Isto foi o que aconteceu em #Odemira, desde que se implementou a matriz de risco. Como podem ver foram precisas 7 semanas (SETE!) para as entidades responsáveis aceitarem que existia um problema. 
Este gráfico é o retrato factual de como as autoridades locais, regionais, e nacionais falharam em toda a linha. Que não sejam elas agora a resolver este problema - usando todos os meios próprios que têm - não é admissível.
Não é também admissível que os responsáveis da SS, SEF, ACT, e Saúde - que durante 7 semanas andaram a assobiar para o ar - ainda estejam em funções.
Como já escrevi hoje, o que não nos faltam - neste momento e felizmente - são meios: entre hospitais de campanha angariados via peditórios com a chancela do ministério da saúde, meios humanos do exército e outras entidades, existe a capacidade para resolver este problema.
Terem andado a empurrar o problema com a barriga durante 7 semanas não é desculpa para agora optarem pela solução mais fácil, que levanta sérias questões.
Aqui não se trata de uma questão de solidariedade, mas sim do estado resolver os problemas que foram criados por um misto de ganância dos privados, e da total displicência das autoridades que deveriam não permitir este tipo de situações.
Solidariedade é quando cada um, de boa e por sua vontade, aceita ajudar o outro. Solidariedade não é o estado impor uma solução apenas porque não quer colocar meios próprios no terreno, quando os tem.
O que se passa em Odemira, e noutros sítios do país, só é novidade para quem está totalmente desligado da realidade . E o que se passa passa-se com a conivência daqueles que deveriam ser o garante de que estas situações não acontecem.
Mais do que operações de charme nos jornais e nas televisões, precisamos que o estado assuma as suas responsabilidades, responsabilize quem falhou, e use os seus meios para resolver o problema. É só isto que é pedido, nada mais.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
