Manual do Ativismo Judicial Pró Bandido (em 5 etapas):
1. A Defensoria Pública e o Partido Socialista Brasileiro pedem ao STF que proíba operações policiais contra o crime organizado em comunidades do Rio de Janeiro “durante a pandemia”.
2. Mesmo sem existir qualquer lei que suspenda a repressão ao crime durante crises sanitárias, o STF ignora a separação de poderes, assume a função de gestor da segurança pública estadual e atende ao pedido: operações policiais “só em situações excepcionais”, que o Supremo não
define (nem pode definir, pois não tem competência legal nem técnica para fazê-lo). Isso em meados de 2020.
3. Diante da inevitável redução da repressão, o crime organizado, como não poderia deixar de ser, prospera: mais dinheiro, mais fuzis, mais poder. No Jacarezinho, dominado
pelo Comando Vermelho, um integrante da facção se especializa em esquartejar e sumir com os cadáveres dos moradores da comunidade que, digamos, não contam com a simpatia da organização criminosa. A facção passa aliciar crianças de 12 anos não só para o tráfico mas também para
homicídios, roubos e até sequestros de trens da Supervia. Os criminosos colocam barreiras nas vias públicas. A liberdade de ir e vir dos moradores só vai até onde o tráfico permite.
4. Diante desse descalabro,a polícia faz uma operação para prender os criminosos. É recebida a tiros de fuzil, que matam um policial e ferem dois. Respondendo ao fogo dos marginais, a polícia, em legítima defesa, mata 24 delinquentes. Seis marginais são presos. São
apreendidos 16 pistolas, 6 fuzis, uma submetralhadora, uma escopeta, 12 granadas e até munição de canhão.
5. Diante desse quadro, com os moradores do Jacarezinho vivendo sob o jugo do Comando Vermelho, alguns sendo esquartejados, outros tendo suas crianças aliciadas pelos
traficantes, a Defensoria Pública anuncia que, juntamente com o PSB (seria uma espécie de coligação partidária?) voltará ao STF, agora para pedir investigação.
Investigação contra o Comando Vermelho?
Claro que não! Investigação contra os policiais.
Tudo com o nosso dinheiro, é claro.
Não temos palavras. Ou melhor, temos, mas são impróprias para menores.
• • •
Missing some Tweet in this thread? You can try to
force a refresh
Minha homenagem ao policial André Frias, que tombou defendendo heroicamente a população humilde do Jacarezinho, subjugada e aterrorizada pelos criminosos do Comando Vermelho.
Discurso emocionante do Secretário de Polícia Civil Alan Turnowski, cuja coragem e competência são dignas de aplauso.
Na pessoa do Secretário e também na do Delegado Fabricio Oliveira, que comanda a CORE, minha homenagem aos valentes policiais civis do Rio de Janeiro, que ao
lado dos não menos valentes policiais militares deste estado enfrentam o que a maior parte das forças policiais do mundo não consegue imaginar nem em seus piores pesadelos.
Folha de São Paulo: matéria publicada no site em 07 de maio de 2012 às 15:05. Tema: operação policial no Jacarezinho, que resultou na morte de 24 criminosos armados, logo após terem os marginais executado um policial com um tiro de fuzil
na cabeça e ferido outros dois agentes. Destaco o seguinte trecho:
"O advogado Daniel Sarmento, um dos responsáveis pela ação no Supremo sobre as operações (a matéria se refere à decisão do STF de proibir a polícia do RJ de fazer operações contra o crime organizado nas
comunidades "durante a pandemia), afirmou que o MP-RJ tem feito uma execução burocrática do supervisionamento das operações policiais determinado pelo STF.
'O acompanhamento da medida cautelar do STF que fala em comunicação ao MPRJ vem sendo tratado de forma burocrática.
“Uma operação desastrada, para dizer o mínimo”, diz a jornalista militante.
“25 mortos e somente um era policial”, prossegue, aparentemente lamentando que “somente um policial” tenha morrido.
“A polícia diz que todos os mortos eram criminosos e estavam armados” - prossegue a ex-jornalista em tom de deboche - “mas devem atirar muito mal, porque morreram 24 deles e só conseguiram matar um policial.”
Que desprezível essa fulana.
Durante a matéria, uma declaração lúcida do prefeito Eduardo Paes fazendo um veemente apelo ao STF para que revogue o que ele chamou de “decisão absurda de tirar o bode da sala”, ou seja, a decisão de tirar o Estado (a polícia) de áreas dominadas pelo crime organizado.
Maio de 2021, Brasil 🇧🇷 : manifestantes nas ruas EM APOIO a um governo conservador.
Imprensa “progressista”: aglomerações irresponsáveis dessa “minoria de radicais” expõem a saúde da população.
O fato de haver manifestantes nas ruas A FAVOR do governo NÃO PROVA que ele é popular.
Maio de 2021, Colômbia 🇨🇴 : manifestantes nas ruas CONTRA um governo conservador.
Imprensa “progressista”: a insatisfação “dos colombianos” (aqui já não é mais “uma minoria de radicais”, vejam só) que, “cansados”, “desafiaram os riscos da pandemia” (faltou chamá-los explicitamente de “heróis”, mas ficou subentendido pelo tom da reportagem).
A Polícia Civil do RJ está enfrentando hoje (na hora em que redijo este post a operação ainda acontece) uma organização criminosa (Comando Vermelho) perigosíssima. A operação foi coordenada pela Delegacia de Proteção a Crianças e Adolescentes
porque a facção alicia crianças de 12 anos da comunidade (Jacarezinho) não só para o tráfico mas também para roubos, homicídios e (pasmem), segundo consta, sequestro de trens da Supervia.
Criminosos fortemente armados receberam os policiais com tiros de fuzil; um policial foi morto com um tiro na cabeça e dois foram feridos.
A polícia, obviamente, reagiu, e na troca de tiros 25 criminosos morreram.
Polícia Civil do RJ enfrentando hoje uma organização criminosa (Comando Vermelho) perigosíssima. A operação foi coordenada pela Delegacia de Proteção a Crianças e Adolescentes porque a facção alicia crianças da comunidade (Jacarezinho) não só para o tráfico mas também para