Boletim #InfoGripe da semana 2021 13 disparado, e as notícias são bastante animadoras (embora não signifiquem "liberou geral, erere, abre a gaita gaiteiro que hoje a poeira levanta e o bolicho vem abaixo!").
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Te atina, vivente: precisamos não apenas desafogar as unidades de saúde, mas também diminuir o número de casos a nível assobio de quem levou uma bota na região ali entra a coxa esquerda e a direita: mais baixo que voo de galinha gorda. Sem isso, é manter a situação tensa. +
"Mas che, hoje mesmo o noticiário está bombando com recorde de mortes, UTIs ainda lotadas e o escambau, e tu me vem com esse canto da sereia? Quer enganar quem, loco???"
Pozolha, che, alguns pontos importantes:
1o: relê os dois pitacos acima. +
Início de queda, por *data de 1os sintomas* em dado de *hospitalizados*, não significa que já está uma maravilha. a) Pode sofrer influência da falta de leitos disponíveis, limitando o registro de novos casos na quantidade em que realmente estão ocorrendo; b) mesmo q seja real, +
b) mesmo que seja real, necessitamos *no mínimo dos mínimos* 2 semanas de queda nos novos casos para *começar* a liberar leito. Para UTI esse tempo é maior ainda. Isso é consequência da evolução natural da doença. Para os óbitos, é *no mínimo* 3 semanas para essa queda aparecer.+
Por fim, *de novo*: mesmo q esteja caindo (os dados realmente sugerem que está, sim), reparem como na maioria das curvas essa queda sequer chegou a valores abaixo do pico de nov/2020!!!!!
Ou seja, é uma melhora para um quadro *pior* d q o pico de novembro. Segura o facho!!! +
Isso mostra que:
(a) *Sim*, medidas restritivas funcionam.
(b) Medidas restritivas, depois que a coisa já desandou, ***demoram*** pra retomar a valores minimamente aceitáveis.
(c) Leito é paliativo. Além de não alterar o fato de q 30% dos hospitalizados vão morrer, *não dá tempo*
Mas buenas, simbora.
Regiões que ainda apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo:
↗️ UFs: apenas MA e RJ
↗️Capitais: apenas Rio, São Luís, e Vitória
↗️Macros: apenas 8 UFs com alguma macro com sinal de crescimento.
Todas as macros dos estados do Sul com ↘️
Lupa nas UFs DF, ES, MA, e RJ, q ñ apresentam queda no longo prazo.
MA e ES talvez começando a interromper a queda. RJ e DF com indícios de possível início de reversão, já.
As capitais Rio, São Luís, e Vitória seguem a mesma lógica do dado agregado para o estado.
Macrorregiões de saúde (1/n):
Maranhão. Situação ainda incerta, sugerindo formação de um platô após o período de crescimento, 2/3 mantendo sinal ↗️ na tendência de longo prazo.
Macros (2/n)
Paraíba:
Campina Grande ↗️ ainda, e Sertão/Alto Sertão ainda no vai-não-vai.
Macros (3/n)
Pernambuco: Agreste ainda apontando crescimento, e Sertão com sinal de formação de platô, ainda sem inversão para queda. Metropolitana na incógnita de sempre...
Macros (4/n).
Na Bahia, embora nenhuma macro continue apresentando sinal de crescimento, vemos que Sudoeste (Vitória da Conquista), Sul (Ilhéus), e Extremo Sul (Teixeira Freitas) a coisa ainda não é muito clara...
Macros (5/n).
Minas Gerais.
Jequitinhonha e Leste ainda com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Talvez ensaiando início de reversão?
Macros (6/n)
Espírito Santo.
Apenas a Metropolitana ainda com sinal claríssimo de manutenção do crescimento. Porém a Sul ainda não apresenta sinal claro de já ter inciado processo de queda.
Macros (7/n)
Rio de Janeiro. Apenas a Macro II, que inclui a região metropolitana, porém com sugestão de possível início do processo de redução no número de novos casos. A ver o boletim da próxima semana se o sinal da tendência de curto prazo se confirma.
Macros (8/n)
São Paulo.
Apenas no sul do estado e na RRAS3 ainda há sinal de crescimento na tendência de longo prazo, mas também com possibilidade de interrupção na próxima semana.
Macros (9/9)
Região Sul com todas as macros com sinal de queda na tendência de longo prazo. Porém, notem que no RS temos duas macros (Norte e Missioneira) cujo sinal de curto prazo sugere a possibilidade de interrupção da queda ainda em patamar *acima* dos picos de 2020.
Antes de fechar: alerta para outros vírus respiratórios que voltaram a dar as caras! VSR e Rinovírus estão na área (Influenza, necas). Em fevereiro e março, VSR manteve cerca de ~200 casos/semana. Isso sabendo que nem todas as UFs estão conseguindo testar. +
Mas reparem na mediana da idade dos casos de SRAG e IC 90% em 2021, e para casos confirmados:
- #SRAG: 60 anos [8-86]
- SRAG por #COVID19: 60 [30-86]
- SRAG por VSR: 0 [0-7]
- SRAG por Rinovírus: 8 [0-85]
Análise do atraso entre internação (data em que o serviço de saúde "vê o caso") e digitação (data em que o sistema de informação recebe o registro).
Essa figura tu encontras no resumo bit.ly/mave-infogripe… e agora também em bit.ly/infogripe-opor…
Esse fio do @schrarstzhaupt é uma ótima leitura complementar a essa atualização do #InfoGripe. Essa queda precisa ser sustentada. Pra isso, precisamos mobilidade e exposição reduzida por tempo suficiente p alvançar uma situação confortável (q nnca tivemos)
Vacinar é um ato de celebração da vida.
Não caia em mitos, conheça os dados, escute quem trabalha no assunto. Viva e sobreviva.
Como dito na imagem, os dados são oriundos dos dados públicos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e de vacinação contra a COVID-19. Estão presentes na atualização desta semana do boletim #InfoGripe, sistema de apoio à vigilância nacional de vírus respiratórios.
Este dado em particular é produzido graças a união de esforços da equipe do InfoGripe com a galera do @obscovid19br
Aguardando os dados refentes à semana passada (09-15/jan) p atualização do cenário atual. Infelizmente, as perspectivas são preocupantes.
Com dados só até a 1a semana de janeiro, ou seja, sem ainda impacto do réveillon, vimos um sinal de forte retomada em praticamente todo o país
Essa subida iniciou na virada de novembro para dezembro (SE 48), na maioria dos estados. O Rio começou ainda em novembro (SE44), por conta da epidemia de gripe que começou por lá e se espalhou para os demais estados posteriormente.
Repara como a oscilação no Rio é por conta da diferença temporal entre o início da epidemia de gripe (Influenza, curva verde) e o início da retomada do crescimento nos casos associados à #COVID19 (SARS-Cov-2, curva dourada).
Como se não bastasse ter acontecido tudo que alertamos que aconteceria na audiência pública (dar palanque para negacionista, c carimbo do ministério, como se os argumentos estivessem em pé de igualdade me relação aos posicionamentos favoráveis à vacinação) chegou a cereja do bolo
A galera negacionista está divulgando em redes sociais os dados pessoais dos cientistas e profissionais que lá estiverem defendendo os dados que mostram que a vacinação das crianças atende aos critérios de segurança e importância epidemiológica.
É pra essa galera que não tem o menor respeito pela verdade, pelos dados, e pelos indivíduos, que o Ministério da Saúde resolveu dar palanque neste histórico dia 4 de janeiro de 2022.
"A maioria se manifestou favorável a não compulsoriedade da vacinação das crianças".
Distorcido. As perguntas apresentadas na consulta pública não permitem fazer esta avaliação, uma vez que não havia pergunta específica sobre a compulsoriedade separada da opinião sobre vacinação.
Pra quem não lembra/não viu, aqui tem a lista de perguntas apresentadas na consulta pública e minha posição sobre cada uma delas:
Especialistas em saúde pública que se manifestaram sobre a consulta ressaltaram que a maneira como foi estruturada levava a crer que o resultado seria justamente esse tipo de manifestação da SECOVID: conclusão sobre algo que a consulta não permite avaliar de maneira adequada.
Tu participas de alguma instituição/sociedade/associação/universidade/departamento/secretaria/lab... e tua entidade apoia a nota da CTAI-COVID em defesa da vacinação da crianças de 5-11 anos contra a #COVID19 ?
Então contacta a direção para assinar lá: bit.ly/apoio-ctai-cov…
A nota contém dos blocos de assinaturas. Um para os integrantes da CTAI-COVID ("aprovam"), que aprovaram no âmbito dessa câmara, e outra para toda e qualquer entidade que queira manifestar publicamente seu endosso ao documento ("apoiam"). conass.org.br/nota-publica-d…
Respondi lá, e trago para cá numa cantoria pra facilitar.
"Che, e essa rebordosa no Rio por conta de casos de síndrome gripal por virus Influenza? Que me contas?"
Pues vamos lá
O reaparecimento do #Influenza é novidade, mas não surpreende. Alguns vírus resp já tinham voltado a aparecer desde o começo do ano e outros mais a partir de agosto. #Flu é que ainda estava sumido. Tal como para os demais, é consequência do relaxamento geral em relação à #COVID19
"Mas che, tamos falando de gripe, que raios tem a COVID que ver?!"
Pozolha, os cuidados em relação à COVID (que é causada pelo vírus SARS-CoV-2) também ajudam a proteger da gripe (que é causada pelo vírus Influenza). Máscara boa (pff2 ou cirúrgica+de pano por cima), ventilação...