A Batalha de Verdun foi a mais longa da 1º Guerra Mundial.
Durou 10 meses, custando a vida de mais de 800 mil soldados.
A campanha foi uma tentativa dos alemães de invadir o nordeste da França, utilizando minas terrestres, gases tóxicos, metralhadoras e tanques.
Sem sucesso, foram repelidos pelos franceses.
No conflito, 9 vilarejos foram destruídos, nunca mais reconstruídos.
Os rios foram contaminados com chumbo, mercúrio, zinco e arsênio.
Além disso, ficou repleta de minas terrestres em seus campos abertos ou florestas fechadas.
Após a guerra, foi transformada em um lixão militar pelo governo francês.
Em 1923, mais de 3000 toneladas de munição foram descartados em Verdun.
A região foi batizada de Zone Rouge (Zona Vermelha) e isolada, mas o acesso ainda permitido.
Em poucos meses, os moradores de Verdun desenvolveram severas complicações de saúde, assim como os animais.
A carne dos bois, exportada para cidades próximas, estava contaminada com chumbo.
Não eram raros casos de pessoas ou cavalos explodirem em Verdun por terem pisado em minas.
Apenas em 2004, pesquisadores identificaram níveis 300x maior de arsênico permitido no solo.
O acesso a área foi proibido em 2012, com 100km² (o tamanho de Paris) isolado de qualquer visitação.
Todo tipo de produção agrícola foi vetada.
Em toda Europa, logo após a guerra, muitos locais permaneceram tóxicos e perigosos, mas não da mesma forma que Verdun.
Regiões na Bélgica, França ou Inglaterra foram reflorestados e descontaminados, mas a longa duração e intensidade da batalha de Verdun não permitiu isso.
Hoje, há trincheiras, munições, utensílios e restos mortais de humanos e animais na Zone Rouge.