e uma cidade: Americana
Apesar dos seus descendentes não estarem mais diretamente ligados a escravidão e ao racismo, eles exibem em festivais símbolos utilizados pela Ku Klux Klan e celebram em festivais a memória dos antepassados escravagistas no país