Para quem não entende como o Bolsonaro mantem parte de seu apoio, veja um exemplo se formando:
Ignorando 350 mil mortes e o combate à pandemia, @jairbolsonaro cria pautas para seu publico branco, conservador, negacionista e carrocrata
Pauta da vez: pedágio por km!
Segue o fio:
O Senado não apenas aprovou, ele acelerou pautou o projeto (que foi recriado em 2019, pouco antes da pandemia) porque o Bolsonaro pediu como pauta prioritária aos novos presidentes do Congresso no começo de fevereiro.
O @BrunoCarazza do Valor mostrou isso.
Em um mês o Senado aprovou e em 15 dias a Câmara colocou como Urgência um projeto que não tem relação nenhuma com a pandemia e é impossível de ser implantado agora, pois exige mudar toda a infraestrutura de cobrança rodoviária no país.
Deve ser votado na Câmara amanhã.
Quem pensou agora: "Nossa que nada a ver, ninguém tá falando disso agora." ou "O projeto nem é tão irrelevante assim", veja os próximos 5 tuites:
Junto com a pressão na Câmara, Bolsonaro (ou o lobby que está sendo atendido) está mobilizando o governo para colocar o tema na pauta.
Min. da Infraestrutura debateu em seminário formas de implantar o novo modelo de cobrança, e o Ministro já está prometendo "retirar de pedágio"!
A ANTT também falou em "retirada de pedágio", e até Secretaria Estadual de MG (Partido Novo) está pautando.
A promessa de retirar pedágio atende aos mesmos motoristas que defendem a destruição do Código de Trânsito, mas a novidade está longe de não ser uma cobrança.
Em muitos locais onde o pedágio é perto da cidade, a cobrança por km poderá ser mais barata, mas milhares de percursos em estradas que não são pedagiados passarão a ser cobrados.
Algum estudo foi feito para analisar a situação das rodovias concedidas pelo país?
Algum levantamento foi feito para as outras cidades do Brasil distantes de pedágios? Existem hospitais, escolas ou outros serviços fundamentais com acesso por rodovias que serão cobradas por km?
O país precisava levantar esse debate no meio da pandemia?
No geral a medida é boa. Um avanço tecnológico quase que natural.
Mas não é simples, nem barata. Impactará a lógica de deslocamentos entre cidades, e em alguns casos dentro de cidades, por todo o país.
E a hora de fazer esse debate definitivamente não é agora.
E além de tudo, segue a lógica do Governo Federal e do atual @MInfraestrutura de focar TODA sua energia em políticas pro carro.
Recapeamentos e duplicações divulgadas como se fossem obras boas ou inéditas, atendendo menos de 1/3 da população que usam carro para se deslocar....
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Goiânia quer acabar com a rede de transporte metropolitano mais integrada do país, com desculpas erradas
Sistema ficará caro, e dificultará a vida dos moradores!
Na matéria a @prefeituradegyn lamenta os custos, que como em todo lugar do mundo, precisam ser subsidiados, fato agravado pela pandemia, e fala que um sistema único na capital ficaria mais barato.
Se piorar o serviço ficaria mais barato para ela, mas na verdade nem para ela (2/5)
A prefeitura alega que os sistemas não são integrados em todas as outras cidades do Brasil. Mas, estes outros sistemas são profundamente criticados por isso, além de ineficientes, mal integrados e péssimos para os usuários. Um exemplo (tímido) abaixo (3/5) diariodotransporte.com.br/2020/11/19/aud…
🚌 Auxílio Emergencial de R$ 4 Bilhões para o transporte na pauta da Câmara amanhã
Projeto complexo, tem medidas boas de transparência, mas há erros...
Obrigar TODAS as cidades a ampliarem seus contratos abre brecha para as empresas imporem suas vontades sobre as prefeituras! +
O texto também não define nenhuma diretriz mínima para uma oferta de ônibus e trens adequada para evitar lotações e reduzir o risco de transmissão do vírus.
Também não há diretriz de quem será beneficiado com as gratuidades a serem criadas pelo auxílio. +
Ainda, colocaram um jabuti que ataca as gratuidades existentes, sem relação nenhuma com o resto do texto.
Este ponto e a obrigação de ampliar os contratos talvez sejam as mais graves. Estas correções são essenciais! +
🚨Deputados vão votar pauta bomba depois do Fundeb!
Querem votar HOJE um auxílio ao setor de transportes de R$ 4Bi sem regras para reduzir as lotações e OBRIGANDO cidades a ampliarem o contrato com empresas as pressas!
Como o @idec vem apontando, o projeto que tramita no Senado garante regras para melhorar garantir a frota que reduza a lotação. Além de ter contrapartidas para os usuários e para as cidades.
O projeto que a Câmara vota agora não tem NENHUMA regra.
O projeto tenta colocar contrapontos como auditorias que virão "depois", ou criação de taxas que precisarão ser feitas às pressas. Regras de transparência genéricas, e ainda:
- A cidade que NÃO aumentar o contrato de ônibus perde o auxílio! É um projeto Horroroso, e prejudicial!
A @folha já se incomodou com a proposta de Tarifa Zero progressiva do pré-candidato @jilmartatto, e acabou falando o que não sabe. Chamar de "irrealismo político" o que já é fato em cidades como Kansas, Cascais e Maricá, e vem ganhando força no mundo é falta de pesquisa. 1/4
A Folha escolhe dados para falar de falta de recursos para afirmar que a ideia não seria possível, o que ignora que outras cidades menores já o fazem, e que a Lei Federal (12.587, Art. 9º e 10º) já aponta desde 2012 de onde podem vir esses recursos. 2/4
Também não há vício. Única vez que o PT falou disso estava no governo, não em campanha. Secretário Lúcio Gregori (em 91, gestão @luizaerundina) publicou um projeto para executá-la em SP. Desde então a timidez venceu e não se propôs mais. Propor isso em SP ainda é inovador! 3/4