Eram construídas em terrenos íngremes, para se proteger da inundação das chuvas e dos ventos.
Isso também as garantia aquecimento, ventilação e iluminação.
Em alguns locais do planalto do RS e SC, há sítios arqueológicos com mais de 100 casas subterrâneas.
Nessa região em São José do Cerrito, há 50 casas de 2,5m - 7m de profundidade.
Algumas residências vão de 20 - 30m de diâmetro.
O proto-jê é um grupo linguístico que abriga diversos povos, unidos por uma tradição cerâmica semelhante, a Itararé-Taquara.
Foram os ancestrais dos povos Kaingang e Xokleng.
Desde 2000 aC há registros do seu povoamento no sul do Brasil, com as primeiras casas subterrâneas possivelmente construídas em 300 aC.
Em suas comunidades, havia espaços de convivência subterrâneos e tumbas cerimoniais, feitos de basalto e argila.
Foram responsáveis por domesticar vários alimentos como o pinhão, mandioca, amendoim, feijão e milho.
Nessas épocas quentes, dedicavam-se a caça e a pesca.
A partir de outono, na época da colheita de alimentos como o pinhão das araucárias, erguiam suas comunidades.
Da mesma forma que povos da Amazônia foram responsáveis pela maior difusão das castanheiras, acredita-se que os proto-jê fizeram o mesmo com as araucárias, planta característica do sul brasileiro.
Até o meio do século 19, casas subterrâneas foram registradas no sul do Brasil, feitas principalmente pelo povo Kaigang.
Com a maior habitação do país por imigrantes europeus, muitas das residências foram abandonadas por conflitos de terras.