Em 1/1/2019 o Brasil começou a construir uma relação especial com Israel e abandonou o anti-sionismo sistemático na ONU, o qual nunca trouxe a paz e só serviu para alimentar o anti-semitismo. Ao mesmo tempo, elaboramos nova parceria com os países árabes.
Essa engenharia diplomática era considerada impossível pelos “especialistas”, e ainda é ignorada por aqueles que só conhecem ideias pré-concebidas e narrativas simplistas, recusando-se a estudar o mundo tal como ele realmente existe.
O fato é que conseguimos incrementar a relação c/ Israel e simultaneamente c/ os países árabes, sem esquecer a importância do comércio com os islâmicos não-árabes, como o Irã. Isso ao mesmo tempo em que trabalhamos ativamente contra o terrorismo e a favor da liberdade religiosa.
Vejamos alguns resultados comerciais:
- Em 2018, no governo anterior, as exportações do Brasil aos países árabes haviam caído 14,2% em relação a 2017 e as exportações aos países islâmicos não-árabes haviam caído 8,4%. O saldo foi de 9,4 bilhões de dólares em favor do Brasil.
- Em 2019, já na nossa gestão, as exportações do Brasil aos países árabes subiram 8,9% em relação a 2018 e as exportações aos países islâmicos não-árabes subiram 8,2%. O saldo comercial com árabes e islâmicos não-árabes em 2019 subiu a 12,7 bilhões de dólares em favor do Brasil.
- Em 2020, sob os efeitos recessivos da pandemia, as vendas brasileiras aos países árabes caíram 6,5%, mas ainda ficaram acima do patamar de 2018. Já as vendas aos islâmicos não-árabes, mesmo com a pandemia, subiram 8,6%. O saldo com os dois grupos subiu a 15 bilhões de dólares.
- No 1° quadrimestre de 2021, as exportações aos países árabes aumentaram 23,8% frente ao 1° quadrimestre de 2019, e as exportações aos países islâmicos não-árabes 31,7%. O saldo do Brasil com os dois grupos foi de 5,6 bilhões de dólares, podendo-se projetar >16 bilhões em 2021.
Vê-se claramente que, desmentindo as narrativas propagadas pelo establishment (para quem a diplomacia deve guiar-se pelo medo e “liderar” indo atrás dos outros), a nova relação com Israel criada em 2019 não trouxe qualquer prejuízo comercial ao Brasil c/ o mundo árabe e islâmico.
Do mesmo modo, pode-se argumentar que um padrão de votação discriminatório contra Israel, juntamente com o silêncio frente às ameaças do terrorismo ou frente à questão da liberdade religiosa, não nos trariam nenhum ganho comercial, ao mesmo tempo em que não contribuiriam à paz.
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Ao eleger o PR Bolsonaro, em 2018, o povo brasileiro ganhou a chance de transformar o Brasil, de uma cleptocracia numa verdadeira democracia. Chegamos a avançar. Mas, a partir de meados de 2020, a reação do sistema, cavalgando a pandemia, começou a desmantelar essa esperança.
Um governo popular, audaz e visionário foi-se transformando numa administração tecnocrática sem alma nem ideal. Penhoraram o coração do povo ao sistema. O projeto de construir uma grande nação minguou no projeto de construir uma base parlamentar.
Assisti a esse processo com angústia e inconformidade, e fiz o que pude, até onde pude, para preservar a visão original. Nisso estive quase sozinho. Vi confiscarem ao Presidente seu sonho, anularem suas convicções, abafarem sua chama. (Não deixei que abafassem a minha.)
Em 12/3, em evento do Atlantic Council falei sobre os 30 anos do Mercosul:
“O Mercosul é filho do primeiro momento da globalização. Sua primeira cúpula, em dezembro de 1991, foi realizada alguns dias antes da dissolução da União Soviética, por exemplo. Portanto, somos >>
contemporâneos do novo mundo que começou a se abrir no início dos 90. E o Mercosul nasceu sob as estrelas que estavam no céu naquele momento, as estrelas da democracia e do livre comércio, da liberdade política e da liberdade econômica andando de mãos dadas como meio para a >>
realização humana e a prosperidade. Não nascemos sob as estrelas do politicamente correto ou do tecnototalitarismo, que vemos ameaçar hoje a liberdade em nossos países, muito menos numa atmosfera onde vemos os narco-regimes ainda florescendo em nossa região. Não era isso que o >>
Matéria na CNN me atribui “perda de protagonismo em agendas internacionais”. Só se foi perda de protagonismo na agenda do Foro de S. Paulo. Aí sim perdemos protagonismo, e espero que ninguém esteja pensando em recuperá-lo.
No mundo real, o Brasil ganhou protagonismo em minha gestão:
- Lançamos a campanha para uma vaga não-permanente no Conselho de Segurança da ONU e estamos em vias de consegui-la.
- Revitalizamos o G-4 (com Alemanha, Índia e Japão) para pleitear uma vaga permanente no Conselho.
- Elegemos o Brasil para o Conselho de Direitos Humanos da ONU com votação superior à da última eleição desse tipo.
- Assumimos liderança no processo de reforma da OMC com propostas concretas sobre eliminação de subsídios, facilitação de investimentos, comércio eletrônico etc
Para entender como o Brasil pode mover-se no sistema multilateral sem cair no Multilateralismo Mágico, sugiro ler minhas intervenções em vários debates em que falei de Covid e cooperação internacional.
Na reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 26/3 p.ex.:
Ou na reunião de cúpula do PROSUL, em que representei o Presidente da República, no dia 26 de fevereiro último:
Ou ainda no Grupo de Coordenação Ministerial sobre COVID, organizado pelo Canadá, em 11/9/2020:
1)Todos esses 50 milhões de doses foram: a) adquiridos no exterior durante a gestão do General Pazuello no MS e minha no MRE; ou b) produzidos no Brasil com insumos importados durante as gestões de Pazuello e minha.
Desde que deixei o cargo, não chegaram novas vacinas.
Fio >>
2)O anúncio em 17/4 de que chegarão 4 milhões de doses da AZ pela COVAX em maio fica aquém da promessa que já havíamos obtido durante nossas gestões (+8 milhões de doses até fim de maio). 800mil doses da Pfizer a serem recebidas em junho (anúncio em 14/4) não compensam o déficit.
3)A China já havia liberado a exportação de novos lotes de insumo da AZ ao Brasil durante minha gestão. Segundo informado pela Fiocruz em 25/3, o primeiro desses carregamentos chegou no próprio dia 25 e os demais chegariam na semana seguinte, para um total de 23 milhões de doses.
Só para recordar como era a política externa da Era Lula:
hostilizar os EUA e a Europa, ignorar o Japão, discriminar Israel, desvincular o Brasil dos países desenvolvidos e das democracias, fechar a América do Sul para criar um bloco coeso de corrupção, terrorismo e crime,➡️
confraternizar com antissemitas, financiar ditadores, defender na ONU a agenda anti-vida e anti-família, perder acordos comerciais, abandonar nossos exportadores e investidores para não incomodar os aliados na Argentina e Bolívia, desindustrializar o país,➡️
ser chamado de anão diplomático, ajudar Chávez e Maduro a destruírem a Venezuela, adotar atitude submissa diante da China, ofender a África, falar de paz e cooperação p/ esconder a roubalheira, desprezar o sentimento conservador e cristão do povo brasileiro, etc. ➡️