A maior praia arenosa do mundo, o ser humano como sempre modificando a natureza por causa da economia e lobos-marinhos, tudo na mesma história! Quer entender? Se liga nessa #BioThreadBr
Localizada no Rio Grande do Sul, a Praia do Cassino tem o título de maior praia arenosa do mundo (ou seja, é uma praia de areia mesmo, igual a maioria, só que a maior) com uma extensão de 227 Km, indo do Rio Grande até o Chuí!
O final da Praia do Cassino, na parte de Rio Grande, se dá na abertura do estuário da Lagoa dos Patos (que é também a maior da América Latina, com 265Km de comprimento, mas isso é papo pra outro dia)...
A situação é que: o estuário é um canal de passagem de embarcações com cargas e muito mais, só que com as tempestades que acontecem, a areia da praia era arrastada para a água e assim diminuía a profundidade do canal e os barcos encalhavam...
Para resolver isso, os governos em parceria construíram barreiras de pedra que avançam alguns quilômetros dentro do mar para impedir que o canal ficasse cheio de areia de novo, surgindo então os molhes leste e oeste!
A obra foi concluída em 1920, mudando a paisagem e alterando de maneira agressiva a dinâmica ecológica do local, deixando o estuário mais exposto a água do mar e a tempestades, diminuindo também a entrada de sedimentos da praia no estuário...
Mas essa história não acaba aqui! Por causa da construção dos molhes, surgia em dezenas de Km, um local que não fosse areia fofa e sim algo mais firme, o que acabou atraindo novos moradores bem diferentes: lobos-marinhos e leões-marinhos!
Parentes das focas e morsas, membros da superfamília Pinnipedia, e (não são otários mas) são da mesma família: Otariidae! Esses mamíferos aquáticos estão sempre ligados à águas geladas, por isso, raramente nadam por vontade próprio para águas quentes
Aqui em Pindorama (Brasil), só existem 2 locais que esses animais vivem naturalmente: a Ilha dos Lobos e os Molhes da Barra do Rio Grande, todos no Rio Grande do Sul! Mesmo assim, nenhum desses locais serve para reprodução e a maioria dos visitantes são machos adultos
A espécie mais comum nos 2 pontos de refúgio é o leão-marinho-do-sul (Otaria flavescens), atingem até 2,5m e 300Kg! Tem uma dieta de peixes, crustáceos, polvos e lulas, podendo ingerir pedras (algo específico da) que acreditam que seja pra ajudar na flutuação!
📸: Mannheim R. J.
A Ilha dos Lobos é localizada na costa da cidade de Torres, divisa com Santa Catarina, e é considerada um Refúgio de Vida Silvestre (Revis) desde 1983, até que ganhou o status de Unidade de Conservação (UC) federal em 2005
Com apenas 142 hectares, é a menor reserva ecológica do país, os maiores frequentadores são os leões-marinhos! Lá, preferem ficar no lado da ilha que bate menos ondas e formam círculos de vigilância enquanto uns descansam no centro (e vão revezando nisso)
É comum também vocalizarem bastante, ainda mais quando estão em alerta! A maioria dos seus sons são vocais e parecem rugidos (do vídeo abaixo), gritos agudos e grunhidos...
Agora falando dos molhes, que foram tão bem aceitos por esses animais que em 1996 foi criado pela prefeitura local o Refúgio de Vida Silvestre do Molhe Leste, que tem 300 mil m² de área mas só pega os últimos 300m de molhe no extremo do mar
📸: Gerson Salles
Apesar de parecer algo bacana, a chegada desses animais vivendo em um hábitat artificial que não ocupavam pode trazer muitos problemas para o ecossistema, seja por disputa por alimentação ou por trazer novas doenças, além de correrem grande risco de serem atropelados pelos barcos
Muitos pescadores, das 2 regiões, dizem ter a atividade prejudicada pela presença desses animais, principalmente no inverno e primavera (período que estão em maior número), quando acabam pegando menos peixes ou correm risco de se prenderem nas redes
📸: Associação Antonio Vieira
Não é registrado nenhum assassinato proposital desses animais por causa da pesca, mas quanto mais os pescadores e leões e lobos-marinhos forem forçados a terem contato, maior o risco de incidentes com qualquer um dos dois lados...
E no fim, é importante sempre lembrar que qualquer mudança no planeta muda junto os ecossistemas pq também fazemos parte deles! Por isso é importante ouvir sempre a opinião de especialistas na área quando forem feitas obras assim
📸: Rodrigo Machado
Espero que tenham gostado! Post e dm estão abertos para dúvidas, sugestões e qualquer coisa a mais! Não esqueçam de dar aquela força curtindo e dando rt, um grande abraço e até a próxima galera 💙💙💙
Imagens:
As imagens sem créditos foram retiradas direto dos sites das prefeituras locais e da página do Projeto Pinípedes do Sul (não constava autoria individual nesses sites, mas todos os links estão abaixo)
No dia de hoje se completam 35 anos de um dos maiores desastres da história da humanidade: o Acidente Nuclear de Chernobyl...
Sem pessoas e com radiação, o local ganhou novos rumos e a pergunta que essa #BioThreadBr quer responder é: como está a fauna e flora lá hoje?
📸: IAEA
Durante um teste de segurança no dia 26 de abril de 1986, o reator nº 4 da usina explodiu, próximo da cidade Prypyat, a 100Km de Kiev (capital da Ucrânia). É estimado que foram cerca de 100 mil mortes ligadas diretamente à catástrofe (Greenpeace, 2006)...
É dito que por 10 dias, o combustível nuclear ficou queimando, o que liberou na atmosfera elementos radioativos que contaminaram, cerca de 75% da Europa, em especial, a própria Ucrânia, além de Belarus e Rússia
📸: Ingmar Runge
Raias Voadoras Acrobatas?!
Vem conhecer sobre Mobula spp., as raias voadoras, o mistério sobre os seus saltos e o que isso tem a ver com o som!
Segue a #BioThreadBr que é só pirueta nota 10 pra fora d'água!
📹: BBC One
Primeiro vamos conhecer as estrelas desse espetáculo, as raias do gênero Mobula! Pois é, são várias espécies dentro desse grupo que fazem esses saltos para fora d'água. Hoje são 11 espécies válidas, 2 delas sendo as famosas raias Mantas!!
📸: Duncan Murrell
Conhecidas como raias-diabo ou raias voadoras, são pelágicas (nadam na coluna d'água), se alimentam de plâncton, e ainda pouco conhecidas pela falta de estudos sobre elas! As exceções são M. alfredi e M. birostris, muito conhecidas (raias manta, que antes tinham grupo próprio)