CÚPULA DO CLIMA | Começa nesta quinta (22), às 9h, a Cúpula de Líderes sobre o Clima convocada pelo presidente dos EUA, Joe Biden; acompanhe a cobertura ao vivo
Para mostrar que os EUA estão de volta à liderança global após anos de isolacionismo de Trump, Biden convidou representantes de 40 países para discutir soluções para as mudanças climáticas na quinta (22) e na sexta (23); saiba o que seus líderes esperam
Em meio a um cenário de crescente competitividade entre os EUA e a China, a reunião também contará com o dirigente chinês Xi Jinping, que aceitou o convite na véspera do evento
O Brasil, que sob o governo Bolsonaro ganhou reputação de ser um dos representantes do negacionismo climático e tem apresentado números de preservação ambiental que preocupam outros países, está sendo cobrado pelos EUA por resultados
O presidente americano também convidou Sinéia do Vale, gestora ambiental do Conselho Indígena de Roraima e única brasileira além de Bolsonaro a participar do evento internacional
Igor Gielow | Quem abriu a Cúpula do Clima foi Kamala Harris, simbolizando o peso que Biden dá à figura de sua vice, primeira mulher negra e de origem asiática a ocupar o cargo
Marina Dias | Simbólico Biden abrir seu discurso com as consequências que a agenda climática pode ter sobre a criação de empregos nos EUA; é uma forma de tentar angariar mais apoio popular (@marinaadias)
António Guterres, secretário-geral da ONU, cobra em seu discurso propostas concretas para prover suporte tecnológico aos países para que eles consigam cumprir suas metas de redução de emissões de carbono; acompanhe ao vivo
Bruno Boghossian | Discurso ambiental de Bolsonaro é conversa para boiada dormir; presidente é visto com desconfiança porque se orgulha de sua agenda antiambiental (@brunoboghossian)
Primeiro entre os líderes dos países a falar, Xi Jinping repetiu os compromissos anunciados em dezembro, em reunião da ONU: atingir o pico de emissões antes de 2030 e zerá-las até 2060 (@acarolamaral)
A China também voltou a cobrar países desenvolvidos como principais responsáveis pelo anúncio de metas mais ambiciosas e pelo financiamento da transição energética 📷Xinhua/Ju Peng
Tom animado e elogioso de Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, mira na próxima COP do Clima da ONU, presidida pelos britânicos; articulação de Biden ajuda a pavimentar caminho para uma conferência bem-sucedida
"Luta contra aquecimento global não é mais um constrangimento, mas uma força motora das economias globais"; Yoshihide Suga, premiê do Japão, deixa clara narrativa que países desenvolvidos pretendem emplacar (@mat_alencastro)
📷Kyodo/Reuters
Japão anuncia corte de 46% nas emissões de gases-estufa até 2030; ampliação da meta, que era de 26%, confirma articulação bem-sucedida dos EUA (@acarolamaral)
Lembrando que, na véspera da cúpula, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ganhou costelão em almoço de desagravo (em que ninguém usava máscara) e atacou @Anitta
Gabriela Prioli | Era abril de 2020 quando o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu "passar a boiada" e mudar regras ambientais enquanto a atenção da mídia e da população estava voltada para a Covid-19 (@GabrielaPrioli)
Mudanças climáticas vão afetar 100 milhões de pessoas em Bangladesh nos próximos 15 anos. O futuro da humanidade começa por lá, daí a importância do discurso dos seus governantes (@mat_alencastro)
Gosta de acompanhar a cobertura ambiental? Então o blog Ambiência, atualizado pela jornalista Ana Carolina Amaral @acarolamaral, especializada no tema, é perfeito para você, com notícias exclusivas e análises. Conheça: ambiencia.blogfolha.uol.com.br
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, cutucou o isolacionismo de Trump, cumprimentando a "volta dos EUA". Após as eleições de setembro, ela poderá ser substituída por uma candidata do Partido Verde📷John MacDougall / AFP
Vladimir Putin, presidente da Rússia, uma economia bastante suja e dependente da exportação de petróleo e gás natural, lembrou o papel da energia nuclear no futuro climático e voltou a pedir cooperação internacional
O Palácio do Planalto convocou uma entrevista coletiva do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para depois da Cúpula de Líderes sobre o Clima (@RDellaColetta)
Em sua fala, Bolsonaro lembrou o passado de protagonista do Brasil em temas ambientais e a matriz energética fortemente ancorada em energia hidroelétrica; nem parecia o político que promoveu o desmonte de instrumentos de proteção ambiental (Igor Gielow)
Bolsonaro falou em "paradoxo amazônico", que colocaria em lados diferentes os interesses dos 23 milhões de moradores da região com a preservação ambiental; discurso embasa estratégia de ocupação defendida pelos militares desde os anos 1970 (Igor Gielow)
O discurso de Bolsonaro tem problemas, mas a construção do argumento, por mais duvidoso que seja, é muito melhor do que os anteriores. Dá para ver as digitais do novo Itamaraty (@mat_alencastro)
Bolsonaro mudou o discurso, mas os dois últimos anos mostram ações e falas que vão na contramão. Os repórteres @_MatteusMoreira e @phillctw levantaram 14 desses momentos; confira:
Bolsonaro enfim disse que precisa de "pagamento justo" por ter tantos biomas importantes sob sua custódia e pediu colaboração mundial para a preservação do ambiente. Não chegou a dar o número da conta bancária, mas o recado previsto foi dado (Igor Gielow)
Aconselhado pela ala mais moderada do Itamaraty a fazer um discurso mais sóbrio e não pedir dinheiro antecipado para realizar as ações no Brasil, como queria Salles, Bolsonaro concordou em fazer uma "reciclagem" do discurso do ministro (@marinaadias)
Bolsonaro se reinventou e mudou o tom para falar com Biden, concluindo um dos discursos mais longos até agora na Cúpula do Clima com a frase "contem com o Brasil" (@acarolamaral)
Além de citar as metas adiantadas na semana passada —como zerar o desmatamento ilegal até 2030—, Bolsonaro citou a antecipação para 2050 da neutralidade de carbono —antes, o prazo era 2060 (@acarolamaral)
Assessores de Biden viram de forma positiva o anúncio de Bolsonaro sobre a duplicação dos recursos destinados para ações de fiscalização ambiental no Brasil, mas a Casa Branca esperava mais (@marinaadias) aovivo.folha.uol.com.br/mundo/2021/04/…
EXPECTATIVA
Na Cúpula, para o mundo ver, Bolsonaro prometeu duplicar recursos para fiscalização ambiental
REALIDADE
No Brasil, porém, a situação é diferente. Em carta, servidores dizem que fiscalização ambiental foi paralisada após norma do governo
Antes da fala do presidente argentino Alberto Fernández, Biden pediu licença por alguns instantes para deixar o local e não voltou a tempo de assistir ao discurso do líder brasileiro de Bolsonaro na Cúpula do Clima
Igor Gielow | Escanteado por Biden, Bolsonaro usa gravata verde para pedir dinheiro aos países ricos; como se fosse outra pessoa, presidente até abraça a ideia de que a Amazônia tem seu preço no mercado internacional
Uma coalizão internacional formada por EUA, Reino Unido, Noruega e empresas privadas anunciou a criação de uma iniciativa para reduzir as emissões de gases-estufa derivadas de desmatamento em nações com florestas
"Coincidimos, Senhor Presidente [Biden], com o seu chamado ao estabelecimento de compromissos ambiciosos. Nesse sentido, determinei que nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050, antecipando em dez anos a sinalização anterior." bit.ly/32FKmR2
"Entre as medidas necessárias para tanto, destaco aqui o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal. Com isso reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data." bit.ly/32FKmR2
"Apesar das limitações orçamentárias do governo, determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização." bit.ly/32FKmR2
"Da mesma forma, é preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação. Estamos, reitero, abertos à cooperação internacional." bit.ly/32FKmR2
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A fabricante de cimento franco-suíça LafargeHolcim contratou o Banco Itaú BBA para assessorar a venda de sua operação no mercado brasileiro, segundo a agência de notícias Bloomberg. (@folha_mercado) www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/0…
14 VEZES EM QUE AÇÕES DO GOVERNO BOLSONARO TIVERAM IMPACTO NEGATIVO NO AMBIENTE
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A Cúpula do Clima acaba de começar e o presidente Bolsonaro tem a missão de convencer Joe Biden e os outros chefes de Estado presentes no evento de que tem um plano de combate ao desmatamento na Amazônia www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/04/…
A tarefa não será fácil, uma vez que Bolsonaro e o ministro Ricardo Salles, nesses dois anos de governo, somam ações e falas que tiveram impacto negativo no ambiente. A Folha separou 14 desses momentos: bit.ly/3tIR9Wf
Nelson de Sá | E no meio do dia as manchetes foram todas para a recusa de lockdown pelo primeiro-ministro indiano Narendra Modi, dizendo, em eco de Jair Bolsonaro, que os “governadores estaduais devem acalmar seus medos” (@nelson_de_sa)
Entenda o que são as novas variantes do coronavírus e por que devemos nos preocupar com elas. Formas mais contagiosas podem estar associadas à severidade e ao agravamento da Covid
Cinco pacientes morreram, incluindo um bebê prematuro. Todos foram tratados com nebulização de cloroquina, tratamento sem eficácia comprovada. Procedimento sequer tem aval do fabricante bit.ly/2QjcjeG
“Nunca vi isso. [...] Trata-se de um experimento mengeliano”, disse o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira, em referência ao nazista Josef Mengele, que fez experimentos letais no campo de concentração de Auschwitz bit.ly/2Q14o5W
Pouco uso de palavrões por Bolsonaro reforça tese no STF de que ele sabia que Kajuru divulgaria a conversa. Bolsonaro é conhecido por abusar de palavras de baixo calão
Bolsonaro é conhecido por usar com naturalidade palavras de baixo calão. No jantar com empresários em São Paulo, na semana passada, ele disparou várias delas e chegou a chamar o governador de São Paulo, João Doria, de "vagabundo, caralho" www1.folha.uol.com.br/colunas/monica…
Na última quinta (8), após a Receita Federal defender a tributação de livros não-didáticos, com o argumento de que pessoas mais pobres não consumiriam publicações do tipo, [continua]
Os relatos vieram de pessoas de várias partes do Brasil, de idades e realidades distintas. Desde as que encontraram alento nas bibliotecas e sebos até aquelas que literalmente venderam o almoço para comprar o livro dos filhos. 📚 📖